FICHA DO JOGO
Depois de um resultado prometedor na Rússia, o que hoje aconteceu no Dragão chegou a roçar o escândalo. Sofrer 2 golos em 13 minutos e 3 em 34, não lembrava nem ao diabo. Pois foi isso que aconteceu, num desmoronamento literal das linhas recuadas do FC Porto, inviabilizando desde logo a possibilidade de continuar a lutar pela fase de grupos da Champions League.
O técnico portista optou por fazer desta vez cinco alterações, em relação ao jogo anterior, em Barcelos: Saravia, Danilo Pereira Nakajima, Luis Díaz e Marega, deixaram no banco Wilson Manafá e Zé Luis, enquanto Bruno Costa, Otávio e Soares nem sequer foram convocados.
Foi com uma péssima primeira parte que os Dragões hipotecaram a qualificação para o play-off da Champions League. Defensiva sonolenta, perdas de bola irritantes e reacção à perda de bola em câmara lenta, tornaram um jogo que se antevia difícil mas ultrapassável, num violente e surpreendente pesadelo.
Perder por 2-0 aos 13 minutos, com os russos a concretizarem os dois remates de que dispuseram nesse período, é um handicap complicado de ultrapassar e um «soco» violento no estômago, especialmente para uma equipa em formação, que ainda não teve o tempo de maturação necessário para ser considerado um conjunto coeso, homogéneo, competente e eficaz.
Especialmente nesta primeira parte, tal como nos 90 minutos de Barcelos, ficou evidente a falta de ligação entre os sectores, a descoordenação individual e a falta de tempo para as novas unidades se adaptarem, permitindo aos adversários explorar com todo o à vontade, os imensos erros que os jogadores portistas vão acumulando.
A equipa da época passada sofreu uma mudança violenta (Casillas, Maxi, Felipe, Militão, Óliver Torres, Herrera e Brahimi, entre mais alguns menos importantes), elementos que foram substituídos tarde e a más horas, tendo em conta esta fase prematura da Pré -eliminatória da Liga dos campeões europeus. Falhanço completo no planeamento na época que agora começou, com os resultados que se estão a ver.
Na segunda parte o FC Porto tentou reagir mas nem sempre da melhor maneira. Graças ao guardião Marchesín o resultado não foi mais ampliado, com mais uma defesa monumental e foi já em desespero que os golos portistas surgiram.
Primeiro por Zé Luís, que tinha entrado ainda na primeira parte (37'), a render o defesa Saravia (jogo fraquinho, principalmente a defender), num golpe de cabeça, na sequência de um cruzamento de Alex Telles (57') e depois por Luís Díaz (76'), num «tirasso» bem colocado, a renovar as esperanças da plateia portista, que encheu quase por completo o Estádio do Dragão.
Os azuis e brancos empolgaram-se mas mais com o coração do que com a cabeça. O golo do empate esteve perto de acontecer não fora a precipitação geral, demonstrando que se a temporada tivesse sido bem planeada, outro galo cantaria.
Agora é dar tempo ao tempo e ir tentando não complicar mais aquilo que começou da pior maneira.
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