sexta-feira, 8 de junho de 2012

RESUMO HISTÓRICO DOS CAMPEONATOS DA EUROPA - PARTE IV

Acompanhando o fenómeno da multiplicação dos países de Leste, a UEFA entendeu por bem aumentar o número de participantes, quer na fase de apuramento como na fase final. Assim, na primeira fase foram aceites 47 selecções que se distribuíram por 7 grupos com 6 equipas e mais um com 5, sendo apurados os  primeiros de cada grupo, mais os 6 melhores dos segundos classificados. Aos dois piores segundos classificados ficou reservado uma eliminatória de apuramento, chamada Play-off, para determinar a 15ª selecção a passar à fase seguinte, onde já se encontrava a Inglaterra, país escolhido para a sua organização. Abriam-se assim o dobro das possibilidades de qualificação para a fase final que passava então a contar com 16 selecções.

Portugal ficou colocado no Grupo 6, na companhia de Rep. da Irlanda, Irlanda do Norte, Áustria, Letónia e Liechtenstein. Grupo bastante acessível que os portugueses, treinados por António Oliveira, dominaram sem dificuldades. Terminaram na 1ª posição com 10 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 29 golos marcados, 7 golos sofridos, somando 23 pontos, mais 6 que Rep. da Irlanda.

A participação portista, nesta fase foi rica em quantidade e qualidade. Oito foram os atletas envolvidos:
Londres, Manchester, Liverpool, Birmingham, Leeds, Sheffield, Newcastle e Nottingham engalanaram-se para receber as 16 equipas apuradas.

As selecções foram sorteadas para comporem 4 grupos de 4, com o apuramento das duas primeiras de cada grupo.

Portugal foi colocado no Grupo D, com Croácia, Dinamarca e Turquia. A vitória no seu grupo foi efectiva terminando com 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate, 5 golos marcados e apenas 1 sofrido, somando 7 pontos, mais 1 que a Croácia.

Seguiu-se a fase eliminatória em apenas 1 jogo. Eram os quartos-de-final. A Portugal, 1º do seu grupo, tocou-lhe jogar com o 2º classificado do grupo C, a Rep. Checa. O jogo realizado em Birmingham, teve emoção, bom futebol e muito equilibrío. Os portugueses acabaram afastados ingloriamente por um «chapéu» de Poborsky.

Nesta fase apenas foram utilizados 5 jogadores portistas, com destaque para Baía que foi totalista:
Os checos acabariam por chegar à final, depois de eliminarem a França, mas não resistiram ao melhor futebol da Alemanha, perdendo por 2-1.


Foi a primeira vez que a UEFA atribuiu a organização conjunta da fase final a dois países, a Bélgica e a Holanda, que assim ficaram com os seus lugares garantidos na fase final.

Houve portanto necessidade de alterar os critérios de apuramento. As 49 selecções participantes foram distribuídas por 9 grupos (5 de 5 equipas + 4 de 6 equipas). Classificavam-se automaticamente os primeiros classificados de cada grupo mais o primeiro melhor dos segundos classificados. Os restantes 8 segundos classificados ficariam envolvidos no «Play-off», jogado a duas mãos, para apurar 4 selecções.

Portugal, treinado por Humberto Coelho, ficou no Grupo 7, juntamente com a Roménia, Eslováquia, Hungria, Azerbeijão e Liechtenstein. Um grupo teoricamente fácil que parecia dar todas as garantias de êxito. Porém a realidade mostrou-se diferente com Portugal a terminar em 2º lugar, com o registo de 10 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 32 golos marcados e 4 sofridos, 23 pontos, menos 1 que a Roménia. Valeu a Portugal o facto de ter sido o melhor 2º lugar ficando apurado automaticamente.

Estiveram envolvidos nesta fase 5 jogadores portistas:
Liége, Charleroi, Bruxelas e Bruge, na Bélgica, Roterdão, Amesterdão, Eindhoven e Arnhem, na Holanda foram as cidades escolhidas para receberem o evento.

