FICHA DO JOGO
O FC Porto voltou a experimentar o sabor amargo da derrota, 26 jogos depois da anterior, que datava de 7 de Outubro do ano passado.
A sua deslocação a Roma desta vez teve epílogo diferente das anteriores, mas trata-se de uma derrota perfeitamente recuperável no jogo da 2ª mão, no Dragão, onde os azuis e brancos poderão fazer valer o golo marcado fora de casa.
Sem poder contar com Corona (a cumprir castigo) e Marega (lesionado para mais uns jogos), Sérgio Conceição elegeu Otávio e Fernando Andrade para os fazer esquecer.
A forma como os Dragões entraram no jogo foi demonstrativo de uma estratégia cautelosa de forma a adormecer o jogo, colocando um ritmo pausado, muito controlo dos movimentos adversários, recorrendo à pressão alta exercida perto da sua área, a fim de dificultar na zona de construção.
Tal estratégia foi dando os seus frutos mas teve como contrapartida a falta de capacidade ofensiva, ficando o futebol portista quase limitado à posse de bola para trás e para os lados, sem progressão e sem condições de poder ferir a equipa da Roma.
O remate portista mais enquadrado com a baliza aconteceu por volta dos 29 minutos, por Fernando Andrade, bem intencionado mas fraco e muito denunciado, não constituindo qualquer dificuldade para o guardião Mirante.
Ao contrário, Dzeco atirou violentamente contra o poste da baliza de Casillas aos 38 minutos, desperdiçando a melhor ocasião de golo até então.
Como a primeira parte até correu bem, o técnico portista manteve a estratégia para a segunda metade, porém a equipa da casa apareceu mais disposta a assumir o jogo ofensivo e a correr mais riscos.
O resultado dessa alteração foi o aparecimento com mais frequência e perigo junto da área portista, com a equipa azul e branca a experimentar maiores dificuldades para manter a sua baliza inviolável.
Algumas falhas de marcação a somar à competência dos rematadores da equipa italiana fizeram o resultado funcionar por duas vezes (70' e 76'), dando a ideia que seria até fácil construir um resultado desnivelado. Casillas teve de se aplicar para que tal não acontecesse.
Sérgio Conceição teve então de mudar a estratégia. Já tinha substituído Brahimi , por lesão para a entrada de Adrián López (68') e mais tarde sairiam Fernando Andrade (76') e Otávio (84'), para as entradas de André Pereira e Hernâni, respectivamente.
Estas mexidas foram bem sucedidas porque o FC Porto a partir de então mostrou-se ambicioso, sem medo e capaz de aparecer com perigo junto da baliza adversária.
Criou oportunidades de golo e marcou aos 79 minutos num belo remate de Adrián López, dando algum alento para encarar com algumas esperanças o jogo do Dragão.
A forma como o FC Porto respondeu aos dois golos sofridos de rajada, deixaram no ar a ideia que a estratégia inicial escolhida foi demasiada castradora e pouco ambiciosa. Respeitou-se em demasia um adversário que, a meu ver, devia ter sido posto à prova com coragem e decisão.
Vamos ver se em casa conseguiremos ser suficientemente competentes para dar a volta à eliminatória.
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