Lucho Gonzalez - Internacional E32: Envergou a camisola da Selecção nacional da Argentina por 45 ocasiões (20 pelo River Plate, 23 pelo FC Porto e 2 pelo O. Marselha), com estreia na «alvi-celeste» a acontecer em 31 de Março de 2003, na cidade de San Pedro Sula, que recebeu o encontro amigável entre as Honduras e a Argentina, que terminou com o resultado favorável de 1-3, numa performance auspiciosa, cabendo-lhe apontar dois dos golos.
Enquanto jogador do FC Porto, voltou à selecção principal para concretizar a sua 21ª internacionalização, em 17 de Agosto de 2005, em Budapeste, no amigável Hungria-Argentina, com vitória sul-americana por 2-1, que como já vimos, contou com a companhia do seu, então companheiro de equipa portista, Lisandro Lopez.
Jogador ainda no activo, a classe especial de Lucho Gonzalez começou a notabilizar-se ainda jovem, tendo feito parte da Selecção nacional Olímpica que venceu a medalha de ouro em 2004, em Atenas. Já com a Selecção principal esteve presente nas fases finais da Copa América de 2004 e 2007 e no Mundial de 2006.
Natural de Buenos Aires, capital da Argentina, passou pela escola de formação do Huracan, clube pelo qual se estreou no escalão principal do País das Pampas, no ano de 1999. Em 2002 transferiu-se para o colosso argentino, River Plate, onde começou a coleccionar títulos.
Centro campista dotado de excelente visão de jogo, qualidade de passe, capacidade de defender e atacar com elevado à vontade e senhor de um engodo especial pela baliza, que lhe permite aparecer em locais de finalização para desferir os seus perigosos e eficazes remates, foi prontamente referenciado pela atenta equipa de Skouting do FC Porto que o foi seguindo. Se surpresa houve no anúncio da sua contratação, foi apenas e só pelo facto de ter preferido os Dragões em vez de outros emblemas mais poderosos financeiramente.
Apesar de contratado na época de 2004/05, só na época seguinte viria para o Dragão, a troco de 3,6 milhões de euros, por 50% do seu passe. Lucho representou o nosso Clube por 4 épocas consecutivas, realizando 155 jogos, com o pecúlio de 42 golos. Estreou-se oficialmente, em 21 de Agosto de 2005, no Estádio do Dragão, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, em que o FC Porto derrotou o Estrela da Amadora, por 1-0.
À entrada para a sua 5ª temporada, quando o FC Porto já tinha adquirido os restantes 50% do seu passe, por 6,65 milhões de euros e tudo indicava na sua continuidade, face à vontade manifestada de continuar e prolongar o seu contrato, Lucho, pressionado por vários clubes europeus, entre os quais o O.Marselha, «atirou» para a mesa das negociações, uma proposta que lhe parecia suficientemente alta para dissuadir o interesse do clube francês, uma vez que tinha já toda a sua vida organizada para se fixar definitivamente na cidade do Porto. Não contou porém com a determinação dos franceses para o garantir na sua equipa e o atleta viu-se na «obrigação» de aceitar as condições que ele próprio tinha proposto, saltando de malas e bagagens para Marselha, num negócio que foi muito bom não só para ele como para o FC Porto que viu os seus cofres rechearem-se com mais 18 milhões de euros e com a possibilidade de se esticar aos 24 milhões, de acordo com objectivos então definidos.
Em França Lucho Gonzalez não deixou os seus créditos por mãos alheias, continuando a espalhar o perfume do seu futebol que o transformaria no rei das assistências do futebol gaulês, logo na sua primeira época, aproveitando para rechear o seu palmarés com mais alguns títulos.
Foram 3 épocas com os pés em Marselha mas com o coração no Porto. Ele tinha prometido voltar e não descansou enquanto não o conseguiu. Em Dezembro de 2011 «El Comandante», renunciando a verbas importantes que os franceses ainda lhe deviam e ciente da reciprocidade do interesse dos responsáveis portistas em tê-lo de volta, não hesitou. Regressou e em grande estilo, reaparecendo com o equipamento azul e branco vestido, em 6 de Fevereiro de 2012, no Estádio do Dragão, no jogo FC Porto- V. Setúbal, 3ª jornada da Taça da Liga, com vitória portista por 2-0, tendo sido ele a inaugurar o marcador. Participou nos restantes jogos até final da época, contribuindo decisivamente para a recuperação do 1º lugar na Liga e respectivo título.
Continua a ser um dos jogadores nucleares da equipa e o seu grande capitão.
Palmarés ao serviço do FC Porto:
5 Campeonatos Nacionais (2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/9 e 2011/12)
2 Taças de Portugal (2005/06 e 2008/09)
2 Supertaças Cândido Oliveira (2006/07 e 2011/12)
Fontes: Home of Football Statistics and History; Fifa.com; Worldfootball.net e Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar
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