FICHA DO JOGO
SISTEMA TÁCTICO
A deslocação a Guimarães redundou em mais uma complicada vitória do FC Porto, num jogo de duas partes bem distintas, como aliás já vem sendo habitual, com Diogo Costa a ser o elemento mais decisivo para o sucesso.
Foi com apenas uma alteração no onze titular que os Dragões se apresentaram para defrontar o Vitória SC. Francisco Conceição em vez de Mehdi Taremi, relativamente ao jogo anterior frente ao Antuérpia.
A equipa portista entrou bem no jogo, a prometer uma boa exibição, com Evanilson a aparecer em zona de finalização e a rematar para uma excelente defesa de Bruno Varela a negar o golo (5').
Essa promessa porém não foi cumprida. O Vitória tomou conta da partida e durante quase toda a primeira parte banalizou a equipa portista com um domínio avassalador, como já há muito não se tinha visto os Dragões sofrerem. Valeu então a fabulosa exibição de Diogo Costa que foi evitando o descalabro com defesas monumentais. Defendeu inclusivamente uma grande penalidade, que só foi concluída na recarga (17'). Foram pelo menos sete defesas a evitar outros tantos golos, tão desastrada foi a exibição dos seus colegas.
Nesse período não houve Porto. Houve sim um amontoado de jogadores, completamente desnorteados, incapazes de ligar jogo, de ganhar duelos, de chegar primeiro à bola, de reagir à perda, enfim, uma autêntica casa a arder.
Diogo Costa resistiu, defendeu quase tudo e manteve a sua baliza apenas com um golo sofrido.
Só aos 39 minutos o FC Porto acordou desta grave sonolência, quando Francisco Conceição arrancou um cruzamento com olhinhos para a cabeça de Zaidu, que nas costas do defesa vimaranense não teve dificuldades em bater Bruno Varela. Curiosamente, Zaidu estava a ser o pior elemento em campo, somando uma série interminável de asneiras.
O intervalo chegou com um empate muito lisonjeiro para o FC Porto.
Era necessário insuflar na equipa organização, consistência, lucidez, cabeça fria, ambição e classe.
A verdade é que a equipa portista surgiu transfigurada para melhor mas não em todos os itens. Continuou a faltar inteligência, alguma capacidade técnica e sobretudo eficácia no último terço do relvado, onde a definição deixou muito a desejar.
A criatividade de Francisco Conceição consumou a reviravolta no marcador aos 59 minutos, com um belo golo.
O árbitro da partida esteve de forma geral bem, mas perdoou uma grande penalidade ao Vitória por agarrão a Pepe (50').
Triunfo muito difícil e feliz, num jogo em que se fosse derrotado não seria surpresa, face ao futebol praticado pelas duas equipas.
Diogo Costa foi obviamente considerado o Homem do jogo e Francisco Conceição foi distinguido com o prémio Mérito e Valores Porto.
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