domingo, 8 de janeiro de 2023

MAIS DOIS PONTOS DESPERDIÇADOS COM LEVIANDADE

 
















FICHA DE JOGO



























SISTEMA TÁCTICO
























O FC Porto voltou a ceder pontos,  agora na sua deslocação a Oeiras, no confronto com o primodivisionário Casa Pia, uma equipa de fracos recursos e de pouco potencial futebolístico que recorreu de forma brilhante à estratégia do autocarro estacionado junto à sua baliza, conseguindo-a manter inviolável, garantindo assim o seu precioso pontinho.

Mas este resultado não se deve tão só a esta estratégia mas também à forma descoordenada e precipitada como o FC Porto procurou desenvolver o seu futebol.

Os Dragões mostraram-se pouco confortáveis com a falta de espaços no último terço a que se somaram as fracas condições do relvado, face à chuva que caiu quase interruptamente, dificultando a construção do futebol ofensivo. Raras vezes logrou chegar em boas condições a zonas de finalização e quando as conseguiu desperdiçou-as com alguma leviandade.

A actuação portista foi tão cinzenta que nem o facto de ter jogado toda a segunda parte em superioridade numérica, lhe garantiu desempenho mais positivo. 

Sendo certo que sempre teve o domínio do jogo, também pela estratégia do adversário, o seu pendor atacante foi geralmente estéril, sem critério e inconsequente, saltando à vista as faltas de lucidez, de criatividade, de discernimento e de eficácia nos dois momentos de que dispôs para marcar, uma por Galeno (56'), a cabecear por cima da barra e outra de Toni Martínez (60'), a rematar na direcção do guarda-redes. De resto, todos os outros remates, enquadrados com a baliza, foram à guisa de treino do guardião contrário.

O técnico portista tentou tudo para alterar o rumo dos acontecimentos, fazendo as alterações que tinha que fazer. Pepê entrou ao intervalo, deixando Uribe nos balneários, Verón deu o seu lugar a Toni Martínez (60'), para permitir mais poder de fogo, Eustaquio rendeu Grujic (72'), este por incapacidade física e finalmente, André Fanco e Namaso entraram para as saídas de João Mário e Wendell (80'), mas diga-se em abono da verdade que os reforços vieram equipados com a mesma falta de arte e engenho.

Empate com sabor a frustração, numa altura em que a equipa parecia prometer ser capaz de recuperar os pontos perdidos, tornando a missão cada vez mais complicada.

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