segunda-feira, 29 de agosto de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000) PARTE I

Hoje, nesta rubrica, vamos entrar na primeira década do ano 2000. Década recheada de jogos internacionais de selecções, tendo Portugal estado envolvido em 141 partidas (82 oficiais e 59 de carácter particular).

Portugal esteve presente em todas as fases finais dos maiores eventos futebolísticos: Campeonato Europeu de 2000/2004/2008 e Campeonato Mundial de 2002/2006/2010.

Foram 18 os jogadores do FC Porto que se estrearam (em representação do nosso Clube) na equipa das quinas, sendo que alguns já se tinham iniciado nestas lides, enquanto atletas de outros clubes. É o caso do guarda-redes que hoje evocamos.

Pedro Espinha - 89º internacional: Envergou a camisola da Selecção Nacional por 6 vezes (5 pelo V. de Guimarães e 1 pelo FC Porto). Estreou-se em 18 de Novembro de 1998, em Setúbal, no jogo Portugal-Israel, de carácter amigável, com vitória portuguesa por 2-0.

Foi um dos eleitos do seleccionador português Humberto Coelho, para a fase final do Campeonato da Europa de 2000, em que Portugal terminaria num sensacional 3º lugar. Foi o suplente de Vítor Baía, mas teve a oportunidade de se exibir a grande altura, no terceiro jogo da fase de Grupos, já Portugal tinha garantido a sua passagem aos quartos-de-final, cabendo-lhe defrontar a Alemanha, batida por 3-0.

Como atleta do FC Porto fez a sua sexta e última internacionalização em 16 de Agosto de 2000, no jogo amigável disputado em Viseu, em que Portugal goleou a Lituânia por 5-1.

Natural de Mafra, dedicou-se desde muito novo à paixão pelas balizas de futebol. Começou no modesto SB Corvense, no escalão de iniciados, na temporada de 1979/80, tendo-se transferido mais tarde para os juvenis do Belenenses, onde completou a formação.

A sua primeira experiência com sénior foi feita na 2ª Divisão Nacional, ao serviço do CD Cova da Piedade, na época de 1984/85.

Antes de chegar à baliza portista, Pedro Espinha representou o Torreense, a Académica de Coimbra, o Sacavenense, o Belenenses, o Salgueiros e o Vitória de Guimarães. Foi neste último Clube onde mais se destacou e onde seguramente se afirmou como um dos melhores guarda-redes portugueses.

Pedro era um guarda-redes extremamente sólido, eficaz e de grande capacidade. Era rápido entre os postes e tinha reflexos apurados o que lhe permitia a execução de defesas consideradas impossíveis. Fora da baliza, respondia com segurança nas bolas aéreas e com rapidez assinalável nas saídas aos pés dos avançados contrários. Raramente errava , era fiável, não se lhe apontando defeitos consideráveis. Era também muito inteligente na coordenação defensiva, senhor de uma tranquilidade assustadora e de elevado sentido de responsabilidade e profissionalismo. Com o decorrer dos anos foi ganhando experiência e maturidade, essenciais na sua afirmação no futebol português, ao ponto de lhe ser confiada a baliza em grandes certames, como o Euro/2000.

Depois de três épocas de grande destaque em Guimarães e com 34 anos de idade, Pedro Espinha rumou ao FC Porto, em Julho de 2000, alimentando o desejo e a convicção de colorir a sua carreira com a conquista de títulos nacionais, que lhe faltavam. Todavia não foi muito feliz. Não foi muito utilizado e o conjunto de conquistas que ambicionara resumiram-se a uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândida de Oliveira. Melhor que nada! Ficou a frustração de nunca se ter sagrado Campeão Nacional da 1ª Divisão.

Na primeira época nas Antas, conviveu com a forte concorrência do internacional russo Ovchinikov, Rui Correi e Hilário, todos guarda-redes de grande valor. O FC Porto vivia ainda o drama da perda de Vítor Baía. Pedro Espinha fez apenas um jogo pelo FC Porto no Campeonato Nacional  de 2000/01. Foi o guarda-redes titular dos jogos da Taça de Portugal, à excepção do jogo da final, no Jamor, em que foi suplente de Ovchinikov. Os Dragões derrotaram o Marítimo por 2-1 e Pedro triunfou o seu primeiro grande troféu nacional.

Na temporada seguinte, com Octávio Machado no comando técnico, não foi utilizado sendo até relegado para a equipa B, que disputava o Campeonato Nacional da 2ª Divisão. Deixou o Clube no final dessa temporada, rumando a Setúbal para representar o Vitória local.

(Continua) 

Fontes: European Futebol.info; International Matches 2000 e Blog Glórias do Passado.

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