FICHA DO JOGO
O FC Porto acaba de perder a época ao sair humilhado de Sevilha com uma pesada derrota que fez por merecer, comportando-se como uma equipa banal, vulgarizada até ao ridículo como não me lembro já de ter assistido a uma equipa portista, apesar de derrotas com números semelhantes.
Foi demasiado mau para ser verdade. A equipa entrou muito mal, nervosa, desconcentrada e desorientada, completamente perdida, sem noção do que tinha de fazer para contrariar a habitual «fúria» espanhola. Foram mais de 30 minutos em que os jogadores do Porto mais pareciam múmias paralíticas, incapazes de reagir, muito menos de raciocinar, entregando a bola ao adversário a cada passo. A linha média nunca se entendeu, não foi capaz de ajudar a defesa e muito menos criar movimentos ofensivos, desfeitos invariavelmente por passes errados. A defesa simplesmente não existiu. Mais parecia um queijo suíço todo esburacado tal a facilidade com que os jogadores do Sevilha apareciam soltos em zonas de finalização.
Se ao fim da primeira meia hora o resultado era só de 3-0 foi porque na baliza esteve mais uma vez um gigante que foi evitando uma humilhação maior. Confesso que cheguei a temer um certo resultado, também em Espanha, mais propriamente em Vigo, averbado por uma certa equipa, que não o FC Porto.
Já no segundo tempo, a jogar contra 10, a partir dos 54 minutos, os azuis e brancos, hoje todos de azul, nunca foram capazes de dar a ideia de serem capazes de marcar golos. Teve mais a bola, naturalmente, mas foi penoso verificar a incapacidade de criar movimentos de ruptura, capazes de por em perigo a baliza de Beto. De resto, as únicas vezes em que foi posto à prova foi por Quaresma e em dois momentos. Um num forte remate de primeira que o guardião português rechaçou com os punhos e o espectacular golo que marcou, únicos momentos positivos do FC Porto em toda a partida. O Sevilha, mesmo em inferioridade numérica esteve mais perto de marcar e marcou mesmo.
Esta é sem dúvida uma época perdida e para reflectir com a maior das responsabilidades. Há jogadores que não têm qualidade para representarem tão grande Clube e para o comando técnico tem de vir um treinador competente e com pulso. Não chega ser competente e simpático.
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