FICHA DO JOGO
SISTEMA TÁCTICO
O FC Porto regressou finalmente às vitórias, na sua deslocação a Chaves, em mais um jogo em que a nota dominante foi a péssima exibição da equipa de arbitragem, a provar a falta de qualidade dessa classe desportiva, confirmando as razões do afastamento das mais prestigiadas provas internacionais.
Sem a possibilidade de utilizar João Mário e Matheus Uribe, por terem sido expulsos no jogo anterior, Sérgio Conceição foi mais longe e operou cinco alterações no onze titular. Para além dos dois castigados, Wendell, Pepê e Mehdi Taremi não foram opções iniciais. Rodrigo Conceição, Zaidu, Marko Grujic, André Franco e Toni Martínez foram os eleitos.
Já com o campeonato praticamente entregue de bandeja ao clube do regime, quiçá para fazer esquecer o alvoroço que os variados processos em investigação estão a provocar, os Dragões entraram em campo com a missão de lutar, contra tudo e contra todos, por o máximo de pontos possíveis.
As circunstâncias da inesperada derrota, no jogo anterior parece ter deixado algumas marcas. A equipa vai acusando desconfiança em alguns momentos do jogo, que a levam a cometer erros, principalmente defensivos que dão alento aos seus adversários e os tornam mais atrevidos.
Ainda assim, os campeões nacionais começaram relativamente bem, em termos atacantes e chegaram ao golo aos 15 minutos num belo remate de Danny Namaso. Em vantagem no marcador, era suposto a equipa ganhar tranquilidade, mas aos 22 minutos, Diogo Costa fez uma deficiente reposição de bola com as mãos, aproveitada pelos da casa para colocar as suas redes em grande perigo. O próprio teve de fazer uma intervenção de elevada dificuldade para evitar o golo do empate.
O Chaves começou a acreditar e aos 35 minutos voltou a ameaçar, com Diogo Costa a ter de intervir novamente.
Já quase em cima do intervalo, os Dragões lograram dilatar a vantagem em mais um belo golo, agora de Otávio (43').
Essa vantagem deveria dar a tranquilidade que a equipa necessitava, mas no regresso das cabines a equipa portista mostrou-se demasiado vulnerável e nervosa. Marcano evitou o golo do Chaves, afastando a bola quase em cima da linha fatal (49') e aos 51' Zaidu tocou imprudentemente no seu adversário, dentro da área e o árbitro nem hesitou, apontando a marca de penalty (quantos verdadeiros empurrões e rasteiras aos jogadores portistas têm sido cobardemente ignorados!).
O resultado ficou perigoso e os portistas voltaram a carregar no acelerador à procura do golo da tranquilidade. Namaso (64') esteve perto de ser feliz e Toni Martínez (80') conseguiu mesmo introduzir a bola na baliza, com um remate espectacular, mas viu o golo ser anulado por fora de jogo.
Foi já com Taremi em campo (entrou aos 83 minutos), que o marcador voltou a funcionar, com assistência do iraniano para o remate fácil de cabeça de Toni Martínez (96').
Vitória justa frente a um adversário competitivo, que ficou reduzido a 9 por expulsões, uma justa (João Mendes) e outra polémica (Jô Batista). Polémica porque a equipa de arbitragem, como já disse acima; foi péssima na apreciação de uma série de lances. O primeiro amarelo ao jogador do Chaves foi inacreditável, como foi a falta sobre Otávio, perto da área do FC Porto, transformada em livre contra. Enfim, é o que temos.
Otávio foi considerado o homem do jogo e Toni Martínez arrecadou o prémio Mérito e Valores Porto.
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