segunda-feira, 6 de abril de 2015

MÃO CHEIA NO REGRESSO ÀS VITÓRIAS
















FICHA DO JOGO


























O FC Porto voltou a conhecer o doce sabor da vitória, após dois resultados negativos (o empate frente ao Nacional e a derrota frente ao Marítimo, este para a Taça da Liga) e logo com uma goleada das antigas. Foram cinco, mas até podiam ter sido mais, os golos que coloriram o resultado final, fruto não de uma grande exibição, mas sobretudo da acção preponderante de três atletas, que sobressaíram de forma bem clara, contribuindo com os melhores lances do desafio, Quaresma, Danilo e Óliver Torres.

Julen Lopetegui fez alinhar o onze, que dados os condicionalismos, era o mais previsível. Fabiano, Danilo, Martins Indi, Alex Sandro, Herrera e Brahimi, recuperaram os seus lugares e os restantes mantiveram-nos.


























O jogo começou com as dificuldades do costume, principalmente na construção da manobra ofensiva portista, face à estratégia hiperdefensiva do Estoril que se limitou a baixar as suas linhas, abdicando ostensivamente até mesmo do contra-ataque.

Com grande parte dos jogadores portistas pouco inspirados, quer na criação de espaços como também no passe mais longo, o perigo só apareceu junto à baliza dos canarinhos, por duas ocasiões, a primeira aos 13 minutos, num cruzamento da esquerda de Brahimi a que Herrera acorreu tardiamente, perdendo o momento do remate e a outra um minuto depois, com Quaresma a solicitar a entrada de Brahimi na área e o argelino, depois de ter passado pelo defesa e com Vagner na sua frente, atirou contra as suas pernas.

A pressão ofensiva dos Dragões originou uma série de cantos a seu favor, sempre incrivelmente muito mal aproveitados, situação que deveria ser alvo de analise pela equipa técnica.

Quaresma, que foi durante todo o jogo, a figura mais esclarecida da formação portista, ensaiou aos 31 minutos uma incursão espectacular na área, seguida de remate, obrigando Vagner a uma grande defesa. No minuto seguinte, num trabalho muito parecido, o Harry Potter, depois de deixar para trás um defesa, levantou a cabeça e dirigiu um cruzamento teleguiado ao segundo poste, onde apareceu Óliver Torres a empurrar a bola de cabeça para as redes. Estava aberta a lata das sardinhas estorilista.





















Aos 36 minutos, de novo Quaresma pela direita, levou a bola até à entrada da área, esperou a entrada de Danilo, colocou-lhe a bola em passe a rasgar, o defesa foi à linha, cruzou para a entrada de Aboubakar, que com tudo para fazer o golo, atirou contra as pernas de um defesa.

Já em tempo de compensação, mais uma vez Quaresma na direita, tirou a papel químico a jogada do primeiro golo, mas desta feita foi Aboubakar quem apareceu ao segundo poste a desviar com o pé direito, para o 2º golo, último lance da primeira metade.






















O segundo tempo começou com nova perdida de Brahimi. O argelino, bem servido já dentro da área, enquadrou-se com a baliza e tentou atirar ao ângulo superior direito, mas a bola saiu ligeiramente ao lado.

A pressão azul e branca manteve-se e o terceiro golo adivinhava-se, mais minuto menos minuto, acabando por surgir na conversão de uma grande penalidade a castigar rasteira a Brahimi. Quaresma cobrou e não falhou.






















Aos 68 minutos, o endiabrado Quaresma desmarcou Aboubakar, que seguia isolado para a baliza, mas o lance foi erradamente interrompido pela equipa de arbitragem por fora de jogo que não existiu.

Dois minuto depois, a jogada mais bonita de jogo, culminada com mais um belo golo. Danilo, tabelou sempre em progressão, com Quaresma, depois com Aboubakar, aparecendo na cara do guarda-redes, para o golo da noite.
























O último golo portista aconteceu aos 77 minutos, num roubo de bola de Quaresma, permitindo isolar-se, evitar o guarda-redes e atirar a contar.






















Só então o Estoril se soltou um pouco mais, já Julen Lopetegui tinha procedido às três alterações. Podia até ter marcado num lance em que Rúben Neves meteu a bola nos pés de um adversário que caminhou para abaliza, completamente isolado, mas o deixou-se  trair pelo deslumbramento acabando por adiantar a bola e permitir a defesa de Fabiano.

Até final, Hernâni, por duas vezes teve o golo nos pés, mas se na primeira Vagner lho negou com uma boa defesa, na segunda, o remate disparatado não coincidiu com a exímia desmarcação e bom posicionamento para facturar.

Vitória expressiva, num jogo de sentido único, em que a equipa portista começou por experimentar grandes dificuldade de penetração, alguma ineficácia no remate, mas que aos poucos foi encontrando as soluções mais adequadas para construir um resultado volumoso, que lhe garante a manutenção da diferença de 3 pontos para a liderança.

Sobre as boas prestações já falei no início da crónica, deixando para o fim algumas exibições muito pouco convincentes. Herrera esteve francamente mal. Lento a pensar e a executar, sem inspiração e quase sempre a jogar para trás. Brahimi foi outro elemento  de fraca produção. O argelino não está bem fisicamente e foi perdendo lances uns atrás dos outros. Não é mais o jogador entusiasmante daquilo que mostrou ser durante o primeiro terço do campeonato. São dois jogadores em claro sub rendimento, talvez a pedir descanso. 

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