FICHA DO JOGO
O FC Porto foi a Portimão cumprir o seu objectivo, frente a um adversário muito difícil e competitivo, que obrigou o campeão nacional a ser atento, concentrado e competente, num relvado onde os outros três candidatos ao título saíram beliscados (Sporting e Benfica com derrota e Braga com empate).
Depois de um jogo desgastante, em Liverpool, Sérgio Conceição, para além de ter de mexer no onze titular por indisponibilidade de Felipe (a cumprir o segundo e último jogo de castigo), colocando no seu lugar Pepe, foi mais além, recuperando Wilson Manafá, Herrera e Brahimi, em detrimento de Maxi Pereira, Óliver Torres e Otávio.
Como se antevia, a equipa da casa voltou a criar grandes dificuldades pela sua capacidade de sair apoiado, com boa troca de bola, sustentada na boa técnica de grande parte dos seus jogadores. Os primeiros minutos da partida mostrou essas qualidades, obrigando a equipa azul e branca, hoje toda de azul, a um trabalho muito atento e concentrado na defesa, com destaque para a dupla de centrais Pepe e Éder Militão, mais uma vez imperiais na sua jurisdição.
Os campeões nacionais foram conseguindo livrar-se do espartilho criado pelo Portimonense, muito à custa das jogadas de profundidade para Marega que foi sempre uma seta apontada à baliza contrária, ainda que nem sempre com a melhor definição.
O primeiro remate portista enquadrado com a baliza deu golo. Marega fugiu pela direita apanhando a defensiva contrária descompensada, foi à linha, cruzou atrasado, surgindo Brahimi, livre de marcação a rematar, fazendo a bola passar entre as pernas de um defesa, traindo o seu guarda-redes (15').
A reacção do Portimonense não se fez esperar, obrigando a equipa portista a baixar o seu bloco, para suster a avalanche atacante que se seguiu. Soares quase traía Casillas, desviando um remate para o poste da sua baliza. Mas antes o guardião portista teve de se aplicar para deter um livre marcado por Lucas Fernandes. Mais uma vez a grande qualidade de Pepe veio ao de cima, varrendo a sua zona.
O FC Porto neste período sentiu dificuldades em sair para o ataque, várias vezes por má definição do último passe.
Na segunda metade do encontro os campeões nacionais procuraram dilatar o marcador para poderem pensar na gestão do esforço. Tiveram de ser concentrados a defender e mais competentes a lançar Marega.
Foi Alex Telles que aos 73 minutos serviu o avançado maliano, com um passe magistral a rasgar a defensiva contrária, bem aproveitada e concluída com um remate de elevada capacidade técnica.
A vencer com margem mais confortável, o FC Porto baixou o ritmo do jogo, geriu o esforço e ainda se deu ao luxo de dilatar o marcador, na sequência de um canto, batido pelo jovem Bruno Costa. Éder Militão saltou mais alto, desviando de cabeça para o segundo poste onde surgiu Herrera a rematar à vontade.
Vitória justa, quiçá demasiado gorda em função da excelente réplica do adversário.
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