FICHA DO JOGO
Os homens do apito e seus parteners continuam de vista escanada no que aos Dragões diz respeito. Hoje em Vila do Conde, mais um golo perfeitamente legal foi estupidamente anulado por pretenso fora de jogo de Brahimi (!). Será que a possibilidade da atribuição do título, por goal-avarage, está já a ser devidamente salvaguardado para a equipa do regime?
Nesta sempre complicada deslocação a Vila do Conde, para defrontar a aguerrida equipa do Rio-Ave e com o jogo da Champions no horizonte, Julen Lopetegui fez alinhar o onze previsto, constituído pelos jogadores disponíveis mais utilizados.
Era necessário empenhamento e autoridade e foi isso que a equipa portista procurou desde o primeiro apito do árbitro. A jogar contra o forte vento que se fazia sentir, os Dragões cedo mostraram ao que vinham, tomando conta das operações, empurrando a equipa da casa para junto da sua área e em cima do minuto oito, o nº 8 portista, Brahimi introduziu a bola nas redes da baliza de Ederson, mas a equipa de arbitragem, estranhamente, anulou. Quaresma cruzou do lado direito, Herrera ao recolher, adiantou ligeiramente a bola e na passada Brahimi aproveitou para fazer o golo. Havia um defensor do Rio Ave e o guarda-redes a colocar em jogo o argelino. Não dá para entender este equívoco que deixou todos os jogadores portistas, equipa técnica e apoiantes verdadeiramente estupefactos.
A equipa azul não baixou os braços e continuou com o pé no acelerador para chegar o mais depressa possível à vantagem no marcador. Aboubakar, Brahimi, Óliver Torres e Quaresma, numa só jogada, alvejaram sucessivamente a baliza, mas a bola teimou em não beijar as redes.
Perto dos 25 minutos de jogo, Quaresma atirou uma bomba que estourou ruidosamente na barra, a bola saltou na direcção de Danilo, que entrou na área e foi derrubado. Grande penalidade prontamente assinalada por Vasco Santos.
O Rio Ave ensaiou então a reacção. Ukra, à passagem da meia-hora atirou forte e com perigo, com a bola a passar sobre a barra da baliza de Fabiano. Dez minutos mais tarde Herrera perdeu a bola displicentemente, em zona proibida, obrigando Fabiano a uma defesa de emergência para evitar o empate.
Já em tempo de compensação, antes do intervalo, chegou o segundo golo portista, e que grande golo. Brahimi e Alex Sandro combinaram na esquerda, o lateral brasileiro viu o seu compatriota bem posicionado, em posição frontal, junto à entrada da área, colocou-lhe a bola redondinha e Danilo levantou a cabeça e rematou em arco, sem hipóteses de defesa, dando uma expressão mais justa ao resultado.
No segundo tempo o FC Porto abrandou o ritmo, talvez a pensar no próximo compromisso, procurando fazer um futebol de controlo, gerindo os tempos de jogo, de forma a fazer correr o relógio em seu proveito. De quando em vez Quaresma conseguia levar algum perigo à área contrária, mas a falta de pontaria dos jogadores portistas ia retardando alteração no marcador.
O Rio Ave aproveitou para crescer e à passagem dos 50 minutos deram o aviso. Jebor completamente solto na área portista cabeceou, mas ao lado. Aos 71 minutos o Rio Ave marcou mesmo. Mais uma abébia da defensiva portista e Tarantini, completamente solto aproveitou para reduzir, lançando a incerteza no resultado.
Os vilacondenses começaram a acreditar, lançaram-se ainda mais para a frente e o FC Porto aproveitou da melhor forma esse adiantamento. Lopetegui fez alterações, metendo Rúben Neves e tirando Brahimi, já Hernâni tinha substituído Quaresma.
Numa jogada de contra-ataque, o FC Porto chegou ao resultado final. Numa jogada rápida de três jogadores portistas para dois do Rio Ave, Aboubakar libertou a bola na hora exacta para a entrada vitoriosa de Hernâni, que na cara de Ederson não falhou. Estava garantida assim mais uma vitória preciosa que mantém o FC Porto na corrida acesa pelo título.
Destaque mais uma vez para Quaresma e Danilo, os melhores atletas em campo, num conjunto de exibições bastante aceitáveis.
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