FICHA DO JOGO
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O FC Porto conseguiu hoje o primeiro triunfo português em Zagrebe, vencendo o Dínamo local por dois golos sem resposta, com uma exibição pouco brilhante mas suficiente para merecer os pontos em disputa.
Vítor Pereira surpreendeu ao apresentar no onze titular Miguel Lopes, deixando Danilo no banco e até um pouco com a inclusão de Silvestre Varela, em vez de Atsu. Se o defesa direito português aproveitou a oportunidade já o mesmo não se pode dizer em relação ao «Drogba da Caparica» que se mostrou demasiado indolente e muito complicativo.
Os campeões nacionais portugueses entraram no jogo com alguma lentidão mas cedo mostraram querer comandar as operações. O seu futebol saía fácil e fluído nas zonas mais atrasadas do relvado com bons passes curtos, de pé para pé até ao meio campo adversário. Daí para a frente tudo se complicava. Falta de profundidade, incapacidade para romper e uma desastrosa ineficácia quer nos passes à distância como no último passe, inviabilizando quaisquer possibilidades de aparecer com êxito em zonas de remate.
Os croatas foram aproveitando, tiraando partido dessas falhas para lançarem contra-ataques rápidos, bem delineados que os defensores portistas foram anulando com mais ou menos dificuldades.
Com pouco James, Moutinho em défice e Martinez muito trapalhão, emergia a capacidade atacante e técnica do jovem lateral esquerdo brasileiro Alex Sandro que a espaços conseguia excelentes cruzamentos muito mal aproveitados pelos seus companheiros mais adiantados.
Numa desastrosa intervenção do guarda-redes croata, Jackson Martinez ganhou a posse da bola e em posição ideal para inaugurar o marcador, demorou uma eternidade para tocar a bola para as redes e foi escandalosamente desarmado, patenteando o seu desajustado estado de espírito neste jogo.
No minuto seguinte, Lucho Gonzalez, apesar de estorvado pelo avançado colombiano, surgiu com decisão na área para marcar o golo inaugural da partida dando seguimento a um excelente (mais um) trabalho e cruzamento de Alex Sandro, pouco antes do intervalo.
Esperava-se um FC Porto ainda mais dominador e capaz de desbaratar o Dínamo de Zagrebe, que a perder iria por certo abrir mais, dar mais espaços para que a maior capacidade técnica portista viesse a fazer mais estragos. Mas não foi bem assim. Os azuis e brancos continuavam a controlar mas já com mais dificuldades, permitindo alguma ousadia à equipa adversária que causaram alguns embaraços para Helton.
Inexplicavelmente o meio-campo portista perdia eficácia e o processo ofensivo saía prejudicado. Ainda assim, James Rodríguez primeiro e Kléber mais tarde acabariam por estar muito perto do golo, ambos servidos primorosamente por Helton, em lançamentos longos e rápidos, jogada certamente ensaiada que poderá muito bem vir a dar frutos, se bem finalizada.
Os Dragões viriam a confirmar a vitória, já em tempo de compensação, por Defour que aproveitou muito bem um bom trabalho de Atsu.
Vitória justa apesar de não ser brilhante. Destaques para Helton, Alex Sandro (para mim o melhor em campo), Defour e Atsu.
Começo por deixar uma palavra para o Presidente que está em recuperação, deve ter sofrido, mas estas vitórias funcionam como a melhor das terapias.
ResponderEliminarUma palavra para o nosso GRANDE CAPITÃO, Lucho González que apesar do falecimento do pai, fez um grande jogo e deu uma lição de GRANDE PROFISSIONALISMO. Para El Comandante e família, os meus sentidos pêsames.
Frente a um adversário que lhe é claramente inferior, o F.C.Porto, que entrou com uma surpresa na equipa inicial, Miguel Lopes no lugar de Danilo, fez uma primeira-parte em que dominou totalmente e mesmo sem jogar bem, mesmo sendo pouco dinâmico, lento de processos e pouco contundente no último terço, chegou ao intervalo a vencer pela diferença mínima, 1-0. E se ficamos apenas pela diferença mínima, isso fica-se a dever, por um lado, à forma como abordamos os lances de ataque e por outro, porque Jackson falhou um golo para os apanhados, o que diz tudo sobre a displicência com que o ponta-de-lança abordou um lance em que fez o mais difícil. Do lado dos croatas, apenas a preocupação em fechar linhas de passe, defender atrás da linha da bola e depois, à base de voluntariedade, um ou outro contra-ataque, mas sem grande perigo.
A segunda-parte foi parecida com a primeira. Continuamos a ser superiores, a dominar, mas sem matar o jogo. E assim, com a vantagem a manter-se mínima, a equipa croata foi acreditando, teve um ou outro lance de perigo que Helton resolveu, com mais ou menos dificuldade. Defour, já no tempo de descontos e como corolário de um grande jogo, marcou um belo golo e deu mais justiça ao resultado.
Tudo somado, sem deslumbrar, vitória justíssima e sem discussão do bi-campeão, que entrou com pé direito na fase de grupos da prova mais importante da UEFA.
Notas finais:
A questões que se colocavam antes do jogo eram: como iria a equipa reagir à saída de Hulk; se conseguiria colmatar essa saída com base no colectivo; alguém se assumiria, se por acaso fosse preciso levar a equipa às costas; e se a paragem poderia trazer consequências.
Colectivamente estivemos bem, apesar do ataque não ter estado muito inspirado. O trio, James, Jackson e Varela, foram dos que menos brilharam; não foi preciso ninguém assumir-se; e a paragem notou-se no ritmo da equipa.
A equipa do Dínamo é, teoricamente, a equipa mais fraca, tal como era o Apoel na época passada. Na temporada anterior foi com o adversário mais fraco que começamos a entregar o ouro ao bandido, nesta já demos um belo passo em frente.
Abraço