sábado, 29 de setembro de 2012

OS JOGOS GANHAM-SE JOGANDO!

FICHA DO JOGO
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Ora só encarando os jogos com atitude, responsabilidade, intensidade, competência, classe e ambição, eles estarão muito mais perto de serem ganhos. Foram estes princípios que os jogadores portistas esqueceram de respeitar e por isso quase saíram derrotados de Vila do Conde.

A equipa técnica sabe disso e os atletas também, mas de quando em vez tendem a ignorá-lo e quando isso acontece o resultado final quase sempre o ilustra. Foi o que aconteceu hoje, mais uma vez!

Os campeões nacionais não entraram bem no jogo apesar da maior posse de bola durante todo o jogo. Ritmo lento, falta de ideias, pouca intensidade e menor agressividade provocaram um futebol previsível e fácil de anular por uma equipa naturalmente bem organizada defensivamente que espreitou sempre a possibilidade de ir à frente criar perigo.

Pertenceu ao Rio Ave a primeira ocasião de golo, aos 15 minutos, num passe a rasgar de Braga que desmarcou João Tomás atirar de cabeça, sem marcação. Helton atento resolveu, mas estava dado o sinal. O FC Porto continuava a ter mais bola mas sem saber o que fazer com ela. Só depois dos 25 minutos os azuis e brancos começaram a imprimir um pouco mais de velocidade e a parecer James, dando um toque de maior discernimento ao futebol portista.

Foi o colombiano que começou a desbloquear o jogo. Começou por levar a bola junto da área, com muito perigo, onde foi travado em falta. Depois, apontou a falta com o pé esquerdo, em arco obrigando o guardião contrário a uma difícil intervenção, sacudindo a bola para a zona frontal onde Miguel Lopes muito oportuno acorreu a cabecear para a baliza deserta, inaugurando o marcador.

Até ao intervalo os jogadores portistas foram gerindo a posse de bola, sem criar muito perigo. Pareciam pouco interessados em matar o jogo.

Na etapa complementar os Dragões voltaram a entrar indolentes, pouco agressivos e demasiado acomodados. O Rio Ave, ao contrário apareceu mais decidido e atrevido. Em poucos minutos Tarantini dispôs de duas boas ocasiões para marcar. Só aos 62 minutos, mais uma vez por James, o FC Porto criou muito perigo, num remate forte e cruzado de «El Bandido» que estoirou na barra da baliza vilacondense. Foi o canto do cisne portista, pois o seu futebol continuava pouco intenso, permitindo grandes veleidades ao seu irrequieto opositor. Colocou-se tanto a jeito que a revirada no resultado não constituiu qualquer surpresa.

Tarantini, por duas vezes pôs justiça no resultado. Os campeões nacionais, atarantados, a perder a quatro minutos do fim, despertaram finalmente. Reagiram e evitaram a derrota. Miguel Lopes foi à linha de fundo cruzar, pela primeira vez em todo o jogo, com conta peso e medida para Jackson Martinez, também ele pela primeira vez bem servido, aparecer de cabeça a selar o resultado final.

O empate acaba por ser o mal menor, mas algo lisonjeiro, em função da exibição cinzentona dos campeões nacionais.

Otamendi e James Rodríguez terão sido os portistas que escaparam da mediocridade geral.

3 comentários:

  1. Estou absolutamente inconformado.
    O Porto de Victor Pereira sempre acaba por me enganar: quando pensamos que o campeonato já está perdido, eis que o Porto se sagra campeão; quando pensamos que o Porto está enfim definitivamente entrosado, surge uma miséria destas.
    Tão sedo não me vão ver os dentes, a não ser para morder alguém.

