Decididamente na moda, a UEFA entregou a organização da fase final a dois países, a Polónia e a Ucrânia, dispensados da fase de apuramento e com lugar cativo assegurado, na fase final.
Inscreveram-se 51 selecções que foram distribuídas por 9 grupos (6 com 6 equipas e 3 com 5 equipas), apurando-se directamente os primeiros classificados de cada grupo mais o melhor segundo classificado de todos os grupos. Os restantes segundos classificados tiveram de se sujeitar ao Play-off, para se apurar mais 4 equipas.
Portugal foi colocado no Grupo H, com a companhia de Dinamarca, Noruega, Islândia e Chipre.
O clima que se vivia então no seio da Selecção nacional era de cortar à faca. A fase final do Campeonato do Mundo, na África do Sul, tinha provocado um mal estar geral que teve como consequência a renúncia de Deco, Paulo Ferreira e Simão Sabrosa e mais tarde o afastamento e a polémica e inusitada rescisão do contrato do seleccionador nacional Carlos Queirós.
Agostinho Oliveira dirigiu os dois primeiros jogos em que a equipa respondeu muito mal ao que dela se esperava. Empate em Guimarães com o Chipre (4-4) e derrota na Noruega (1-0).
Paulo Bento foi o eleito para substituir Carlos Queirós e a equipa reencontrou o melhor espírito, unindo-se no sentido de alcançar o apuramento, numa luta até ao último jogo, pela liderança do grupo.
Entrou então numa dinâmica de vitórias (5 consecutivas) só interrompida no jogo decisivo, frente à Dinamarca, que os portugueses não foram capazes de superar.
A equipa portuguesa concluiu a fase de grupos com o registo de 8 jogos, 5 vitórias, 1 empate, 2 derrotas, 21 golos marcados e 12 sofridos, somando 16 pontos, menos 3 que a Dinamarca, vencedora do Grupo.
Falhada a qualificação directa, quer por via da liderança do grupo, quer pela possibilidade do melhor dos segundos classificados, a Portugal só restou uma terceira possibilidade. Ultrapassar no Play-off (destinado aos restantes segundos classificados) a Bósnia -Hezgorvina. Tarefa que os portugueses resolveram com relativa facilidade (0-0 fora e 6-2, em casa).
Foram 4 os jogadores portistas utilizados nesta fase, com destaque para João Moutinho que só falhou 1 jogo. O guarda-redes Beto também esteve seleccionado várias vezes mas nunca chegou a ser utilizado.
Gdansk, Poznan, Varsóvia e Wroclaw, na Polónia, Donetsk, Kharkiv, Kiev e Lviv, na Ucrânia, são as cidades que vão receber o certame.
Os grupos foram sorteados, em cerimónia apropriada, em Dezembro do ano passado:
Portugal, no Grupo B, é a equipa com menos credenciais. Todos os outros já venceram esta competição, pelo que são mais favoritos. Não será pois de estranhar se a nossa equipa não passar desta fase, apesar de todo o folclore e fanfarronice dos habituais «alienados» da Comunicação Social.
Paulo Bento destacou 23 jogadores para esta operação.
FC PORTO (Portugal): Rolando (D), João Moutinho (M) e Silvestre Varela (A)
SC Braga (Portugal): Miguel Lopes (D), Custódio (M) e Hugo Viana (M)
Sporting CP (Portugal): Rui Patrício (GR) e João Pereira (D)
SL Benfica (Portugal): Eduardo (GR) e Nélson Oliveira (A)
Real Madrid (Espanha): Pepe (D), Fábio Coentrão (D) e Cristiano Ronaldo (A)
Saragoça (Espanha): Rúben Micael (M) e Hélder Postiga (A)
Valência (Espanha): Ricardo Costa (D)
Génova (Itália): Miguel Veloso (M)
Manchester United (Inglaterra): Nani (A)
Chelsea (Inglaterra): Raul Meireles (M)
Cluj (Roménia): Beto (GR)
Besiktas (Turquia): Hugo Almeida (A) e Ricardo Quaresma (A)
Zenit (Rússia): Bruno Alves (D)
Legenda: GR-guarda-redes; D-defesa; M-médio; A-avançado
A Selecção nacional vai abrir este Euro/2012, com uma prova de fogo às suas reais capacidades. O Adversário não podia ser mais complicado. Trata-se da poderosíssima Alemanha, recheada de estrelas resplandecentes.
Antevêem-se por isso inúmeras dificuldades que só poderão ser superadas por uma equipa muito concentrada, corajosa e ambiciosa, bem diferente do que os jogadores portugueses demonstraram nos dois últimos jogos de preparação.
A responsabilidade portuguesa é desenvolver bom futebol e dignificar a bandeira e o hino nacional. Perder será a normalidade, mas o contrário até nem seria inédito.
Competição: EURO/2012 -Fase final - 1ª Jornada Grupo B
Palco do jogo: Arena Lviv - Lviv - Ucrânia
Data e Hora (Portugal): 9 de Junho de 2012, às 19:45 h
Árbitro: Stéphane Laurent - França
Transmissão: RTP 1
Antevêem-se por isso inúmeras dificuldades que só poderão ser superadas por uma equipa muito concentrada, corajosa e ambiciosa, bem diferente do que os jogadores portugueses demonstraram nos dois últimos jogos de preparação.
A responsabilidade portuguesa é desenvolver bom futebol e dignificar a bandeira e o hino nacional. Perder será a normalidade, mas o contrário até nem seria inédito.
EQUIPA PROVÁVEL
Palco do jogo: Arena Lviv - Lviv - Ucrânia
Data e Hora (Portugal): 9 de Junho de 2012, às 19:45 h
Árbitro: Stéphane Laurent - França
Transmissão: RTP 1
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