FICHA DO JOGO
O FC Porto voltou às vitórias no Campeonato, na recepção ao Moreirense que acabou vítima da melhor eficácia rematadora dos Dragões, qualidade decisiva num triunfo tranquilo e natural, apesar de uma exibição pouco diferente das anteriores, em que perdeu pontos.
A maior novidade foi uma arbitragem sem grandes reparos e sem interferência no resultado, algo muito pouco frequente nesta temporada.
Com a possibilidade de reduzir distância pontual para o líder artificial e aumentá-la em relação ao outro rival, ambos perdedores de pontos no dia anterior, Nuno E. Santo fez regressar Danilo Pereira, após castigo, mantendo todos ou outros no onze titular.
Os azuis e brancos custaram a engrenar, permitindo ao adversário o lance mais vistoso, logo aos três minutos, a obrigar Casillas a plicar-se. A pouco e pouco a equipa serenou e tomou conta do jogo definitivamente para não mais lhe perder a iniciativa e o controlo. No entanto voltou a ser notória a dificuldade na ligação do jogo ofensivo especialmente no último terço do relvado, onde se perdiam a maior parte dos lances, por razões diversas (deficiência na definição, má opção no remate ou assistência, precipitação, má abordagem técnica), enfim, aquele reportório que tem ensombrado a performance portista em alguns jogos.
Mas o tom ameaçador acabaria por dar os seus frutos à passagem da meia hora. Livre directo apontado por Alex Telles que Macaridze afastou com os punhos. Ivan Marcano não desistiu do lance, recolheu a bola que tinha fugido para a cabeceira, venceu a oposição de um adversário, fez um cruzamento recuado aparecendo Óliver Torres a corresponder com um remate colocado, certeiro e sem hipóteses de defesa.
Conseguido o mais difícil, o FC Porto continuou na ofensiva a forçar o segundo golo que haveria de aparecer muito próximo do intervalo. Felipe cortou a bola na entrada da sua área, colocando-a um pouco mais à frente em Diogo Jota. O avançado portista aproveitando o adiantamento dos jogadores do Moreirense, ligou o turbo, avançou forte e decidido, ultrapassando vários adversários, soltou para a entrada de Corona que acompanhou o lance, o mexicano evitou um defensor contrário com recepção orientada seguida de remate, o guarda-redes estirou-se a evitar o golo, mas fez a bola sobrar para a entrada oportuna de André Silva, que de cabeça e em voo, fez balançar as redes adversárias pela segunda vez.
Ainda antes do apito do árbitro para o intervalo, Francisco Geraldes fez falta para o segundo amarelo e foi expulso, deixando o seu clube a jogar em inferioridade numérica.
A segunda parte não foi muito diferente, com o FC Porto a dominar a seu belo prazer, mas nem sempre bem. Ainda assim criou mais algumas boas oportunidades de golo, suficientes para lhe permitir dilatar o marcador por mais um golo. Desta vez, na sequência de um pontapé de canto apontado por Herrera, com Ivan Marcano bem colocado e livre de marcação, a cabecear com eficácia para o terceiro.
André André, substituto de Óliver Torres aos 69 minutos, teve duas boas ocasiões para facturar, bem como André Silva, mas o marcador não sofreria alteração.
Destaque para a estreia de Kélvin, um regresso saudado entusiasticamente pela plateia, mas sem correspondência em termos exibicionais, pelo jovem brasileiro.
No final vitória tranquila e natural mas sem grandes alardes.
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