Hulk - Internacional E45: Vestiu a camisola da Selecção nacional do Brasil por 18 vezes (14 pelo FC Porto e 4 pelo Zenite S. Petersburgo). A sua estreia na equipa principal do seu país aconteceu em 14 de Novembro de 2009, em Doha, Catar, no jogo de preparação para o Mundial/2010, na África do Sul, entre as selecções da Inglaterra e do Brasil, que terminou com a vitória brasileira, por 1-0.
Não foi pacífica a ascensão de Hulk na «canarinha». Dunga começou a chamá-lo com regularidade, mas foi-lhe dando poucos minutos e oportunidades para se fixar como titular. Só mais tarde, com o comando técnico a mudar para a responsabilidade de Mano Menezes, as qualidades técnicas do avançado brasileiro foram melhor exploradas e aproveitadas, passando a ser titular com muito mais regularidade.
Hulk fez parte do plantel brasileiro escolhido por Dunga para disputar a fase final do Mundial/2010, mas nunca saiu do banco. Já com Mano Menezes, foi figura de proa em Londres, na Selecção Olímpica, tendo participado em 5 dos 6 jogos, com 1 golo apontado na final, que o Brasil perdeu para o México, por 2-1.
Givanildo Vieira de Souza nasceu em Campina Grande, Paraíba, Brasil. A sua alcunha de Hulk ganhou-a da paixão, que ainda jovem, nutria pelo respectivo desenho animado.
Hulk foi descoberto pelo empresário José do Egipto, aos 13 anos. O agente Paraibano tentou a sua colocação em vários clubes, entre os quais o Corinthians, mas sem êxito. Mais tarde, por intermédio de Nelson Almeida, chegou a Portugal, Vila Nova de Gaia, para jogar nos juvenis do Vilanovense. Foi então que ao assistir a um jogo do FC Porto, no Estádio das Antas, entusiasmado pelo ambiente vibrante e pela grandeza do Clube, deixou escapar uma promessa: «Um dia, vou jogar aqui».
Mas o esquerdino teve de voltar ao Brasil. José do Egipto levou-o para o São Paulo onde ficou um ano. O clube recusou pagar 18 mil euros pelo seu passe e o seu empresário colocou-o no Vitória da Bahía. Foi lá que fez a sua estreia como sénior, aos 18 anos.
Sem reconhecimento no Brasil, Teodoro Fonseca levou-o para o outro lado do Mundo. No Japão jogou pelo Kawasaki Frontale (Julho a Dezembro/2005), pelo Consadole Sapporo (Janeiro a Dezembro/2006) e pelo Tokyo Verdi (Janeiro/2007 a Junho/2008), estabelecendo uma média de golos considerável (74 golos em 111 jogos). O primeiro clube pagou, em 2005, cerca de 765 mil euros pelos direitos do atleta.
Hulk chegou ao FC Porto em 2008, cumprindo o sonho de menino, vindo dos japoneses do Tokyo Verdi, a troco de 5,5 milhões de euros por 50% do passe, pela mão da dupla Juan Figger/Teodoro Fonseca, num processo em que a ficha do jogador passou previamente pelo Rentistas, do Uruguai.
Desde logo o «Incrível» começou a justificar a sua alcunha. As arrancadas, os dribles, os potentes remates e os golos, fizeram a plateia portista vibrar. A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu a 16 de Agosto de 2008, no Algarve, frente ao Sporting, na final da Supertaça Cândido de Oliveira, com derrota por 2-0, mas a primeira vez que fez balançar as redes, com a camisola do Dragão, fê-lo a 25 metros da baliza, frente ao Belenenses, numa partida onde Jesualdo Ferreira o chamou para render Tarik. Os golos com fortes pontapés foram muitos e fizeram a nação azul e branca render-se ao super-herói. A sua fama e as suas performances transformaram-no rapidamente na estrela mais cintilante do futebol em Portugal.
Em 2009, fruto da forte cobiça que vinha sendo alvo, Pinto da Costa, blindou-o com a cláusula de rescisão mais elevada, entre os futebolistas, em todo o Mundo: 100 milhões de euros, depois de do FC Porto ter conseguido comprar até 85% do seu passe.
Contudo, a nível interno, a inveja e a perseguição dos rivais, haveriam de causar-lhe alguns dissabores. O célebre «Túnel da Luz», onde Hulk e Sapunaru sofreram uma emboscada e foram acusados de se envolverem, alegadamente, com dois seguranças do estádio benfiquista, foi o expoente máximo desse estado de alma adversário. Julgado por um «fantoche vermelho», travestido de justiceiro, prévia e estrategicamente colocado na CD da Liga, para dar cumprimento à concretização da doutrina lampiónica de «como fazer as coisas por outro lado», foi exemplarmente castigado e viu o seu FC Porto descolar na luta pelo título, nesse ano de 2009, deixando o Benfica e o Braga a disputar o troféu. O seu anedótico e descarado castigo foi, posteriormente reduzido de 3 meses (!!!) para 3 jogos, mas evidentemente, tarde de mais para recuperar distâncias. A verdade é que com Hulk de regresso, o FC Porto venceu todos os jogos disputados até ao fim da época.
A cobiça, ao longo das quatro temporadas, foi sempre incessante, mas a habitual «engenharia financeira» de Pinto da Costa, foram adiando a inevitável saída do Incrível Hulk, até que uma tentadora e irrecusável proposta do Zenite fez a diferença: 40 milhões de euros por 85% do passe que pertencia aos Dragões, de acordo com a comunicação feita à CMVM. Na mala levou vários títulos, muitos e bonitos golos. Deixou nos adeptos portistas muita saudade e os cofres azuis e brancos bem recheados. Na hora da despedida uma certeza: O futebol português perdeu um craque.
Hulk ainda jogou as primeiras três jornadas da Liga Zon Sagres 2012/13, somando 270 minutos com 2 golos. Ao longo da sua passagem pelo Dragão, o Incrível participou em 170 jogos tendo concretizando 78 golos, conforme quadro abaixo:
Hulk guindou-se à 15ª posição no ranking dos melhores goleadores portistas de todos os tempos, igualando a marca de Carlos Nunes (78 golos). Venceu a Bola de Prata, prémio atribuído ao melhor goleador do campeonato, na época de 2010/11, com a marca de 23 golos. No ranking dos melhores goleadores portistas, nas provas da UEFA fixou-se na 4ª posição, com 15 golos marcados.
Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Liga Europa (2010/11)
3 Campeonatos Nacionais (2008/09, 2010/11 e 2011/12)
3 Taças de Portugal (2008/09, 2009/10 e 2010/11)
3 Supertaças Cândido de Oliveira (2008/09, 2009/10 e 2010/11)
(Continua)
Fontes: Transfermarket.com; Worldfootball.com e Base de dados de Rui Anjos.
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