FICHA DO JOGO
De regresso às provas nacionais, o FC Porto respondeu de forma categórica à goleada sofrida a meio da semana, frente ao Liverpool, com os mesmos cinco golos sem resposta. A vítima foi o Rio Ave que nunca foi capaz de mostrar argumentos para contrariar a maior valia portista.
Sérgio Conceição promoveu 4 alterações no onze principal. Casillas, Maxi Pereira, Felipe e Jesús Corona, renderam José Sá, Ricardo Pereira, Diego Reyes e Otávio.
Como que a provar que a equipa não ficou afectada com o percalço do jogo da Champions League, os Dragões entraram fortes e determinados no jogo, com a obtenção do primeiro golo, no primeiro remate à baliza, ainda não estavam decorridos os dois primeiros minutos.
Jogada na esquerda com Brahimi a lançar Alex Telles e este a cruzar atrasado na direcção de Soares. O brasileiro falhou a recepção, mas deixou a bola ao alcance de Sérgio Oliveira que disparou colocado em cima da meia lua, fazendo a bola ultrapassar a linha de golo, mesmo junto ao poste, tornando infrutífera a estirada de Cássio.
Forte lenitivo e estímulo a contribuírem para a serenidade da equipa portista, reforçada aos 22 minutos com o segundo golo do desafio. Novo cruzamento de Alex Telles, agora na cobrança de um canto, correspondido com um golpe certeiro de cabeça de Soares.
Antes porém, já o FC Porto tinha construído dois lances muito perigosos. Aos 16' Brahimi, na cobrança de um livre directo obrigou Cássio a uma intervenção de grande nível, desviando o pontapé do argelino para a barra da sua baliza e no minuto seguinte Herrera aproveitou uma saída deficiente do guardião vilacondense, para disparar para a baliza onde apareceu Tarantini a salvar sobre a linha de golo.
O terceiro golo apareceria aos 34 minutos, como corolário lógico do potencial ofensivo exercido pela equipa da casa desde o primeiro apito de Xistra. Marega arrancou do meio campo levando a bola até perto da entrada da área. Face à oposição de três defensores contrários, colocou à esquerda para Brahimi, desmarcando-se mais para a esquerda enquanto o argelino flectia para o centro, dando-lhe uma privilegiada linha de passe que Brahimi não recusou, endossando-lhe a bola. Marega optou pelo cruzamento na passada, a bola ressaltou em Marcelo, enganando o seu guarda-redes. Estava feito o terceiro da tarde.
A vencer confortavelmente pouco depois da meia hora de jogo, os azuis e brancos foram controlando sem nunca tirar os olhos na baliza contrária.
Depois do intervalo o Rio Ave ganhou algum ascendente nos primeiros 10 minutos, com João Novais a pôr à prova a atenção de Casillas por duas vezes (48' e 55').
Passado esse período os Dragões voltaram a empertigar-se e retomaram o comando da partida que Carlos Xistra procurou equilibrar de algum modo com uma «catrefada» de faltas, no mínimo curiosas, aos jogadores do FC Porto, situação que chegou a enervar alguns dos visados, mas que acabou por ser debelada pela capacidade, querer e ambição dos profissionais azuis e brancos.
Tal atitude valeu mais uma série de lances promissores e dois golos para avolumar o resultado. O primeiro aos 74 minutos num cabeceamento mortífero de Marega a corresponder à cobrança de um livre apontado por Alex Telles.
O último aos 86' por Soares. Lance disputado entre Hernâni e Marcelo dentro da área (parece ter havido razões para marcação de grande penalidade, mas Xistra, igual a si próprio, deixou andar), a bola sobrou para Maxi Pereira que rematou de imediato, com o esférico a ressaltar num dos defesas ali perto e a sobrevoar para o segundo poste onde apareceu Soares a desviar para as redes. O auxiliar assinalou fora de jogo e Xistra apitou anulando o golo, mas desta vez o VAR (finalmente) estava acordado e fez prevalecer a verdade desportiva.
Goleada igual à derrota frente ao Liverpool, perante 42.127 indefectíveis, entusiastas e confiantes portistas.
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