FICHA DO JOGO
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Num jogo que se antevia complicado pela compreensível preocupação defensiva do último contra o primeiro, o FC Porto não soube nem foi capaz de simplificar a sua tarefa. Bem pelo contrário, utilizou quase sempre o método errado, insistindo sistematicamente na lentidão de processos e caindo recorrentemente num futebol previsível e fácil de anular.
Sem velocidade e sem inspiração, os Dragões viveram momentos de desespero para chegar ao golo, que só aconteceu aos 71 minutos, pelo jogador que mais tentou ser feliz. Jackson Martinez foi o «estripador» deste jogo. Porfiou e conseguiu, mesmo que tenha falhado algumas boas ocasiões.
Tirando o lance de golo e mais duas ou três jogadas de bom recorte técnico, merecedoras de melhor sorte, os jogadores azuis e brancos caíram na banalidade ao definirem deficientemente as desmarcações, os passes, os cruzamentos, os livres, os cantos e os remates.
Frente a uma equipa sem ambição, apenas preocupada em defender, chegou a pairar no Estádio do Dragão a impotência portista para chegar ao golo. A falta de inspiração dos jogadores mais criativos, como James, Lucho e Moutinho, somada à inépcia de Varela e ao desperdício de Jackson foram impacientando o pouco público que acorreu ao Dragão, numa noite que até começou em beleza com a presença de Deco que foi entregar, com João Pinto, o prémio de melhor jogador do mês ao matador Jackson Martinez.
O colombiano viria a ser o salvador, conseguindo após várias tentativas, fazer balançar as redes adversárias, garantindo mais uma preciosa vitória. Por isso vai para ele o meu destaque desta noite.
Custou, mas foi. Os 3 pontos é o mais importante.
ResponderEliminarNa segunda parte até gostei de alguns momentos com jogadas de fino recorte técnico.
Abraço.
Foi uma vitória justa, só deu F.C.Porto, mas faltou brilho e eficácia, no regresso do bi-campeão às vitórias. Quem viu o jogo e o início prometedor do F.C.Porto - aos 3 minutos, Jackson e James, já tinham desperdiçado duas boas oportunidades -, acreditou que ia ser uma noite tranquila e a vitória seria construída sem grandes dificuldades. Não fim assim. E não foi assim porque a equipa de Vítor Pereira durante a primeira-parte, apesar do dominar claramente e acrescentar, às já ciatadas, mais algumas chances, nunca carregou, nunca pressionou, nunca mostrou grande inspiração, nunca escolheu as melhores soluções para ultrapassar uma barreira de um Moreirense que só defendia. Pouca profundidade, pouca criatividade, muita lentidão a pensar e executar, jogadores muito estáticos, uma pasmaceira, 45 minutos de serviços mínimos. Embora e como já disse, a equipa azul e branca tivesse algumas oportunidades e até pudesse ter ido para o intervalo em vantagem, o nulo era castigo merecido pelo que o F.C.Porto não tinha feito.
ResponderEliminarSabendo que ou mudava a atitude, carregava no acelerador e subia a qualidade, ou juntava a duas derrotas consecutivas, um resultado comprometedor e de difícil digestão, o conjunto de Vítor Pereira, que entrou com Kelvin - bons pormenores, mas alguma ansiedade natural -, no lugar de um pouco inspirado Lucho - mais tarde entraria Kléber que não acrescentou muito, para o lugar de mais outro dos desinspirados da noite, Silvestre Varela -, aumentou o ritmo, pressionou melhor, a qualidade subiu e mesmo continuando perdulário, chegou ao golo e à vitória, por Jackson, faltavam 20 minutos para o fim. Aberta a contagem, feito o mais difícil, a equipa bi-campeã ainda teve mais uma ou outra oportunidade de aumentar a contagem, não o conseguiu e nos últimos minutos, mesmo sem nunca ver a sua baliza em perigo, houve alguma ansiedade na plateia do Dragão.
Resumindo, concluindo e repetindo, vitória da melhor equipa, da única que quis ganhar, por números escassos, numa noite de pouca inspiração e apenas 45 minutos de transpiração.
Cansaço físico e mental? Vou mais por uma má abordagem, em particular nos 45 minutos iniciais e pela fraca prestação de muitos dos que normalmente fazem a diferença. Em particular Moutinho, embora melhorasse muito na segunda-parte, nunca esteve ao seu nível e James, complicativo, lento, raramente escolhendo as melhores opções. Gostei muito, tem sido uma constante, de Otamendi; também de Mangala; mais de Alex Sandro que de Danilo; Helton não teve que fazer e Atsu entrou já no final do jogo e não deu para mostrar nada. Temos quase uma semana par o próximo jogo, em Setúbal, aí já não há cansaço e portanto, espero um Porto melhor, no último jogo para o campeonato - ainda haverá um para a Taça da Liga, frente ao Nacional, na Madeira - antes da pausa natalícia.
Notas finais:
Excelente vitória do F.C.Porto sobre o Benfica, 28-27, num grande jogo de Andebol.
Relvado do Dragão: aprovado!
Os últimos são os primeiros: Deco, o mágico nº10 que joga com os dois pés, esteve esta noite no Dragão e foi recebido como merece, com um estádio em pé a aplaudi-lo e cantar o nome dele.
Abraço