FICHA DO JOGO
O ala espanhol voltou a ser decisivo na deslocação do FC Porto à Pedreira, ao apontar o golo da vitória, que mantém a equipa azul e branca na discussão pelo título nacional.
A tarefa antevia-se complicada e o jogo confirmou isso mesmo.
Julen Lopetegui fez alinhar o mesmo onze da semana passada, frente ao outro Sporting, o de Lisboa.
As equipas entraram com cuidados especiais e com receios recíprocos. Por isso assistiu-se a um encontro pouco vistoso e nada interessante. A equipa portista denotou grandes dificuldades iniciais na construção ofensiva, perdendo muitas bolas à conta da deficiente definição das jogadas.
A primeira situação de maior perigo aconteceu junto à baliza de Fabiano, estavam decorridos apenas 5 minutos. Na sequência de um livre, apontado a meio-campo, para a pequena área portista, Casemiro estorvou a intervenção do seu guarda-redes, cabeceando um pouco para a frente, Zé Luís na ressaca atirou forte, a bola bateu em Marcano e foi sair junto ao poste, provocando algum «frisson». Foi de resto, a única ocasião do Braga em todo o encontro.
Sem margem para perder mais pontos, os Dragões abeiravam-se da área contrária, quase sempre com algumas dificuldades, mas mesmo assim, Cristian Tello, por três vezes, fez perigar a baliza de Matheus.
Primeiro à passagem do minuto 20, com um remate de meia distância, em arco, ao canto superior direito da baliza minhota, correspondido por uma defesa espectacular; o segundo, aos 44 minutos, num trabalho de pés exemplar de Tello, mas com o remate cruzado a sair rente ao poste mais afastado; e por fim, já em tempo de descontos, assistência de Jackson, dentro da área e em posição frontal, com remate do espanhol por cima da barra.
Fim do primeiro tempo sem golos, mas com ascendente portista em todos os capítulos do jogo.
Depois do intervalo o FC Porto entrou mais decidido e logo no primeiro minuto, uma escapada de Alex Sandro até à área bracarense, quase terminava em auto-golo. O defesa brasileiro bem dentro da área, junto à linha, tentou o cruzamento rasteiro e Aderlan Santos desviou a bola fazendo-a passar a rasar a trave.
Aos 61 minutos, em mais uma bola recuperada a meio campo, Quaresma que tinha entrado para o lugar de Evandro, tentou lançar, sob a esquerda, Jackson Martinez, mas o colombiano acabou deitado no relvado com uma lesão muscular que o afastou do jogo.
A turma portista não ficou abalada com o infortúnio e continuou à procura da vantagem no marcador. O assalto à baliza contrária intensificou-se e, aos 73 minutos, em nova recuperação de bola a meio-campo que apanhou a defensiva do Braga descompensada, Aboubakar desmarcou, Tello, com um passe a rasgar para a entrada da área com o espanhol em corrida a enquadrar-se com a baliza e à saída de Matheus, a rematar colocado, sem hipóteses de defesa, num golo muito parecido com os três da semana passada.
Só então o Braga decidiu ser mais afoito no ataque, cabendo à equipa de Lopetegui tapar os caminhos da sua baliza, de forma organizada e competente, com destaque para os centrais Maicon e Marcano, bem como para a acção importante de Casemiro e Rúben Neves, que entretanto entrara a render Brahimi, sem nunca perder o sentido da baliza contrária. Foi o período em todo o jogo de maior trabalho defensivo.
Ainda assim, Aboubakar, em cima do minuto 90, proporcionou mais um momento de espectacularidade ao jogo, com um pontapé de bicicleta, bem defendida por Matheus.
Vitória importante e justa num campo difícil, frente a um adversário bastante competitivo, com uma exibição pragmática e que mantém a equipa portista na discussão do título.
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