FICHA DO JOGO
Depois da derrota na Alemanha, era imperioso vencer para manter viva a aspiração de se qualificar para os oitavos-de-final da Champions League. Tarefa obviamente complicada face à real capacidade da equipa adversária.
Sérgio Conceição voltou a apostar no onze titular que tão boa conta tinha dado no estádio do Bessa, no encontro anterior.
Entrada no jogo de forma algo receosa, com muitas cautelas a denunciar alguma intranquilidade o que originou futebol confuso, sem ligação, também por culpa da pressão alta da turma germânica.
Os Dragões tiveram ainda que ultrapassar a primeira contrariedade do jogo, com a necessidade de ter de substituir o lesionado Marega, logo aos 7 minutos, revés considerável na manobra ofensiva. André André foi o eleito por Sérgio Conceição, preferindo reforçar o meio campo em vez de lançar o único avançado no banco, Hernâni.
Ainda assim, seis minutos depois o FC Porto chegaria à vantagem no marcador, na sequência de um lance de bola parada. Canto cobrado por Alex Telles, do lado direito do ataque portista, Herrera no lado esquerdo tocou atrasado de cabeça para o centro da grande área onde se encontravam vários jogadores, alguma confusão com a bola a sobrar novamente para o mexicano que com frieza e clarividência rematou, batendo o guardião contrário.
A turma alemã tentou elevar o ritmo e a pressão, condicionando e de que maneira o jogo ofensivo portista, obrigando os azuis e brancos a um recuo no terreno, raras vezes contrariado até ao final da primeira parte.
José Sá foi inclusivamente chamado a uma espectacular defesa, na cobrança de um livre directo e a defensiva portista teve de se aplicar para não ser surpreendida.
Sérgio Conceição, mais uma vez, deve ter sido muito interventivo no balneário já que a turma portista abordou o segundo tempo de uma forma bem mais positiva e competente. Foi uma mudança radical no seu futebol, agora de forma consistente, criteriosa e eficaz.
Apesar dessa atitude, haveria de ter de passar por duas novas provações como que num teste inequívoco à personalidade da equipa. A primeira, aos 48 minutos, num lance de grande mérito para o ataque do Leipzig ao explorar com classe, uma desatenção defensiva portista, na obtenção do golo do empate.
A equipa portuguesa não se amedrontou e reagiu com a personalidade dos grandes campeões. Assentou o seu jogo, tomou conta da partida, provocando o jogo faltoso da equipa adversária. Foi precisamente na sequência de um desses livres que os Dragões se recolocariam em vantagem no marcador.
Cobrança exemplar de Alex Telles para a marca de grande penalidade onde Danilo Pereira foi mais rápido a saltar e a cabecear com êxito.
Entretanto surgiu a 2ª provação com a lesão de Jesús Corona, aos 70 minutos, ele que se vinha evidenciando nesta segunda metade. Sérgio Conceição optou por lançar Maxi Pereira. Seria expectável o defesa uruguaio entrar para defesa lateral direito e o adiantamento de Ricardo, mas surpreendentemente não foi isso que aconteceu. Maxi ficou mais adiantado e Ricardo manteve-se no seu lugar.
Os Dragões sentiram que o jogo tinha de ser mais controlado e então passaram a privilegiar a troca de bola em ritmo mais moderado e com saída para o ataque de forma cerebral, diga-se que com grande eficiência já que a sua baliza nunca esteve exposta (Diego Reyes entrara para substituir Brahimi) e ainda lograram marcar o terceiro golo num contra-ataque bem lançado por Aboubakar e superiormente aproveitado por Maxi Pereira que na cara de Gulácsi não perdoou.
Vitória importante, valorizada por um adversário muito complicado que deixa o FC Porto na 2ª posição e a depender de si próprio..
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