FICHA DO JOGO
Foi com uma exibição pouco ou nada brilhante que o FC Porto superou um adversário muito concentrado, bem estruturado e agradavelmente competitivo, num jogo em que o desgaste provocado pela jornada europeia foi bem evidente.
Sérgio Conceição teve pouco tempo para preparar a equipa e sobretudo para a recuperar, quer física como animicamente, face à insensibilidade dos responsáveis da Liga de Clubes, de que de resto o técnico portista previamente se lamentou.
Com Pepe (nem sequer foi convocado) e Corona (suplente) debilitados fisicamente, a equipa titular sofreu essas duas alterações, colmatadas com as chamadas de Wilson Manafá e Soares.
Face aos condicionalismos já apontados, o jogo desenrolou-se de uma forma geral, sem nenhum brilhantismo, com os jogadores portistas desinspirados, presos de movimentos, perante um adversário competente a defender e perigoso a contra atacar.
Foram mesmo os forasteiros a dar o primeiro sinal de perigo, chegando a introduzir a bola na baliza do FC Porto, mas num lance ferido de ilegalidade, por fora de jogo, prontamente assinalado pela equipa de arbitragem e confirmado posteriormente pelo VAR (9').
Na resposta, Soares esteve perto de fazer o golo, mas foi desarmado no último momento por Fábio Cardoso (12').
Seis minutos depois (18') os campeões nacionais viram coroado de êxito o seu maior pendor ofensivo. Uma boa triangulação entre Brahimi, Herrera e Otávio, colocou o brasileiro em situação privilegiada para marcar, o remate foi repelido pelo guarda-redes Marco, sobrando a bola para Marega, que no sítio certo fez a recarga vitoriosa.
A vencer, a equipa tendeu a adormecer o jogo e baixar o ritmo para poder de alguma forma entrar em gestão de esforço, só que a equipa açoriana nunca permitiu grandes poupanças, colocando sistemáticos problemas, a deixar em alerta os jogadores portistas.
A ilustração disso mesmo, foram as duas jogadas muito perigosas, de contra ataque, gizadas aos 23' e 41'. Na primeira com a bola a sair a rasar o poste de Casillas e o segundo com o esférico a beijar as malhas, mas mais uma vez, com golo bem anulado, por fora de jogo.
Ficava no entanto o aviso de que para vencer este jogo, os azuis e brancos haveriam de suar e trabalhar sem descanso, porque felizmente e a bem da salutar transparência, os nossos responsáveis, ao contrário de outros, não compram nem mandam comprar resultados, nem jogadores adversários para facilitarem a vida.
No segundo tempo não houve golos, mas houve muita luta, muito empenho e muita raça, de ambas as equipas, para melhorarem o resultado. Os jogadores portistas tudo tentaram mas era notória a fadiga que lhes tolhia a performance. Corona e Fernando Andrade, chamados ao jogo, dispuseram de oportunidades flagrantes, mas a deficiente finalização fez com que o resultado não sofresse alteração.
No final mais uma vitória justa, muito valorizada por um adversário muito competitivo que tudo tentou pata roubar pontos.
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