FICHA DO JOGO
Uma noite fria, com chuva interrupta batida a vento, galgando a cobertura do Dragão, fustigando bancadas e relvado, não foi impeditiva de mais um triunfo do FC Porto, nesta edição da Liga dos Campeões, frente a um adversário chato, perigoso e ainda convencido nas suas capacidades, que as insígnias de campeão russo lhe conferem.
Sérgio Conceição teve de fazer uma alteração ao onze titular, face à falta de inscrição nesta prova de Soares, elegendo Herrera para o substituir.
Ciente das dificuldades que tinha pela frente, o FC Porto cedo tomou as rédeas do jogo conseguindo o golo logo aos dois minutos. Jogada do lado direito com passe de Maxi Pereira pelo meio das pernas de um adversário, lançando Marega no corredor, o maliano a entrar na área e a cruzar no momento exacto, com Herrera a dar sequência com finalização certeira.
Rombo nas aspirações da equipa russa que nunca desistiu de discutir o resultado, dando sempre muita réplica, obrigando os campeões nacionais portugueses a trabalhar com índices de concentração elevados.
Os azuis e brancos corresponderam ao que deles se esperava e perto do intervalo dilataram o resultado, com inversão de papeis. Herrera assistiu Marega, com um passe soberbo, levantando a bola por cima da defesa contrária, o avançado portista recolheu, correu rápido para a baliza e no momento certo desferiu o remate fatal, fazendo a bola passar por entre as pernas do guarda-redes.
Até ao intervalo o FC Porto ainda tentou mais alguns golos. Militão e Maxi Pereira estiveram perto, mas o guardião Guilherme opôs-se com segurança.
No segundo tempo a chuva intensificou-se, o relvado começou a acusar o excesso de água e a equipa russa voltou dos balneários disposta a dar ainda mais luta. Tomou conta das operações obrigando os azuis e brancos a baixar o bloco e a defender durante um período mais alargado. Criaram alguns lances perigosos e acabaram mesmo por conseguir o golo de honra, perto da hora de jogo, na conclusão de um canto, com a defesa portista a permitir que um dos jogadores mais baixos da equipa, Farfán, cabeceasse à vontade, traindo Casillas.
O golo parecia relançar a discussão do resultado, no entanto o FC Porto reagiu rápido e o terceiro golo praticamente matou o jogo. Passe a rasgar de Óiver Torres para Corona que entra na área, evita um adversário, troca a bola do pé direito para o esquerdo, enquadrando-se com a baliza e remata para um golo de belo efeito.
O Lokomotiv sentiu esse golo e não mais conseguiu esboçar uma reacção. O FC Porto galvanizado, procurou mais golos, as oportunidades apareceram mas foi Otávio, já em tempo de descontos a fechar a contagem, com um remate portentoso à entrada da área.
Vitória categórica valorizada pela réplica do adversário.
O FC Porto continua no comando do seu grupo, necessitando apenas de um ponto para garantir a passagem aos oitavos-de-final da prova.
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