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  2. Quando uma equipa está a ganhar pela diferença mínima, controla o jogo, mas faz pouco para aumentar a vantagem, limitando-se a trocar a bola, a deixar passar o tempo, sem intensidade, sem velocidade, não procurando marcar mais, para conseguir a tranquilidade, sujeita-se a sofrer um desgosto. Foi o que aconteceu. A perder apenas por um golo, como é óbvio, a equipa vilacondense acreditou e lá está, um erro - quando um jogador começa a fazer mais do que sabe, começa a jogar à craque, perde qualidades, comete erros primários. Maicon que costuma ser despachado a aliviar, quis inventar e deu-se mal. Fica a lição - golo do empate, outro erro, inacreditável e impensável, Rio Ave em vantagem e quem diria, o F.C.Porto a ter de correr atrás do prejuízo. Em Faro já tínhamos feito o mesmo e acabamos o jogo a sofrer. Hoje voltamos a cometer os mesmos erros, fomos surpreendidos e pagamos um preço justo pela apatia que demonstramos. Não adiantaram nada os avisos. Tanto controlamos que não ganhamos. Enfim, uma grande desilusão!

    E nem precisaria de dizer muito mais... Se na primeira-parte ainda tivemos alguns períodos de boa qualidade, dominamos quase totalmente, nunca estivemos em risco e apenas faltou mais discernimento e mais decisão na hora de definir, se passar ou rematar, chegamos à vantagem, justa, com que fomos para o intervalo, na segunda, nem o aviso logo início da etapa complementar, em que a bola passou a rasar o poste, espevitou a equipa do F.C.Porto. Na segunda-parte faltou atitude, faltou raça, faltou meter na cabeça que sem o jogo estar resolvido, não se pode relaxar, desligar. Tirando a boa reacção ao dois golos do Rio Ave, o bi-campeão apenas esteve perto do golo, uma vez, num remate de James à barra. Muito pouco.

    Não foi pelas substituições que o gato foi às filhoses... A saída de Atsu para a entrada de Varela foi natural; Fernando precisava de minutos e Lucho já estava a na fase de menor rendimento; Kléber entrou com propriedade para o lugar de Defour, na altura do tudo por tudo. Depois, antes das substituições, já a equipa jogava devagarinho, mais para o lado e para trás que para a frente, pouco fazia para matar o jogo.

    Nota final:
    Na época passada e também na quinta jornada, deixamos 2 pontos frente ao Feirense, em Aveiro; a seguir para a Champions, defrontamos o Zenit, em S.Petersburgo, perdemos; depois recebemos o clube do regime e empatamos. Agora, o calendário é semelhante: o próximo jogo, quarta-feira, também é para a prova rainha da UEFA, frente ao PSG; e na Liga, domingo, voltamos a defrontar outro rival, desta vez, o Sporting. Que os resultados sejam diferentes, é o que todos os portistas esperam. Mas a moral e a confiança, depois deste jogo e deste resultado, não serão os mesmos que seriam se tivessemos ganho. Transformar o desânimo e a frustração deste jogo, em "raiva", determinação e enorme vontade de vencer, é o mínimo que os profissionais do F.C.Porto podem fazer. Depois, até podemos perder, mas não pode ficar, como hoje, a sensação que não fizemos tudo para ganhar. Isso, nem pensar!

    PS - Até acho que ficou um penalty por marcar na primeira-parte, Atsu isolado e empurrado por trás e tenho dúvidas no lance do Kléber, mas não contem comigo para dizer que não ganhamos por culpa do Bruno Esteves. A culpa foi nossa, ponto!

    Abraço

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  3. Subscrevo, por inteiro.
    “Treinador medíocre, futebol medíocre” – ide assim ide, que ides longe! Esperai pela “abébias” de ano passado… Esperai sentados que ides ter um lindo fim. Não conseguis fazer dois jogos seguidos com pés e cabeça! Só ganhais a equipas que estão de rastos – aos piores dos piores!

    Foi penalti sim senhor! Mais um a favor do FC Porto que não foi marcado. Mas não somos calimeros nem encornados; não foi por isso que perdemos 2 pontos.

    Ohhhh meu PORTO!!!!

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