FICHA DO JOGO
O FC Porto teve hoje um dos testes mais difíceis desta temporada, no confronto com o Belenenses, depois de uma Quarta-feira europeia de grande desgaste físico e psicológico, que deixou marcas visíveis.
Sem poder contar com Marega, Soares e Otávio, lesionados, bem como Danilo Pereira, a cumprir castigo por ter atingido o limite de cartões amarelos, Sérgio Conceição operou três alterações na equipa titular, em relação ao jogo frente ao Leipzig. Diego Reyes actuou no lugar de Danilo, André André, em vez de Corona e Hernâni no lugar de Marega.
Os Dragões entraram no jogo com a disposição de construir o resultado com a maior brevidade possível, aproveitando a disposição de bloco baixo do seu adversário, que se por um lado lhe garantia o comando da partida, por outro tornava complicada a penetração na sua área.
Porém, a velocidade imposta acabou por abrir brechas na defensiva lisboeta e as oportunidades para abrir o marcador começaram a surgir em catadupa. Primeiro foi Herrera, bem posicionado na área a cabecear sobre a barra, na sequência de um canto (7'). Seguiram-se, Hernâni (7'30") com um remate intencional, mas fraco; Brahimi (11') a rematar torto, depois de excelente trabalho; Outra vez Hernâni (25'), depois de iludir o seu adversário a rematar fraquíssimo de pé esquerdo, em posição privilegiada; Brahimi (27') a atirar à figura; André André (33') a concluir por alto uma jogada de ligação muito bem congeminada; Alex Telles (41') num potente remate a obrigar Muriel a uma defesa de alto grau de dificuldade.
A bola parecia não querer entrar e assim o jogo tornava-se desgastante para um conjunto de jogadores que haveriam de mais à frente manifestar alguns sinais concludentes.
Mas como «quem porfia mata caça», o prémio acabou por chegar ao minuto 42'. Canto apontado do lado esquerdo por Alex Telles, a bola foi afastada por um defesa do Belenenses na linha da pequena área para a direita onde Herrera teve a serenidade para recuar dois passos e à meia-volta desferir o remate fatal, com o guardião contrário ainda a tentar evitar o golo, mas já dentro da sua baliza.
O Belenenses tentou reagir e aos 45'+1', Yebda dispôs de uma boa oportunidade para fazer a igualdade, mas José Sá estava no sítio certo e resolveu.
Ao intervalo a vitória era justa mas pecava imenso por defeito, face à ineficácia portista.
No tempo complementar a equipa forasteira apareceu mais ambiciosa e mais adiantada no terreno, enquanto os azuis e brancos preferiram amornar o jogo, na tentativa de evitar maior desgaste. O jogo foi então mais dividido, mas continuaram a pertencer ao FC Porto os mais prometedores lances de ataque.
Sérgio Conceição mexeu na equipa tirando Hernâni aos 60' para introduzir Jesús Corona. A entrada do mexicano veio trazer novos índices de confiança e mais perigo junto à baliza contrária, numa altura em que já havia jogadores portistas a arrastarem-se no relvado.
Sérgio Oliveira e Galeno, entraram para os lugares de André André e Brahimi e o médio portista chegou mesmo a desperdiçar uma nova ocasião de golo, até que aos 90', Aboubakar sentenciou a partida com um de grande nível. Primeiro sentou literalmente o defesa e à saída do guarda-redes picou-lhe a bola, num chapéu de belo efeito.
Estava assim concretizada com todo o mérito a 10ª vitória em 11 jornadas e a manutenção da liderança isolada.
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