FICHA DO JOGO
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O FC Porto, confirmou hoje o seu mau momento já que, durante a primeira parte não conseguiu apresentar futebol consistente nem contundente. Muita lentidão, muitos passes transviados, dificuldades na recepção da bola, demasiada desconcentração, enfim, um futebol cinzento, sem imaginação e sem classe. Parece-me que falta índice físico satisfatório.
Em resultado desta atitude, Sapunaru, logo aos três minutos de jogo cometeu uma falha de palmatória, permitindo displicentemente que Hugo Vieira lhe roubasse a bola e caminhasse isolado em direcção da baliza. Otamendi, em desespero cometeu grande penalidade.
O Gil Vicente, do nada, começou assim em vantagem. O FC Porto foi acumulando erros que o impediam de criar desequilíbrios, até que aos 10', Sapunaru foi à linha cruzar, Hulk foi impedido de cabecear, com um empurrão pelas costas de João Vilela. O árbitro, bem colocado, cumpriu com as leis do jogo apontando a marca de grande penalidade. O incrível Hulk não perdoou.
Mas nem assim a qualidade do jogo portista melhorou. Apesar de mais afoito no ataque, como lhe competia, o seu futebol continuava trapalhão e sem vivacidade. Num canto do lado direito, Sapunaru, redimindo-se da asneira do golo gilista, saltou mais alto e bateu o guardião contrário, fazendo a reviravolta no marcador, no minuto 17.
A defesa portista continuou muito permissiva e o Gil Vicente quase chegou ao empate por duas ocasiões. Os Dragões mantinham dificuldades para se acercarem com perigo junto da área adversária, mas aos 39' Varela foi carregado na área, só que desta vez o árbitro fez vista grossa. Guarín, na marcação de um livre directo, deixou o guarda-redes com as mãos a arder, tal a potência do remate e a primeira parte terminaria a seguir.
No tempo suplementar, a qualidade do jogo portista subiu de nível, os espaços começaram a aparecer, o futebol foi mais fluído e as oportunidades de golo foram aparecendo.
Aos 51', num livre perto da área do Gil Vicente, a castigar falta sobre Souza, o FC Porto chegaria ao terceiro golo, numa bela execução de Hulk que fulminou a baliza, depois de Moutinho lhe ter parado a bola. A partir desta altura os Dragões serenaram e apresentaram um futebol mais consentâneo com a real capacidade da equipa. A entrada de Belluschi, aos 72', proporcionou mais criatividade ao meio-campo e mais beleza ao desempenho azul e branco.
Resultado justo, num jogo de duas faces.
O desempenho de alguns jogadores, manifestam estados de forma muito atrasados, com destaque pela negativa de Silvestre Varela (um desastre, como foi possível manter-se tanto tempo em jogo?), Guarín (fisicamente desgastado) e até João Moutinho (demasiado desconcentrado). Souza alternou coisas boas com outras medíocres. Perdeu bolas em zonas proibidas e falhou muitos passes na primeira parte, recuperando na segunda metade. Sapunaru esteve desastrado no lance que originou o primeiro golo do encontro mas redimiu-se ao apontar o golo da reviravolta.
Pela positiva destaque para o incrível Hulk, com dois golos importantes e uma exibição positiva, ainda que não muito brilhante e também para Belluschi, que quando entrou espalhou o perfume do seu futebol criativo.
O trabalho do árbitro ficou manchado por dois erros grosseiros. Otamendi devia ter visto o cartão vermelho no lance do penalty e O Gil Vicente devia ser castigado com nova penalidade no lance em que Varela foi derrubado e impedido de rematar para a baliza.
As equipas crescem a ganhar
ResponderEliminarMesmo quando, como foi o caso de hoje, a exibição ficou muito abaixo dos mínimos que se exigem e se esperam, de uma equipa com as responsabilidades da equipa portista.
Entrando trapalhão, complicativo, errando e perdendo a bola em fase de transição, o que que deixava a equipa desequilibrada e à mercê dos contra-ataques de um Gil Vicente atrevido e a jogar bem, o F.C.Porto onde à gente que parece jogar com o telemóvel no bolso, ficou cedo a perder e mesmo depois de dar a volta, Hulk de penalty e Sapunaru em canto de Hulk, nunca foi mandão, nunca controlou e se foi para o intervalo a ganhar, foi porque a equipa de Barcelos desperdiçou, pelo menos um golo feito.
Na etapa complementar a equipa de Vítor Pereira melhorou, mas não muito.
Apesar de ter conseguido o 3-1 cedo e com essa vantagem, poder gerir de outra forma o jogo, voltamos a não encontrar as melhores soluções, a perder bolas fáceis, a ser poucos esclarecidos e discernidos na construção e se de vez em quando colocavamos o Gil em situações de perigo, era sempre através de Hulk, que mesmo não estando ainda na melhor condição física, é o único capaz de dar safanões no jogo e deixar as defesas em pânico.
Ganhamos e como disse no título do post, as equipas crescem a ganhar e nesta altura, em que as indefinições ainda são muitas, ainda não há conjunto, boa ocupação dos espaços, preenchimentos correctos entre linhas e boa condição física, conquistar os três pontos é fundamental. Permite encarar o futuro com alguma tranquilidade, até porque o próximo jogo para o campeonato, não me canso de dizer, o principal objectivo da época, já é em Setembro e aí quem cá fica, de boa ou má cara, já sabe que tem de dar o litro e ter a "tola" no lugar, caso contrário tem dois prejuízos: não joga, se não joga não brilha e sem brilho, nem ao F.C.Porto interessa.
O melhor e decisivo, foi Hulk. Dois golos e uma assistência, numa exibição boa, apesar e como referi, o Incrível ainda não estar na planitude da sua condição física.
Os mais fraquinhos, foram Sapunaru, apesar do golo e porque cometeu vários erros primários e Varela, que teve variadíssimas situações de um para um, nunca desequilibrou e nas poucas vezes que o conseguiu, o cruzamento saiu quase sempre mal.
Que se passa com o Drogba da Caparica?
Notas finais:
Cerca de 44 mil espectadores, uma excelente moldura humana e que nunca regateou apoio.
Ao ouvir o treinador do Gil Vicente, depois do que ouvi de Manuel Machado e do bronco que treina o Benfica - tem direito a um capítulo à parte -, fiquei com uma certeza: é permitido derrubar jogadores dentro da área... Até ao dia que um árbitro não marcar um lance desses a favor dos citados, aí o discurso vai mudar, ai se não vai!
Disseram a um bronco para falar do penalty marcado a favor do F.C.Porto no domingo passado. O bronco falou, mas como bronco é bronco ou entra mosca ou sai asneira. Saiu asneira e o bronco, ao querer tocar no mérito da vitória portista, teve a resposta, forte, contundente, onde mais lhe toca, no ego. Vítor Pereira lembrou ao bronco que o F.C.Porto ganhou com um penalty que só ele e o amigo Machado não viram, mas em contrapartida o clube que o bronco treina, empatou um jogo que devia ter perdido se João Ferreira e o Ferrari tivessem, como deviam, ter invalidado o primeiro golo do clube do regime, obtido em fora-de-jogo. Mais, ao dizer que o bronco quando ganha o mérito é dele, mas quando perde as derrotas são dos jogadores, o treinador do Campeão passou a mensagem que é clara, conhecida de todos e a razão pela qual o clube da freguesia de Benfica teve de fazer uma limpeza no balneário: a grande maioria dos jogadores já não podiam olhar para a cara do mister chiclete.
Abraço