terça-feira, 10 de março de 2015

NOS QUARTOS COM QUATRO GRANDES GOLOS















FICHA DO JOGO




























O FC Porto qualificou-se para os Quartos-de-final da UEFA Champions League, numa noite de gala, com uma exibição peremptória, na segunda parte, e com 4 belos golos. Foi a quinta vez que nesta prova, os Dragões atingiram este patamar.

Esperava-se um jogo muito táctico, com algumas cautelas, tanto mais que o resultado trazido da 1ª mão apenas garantia uma ligeira vantagem que podia não chegar para as ambições portistas.

Julen Lopetegui optou por apresentar o onze titular das últimas partidas, com a inclusão de Aboubakar em vez do lesionado Jackson Martinez.


























Os primeiros minutos foram jogados com muitas cautelas e com o FC Porto a tentar controlar o adversário que manteve durante bastante tempo uma pressão alta na tentativa de dificultar ao máximo a primeira fase de construção do futebol portista. Todavia, a equipa da casa, foi a pouco e pouco assumindo o comando do jogo, empurrando o seu adversário para junto da sua área, de tal forma que aos 10 minutos Brahimi foi carregado às margens da lei mas o árbitro sueco, em noite desastrada deixou seguir sem marcar a grande penalidade correspondente.

Quatro minutos depois, Jonas Ericksson, o homem do apito lá teve que marcar mais uma falta grosseira de Samuel sobre Cristian Tello, na meia-lua da área helvética e em posição frontal, esquecendo-se no entanto da amostragem do cartão amarelo respectivo.

Brahimi numa execução primorosa, atirou colocado, deixando o guardião Vaclik pregado ao solo a seguir impotente a trajectória perfeita da bola até beijar as malhas.


















O caminho dos quartos começava a ganhar contornos mais definidos tanto mais que os jogadores da casa iam conseguindo organizar melhor os seus lances ofensivos e a manter uma regularidade defensiva impressionante.

Porém, aos 18 minutos um infortúnio abalaria momentaneamente toda a equipa, responsáveis e adeptos portistas que quase encheram o anfiteatro azul e branco. Fabiano e Danilo chocaram entre si e ficaram ambos caídos no relvado. O guardião portista conseguiu recuperar, já o defesa direito teve de sair de maca, inanimado e conduzido ao Hospital de S. João.




















Julen Lopetegui foi obrigado a mexer na linha defensiva, entrando Martins Indi para a lateral esquerda enquanto Alex Sandro foi desviado para a direita.

Até ao intervalo o FC Porto criou duas boas ocasiões para dilatar o resultado, uma por Casemiro, numa tentativa de meia distância que levou a bola a rasar a barra e outra por Aboubakar, com um forte remate, que também saiu muito perto da baliza.

No segundo tempo os Dragões entraram mais desinibidos, mais confiantes e mais dominadores. Tal disposição acabaria por dar os seus frutos logo em cima do 2º minuto, numa jogada conduzida pelo endiabrado Brahimi deixando a bola redondinha nos pés de Herrera, que fora da área mas bem posicionado não hesitou, rematando colocado a fazer mais um golo de belo efeito.





















O terceiro golo aconteceria como corolário do futebol de gala que o FC Porto já praticava. Livre directo a 30 metros da baliza, superiormente apontado ao ângulo por Casemiro, levando as bancadas  do Dragão à loucura.






















Só então se assistiu a uma reacção dos suíços mas sempre bem solucionada pela defensiva portista, com Fabiano a conseguir evitar o golo na sua baliza.

Já com a eliminatória resolvida o técnico basco optou por lançar Rúben Neves no jogo, tirando Brahimi, hoje protagonista de uma exibição condizente com a magia que já maravilhou a plateia azul e branca. O FC Porto continuou a dominar a partida, agora controlando mais para aparecer ainda assim com bastante perigo junto à área contrária.

Mais golos era uma questão de tempo, já que oportunidades não faltaram até ao apito final. Foi Aboubakar a apontar o último golo, num remate forte e colocado, de fora da área, aos 76 minutos, fixando o resultado numa goleada de 4-0.
























O jogo não terminaria sem que antes Samuel visse, finalmente, o cartão vermelho, por acumulação de amarelos.

Vitória justa, tranquila e por números inequívocos, da melhor equipa nos dois jogos, permitido avançar na prova de forma invicta e com mais 3,9 milhões no cofre.

Os meus destaques vão para a equipa em geral, mas não posso deixar de enaltecer as exibições de Brahimi e Casemiro e ainda a qualidade e beleza dos 4 golos desta noite. 

Gostaria também de lamentar mais uma actuação deplorável do árbitro da partida.  Numa série de erros que manchou o seu trabalho, permitiu algumas entradas assassinas a jogadores do Basileia, com Walter Samuel a destacar-se por só ter visto o vermelho no final do jogo, vermelho que também deveria ter sido mostrado a Gashi, em vez do amarelo, por uma cotovelada ostensiva em Martins Indi. Fez vista grossa a duas grandes penalidades, uma para cada lado (sobre Brahimi aos 10 minutos e sobre Embolo aos 74 minutos).

Resta-me desejar um rápido restabelecimento a Danilo.

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