FICHA DO JOGO
A verdade é como o azeite, cedo ou tarde vem ao de cima. Se é verdade que o FC Porto tem tido muitas razões de queixa das arbitragens enviezadas de que tem sido vítima e que já custaram a perda de alguns importantes pontos, também não deixa de ser menos verdade que esta equipa não tem estofo para lutar por qualquer título.
Hoje isso ficou mais uma vez demonstrado, num jogo em que o árbitro cometendo alguns erros, teve a decência de aplicar um único critério para os dois lados, ilibando-se de quaisquer culpas.
Sem poder contar com o castigado Danilo Pereira e o ausente Brahimi (seleccionado para disputar a CAN), Nuno E. Santo recorreu a Rúben Neves e Herrera.
A equipa azul e branca conseguiu produzir um futebol interessante, durante a primeira parte, período do jogo em que dominou territorialmente, criando situações para marcar, suficientes para resolver a contenda a seu favor. No entanto, a incapacidade para fazer golo, por precipitação, ansiedade ou por falta de classe, impediram que o marcador tivesse funcionado.
Depois no segundo tempo tivemos um FC Porto cinzento, amorfo, sem arte nem engenho, para poder alterar o rumo dos acontecimentos. O Paços de Ferreira conseguiu em alguns momentos dividir o jogo e os Dragões demonstraram claramente que não possuem argumentos para discutir qualquer título, perdendo mais dois pontos importantes para o líder do campeonato, que para além do manto protector contam ainda com a confortável incapacidade dos seus perseguidores para lhe darem luta.
Defendo a intransigente luta pela verdade desportiva, a responsabilização dos agentes desportivos que não a garantem assim como também exijo seriedade a todos os responsáveis do FC Porto que de uma forma ou doutra contribuíram e contribuem para este estado de coisas, principalmente para a falta de qualidade que a equipa de trabalho tem vindo a manifestar, pondo em causa mais uma época desportiva, para além da financeira.
Repetindo o que afirmei na crónica do jogo anterior, assim não é possível confiar nesta equipa.
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