O figurino desta fase manteve-se inalterável, em relação à edição anterior, com a formação inicial de 4 grupos de 4 equipas. 

Portugal foi colocado no Grupo A, com a Roménia, Inglaterra e Alemanha. Um grupo bastante forte, a apresentar muitas dificuldades que os portugueses souberam superar com categoria e competência.

Nos quartos-de-final os portugueses foram superiores à Turquia, infligindo-lhes uma derrota por 2-0 e seguiram para as meias-finais para defrontar a «besta-negra», a França. O jogo foi para prolongamento e a 3 minutos do final Abel Xavier meteu a mão na bola, dentro da área, traçando o destino e o «fado» português.

Foram 4 os atletas portistas utilizados nesta fase final, com destaque para Jorge Costa que foi totalista:
Na final encontraram-se a França e a Itália, com vitória francesa, por 2-1, após prolongamento.


Foi o nosso EURO e aquele onde Portugal esteve mais perto do que nunca de vencer um grande certame internacional. A UEFA confiou ao nosso país a organização do evento, razão pela qual a selecção ficou dispensada de discutir a qualificação.

A fase de apuramento teve um número recorde de presenças. 50 foram as selecções inscritas, que foram distribuídas por 10 grupos de 5, apurando-se directamente os primeiros classificados, mais 5 dos segundos classificados, depois de um play-off, a duas mãos. 

Sob o comando do brasileiro Luiz Felipe Scolari, Portugal limitou-se a fazer alguns jogos de preparação para a fase final.

Foram 10 as cidades escolhidas, equipadas com 10 novos estádios, para receberem o evento: Braga (Estádio AXA), Guimarães (Estádio D. Afonso Henriques), Porto (Estádio do Dragão e do Bessa), Aveiro (estádio Municipal), Coimbra (Estádio Cidade de Coimbra), Leiria (Estádio Municipal), Lisboa (Estádio da Luz e de Alvalade) e Faro/Loulé (Estádio Municipal).

Estiveram envolvidos nesta campanha 6 jogadores portistas:
Portugal foi integrado no Grupo A, com Grécia, Espanha e Rússia, somando nos 3 jogos disputados, 2 vitórias, 1 derrota, 4 golos marcados e 2 sofridos, 6 pontos contra 4 da Grécia que foi 2º classificado.

Nos quartos-de-final, Portugal eliminou a Inglaterra, num jogo sofrido que foi para o desempate por grandes penalidades. H. Postiga foi o protagonista nessa fase ao marcar o penalty à Panenka. Nos quartos-de-final a vítima foi a Holanda, que saiu derrotada por 2-1. Na final, essa derrota desoladora frente à Grécia, por 1-0.


Mais uma organização conjunta, agora da Suíça e da Áustria que assim ficaram isentas da fase de apuramento.

As 50 selecções inscritas foram desta vez distribuídas por 6 grupos de 7 equipas mais 1 de 8 equipas, qualificando-se automaticamente os dois primeiros classificados de cada um dos grupos.

Portugal, ainda orientado pelo «sargentão», ficou colocado no Grupo A, com a Polónia, Sérvia, Finlândia, Bélgica, Cazaquistão, Arménia e Azerbaijão. Um grupo teoricamente favorável às pretensões portuguesas mas que se tornou mais complicado do que se podia supor. O apuramento foi conseguido, graças ao 2º lugar, com 3 pontos de vantagem sobre a Sérvia que foi 3º. Portugal somou 14 jogos, 7 vitórias, 6 empates, 1 derrota, marcou 24 golos e sofreu 10, acabando com 27 pontos, menos 1 que a Polónia.

Foram 6 os jogadores portistas utilizados nesta fase:
Basileia, Berna, Genebra e Zurique, na Suíça, Viena, Klagenfurt, Salzburgo e Insbruque, na Áustria foram as cidades palco do evento.

Como nas últimas edições, as selecções apuradas bem como as dos países organizadores foram colocadas em quatro grupos.

Portugal ficou no Grupo A com a Turquia, Rep. Checa e Suíça. Apuraram-se as duas primeiras de cada grupo, tendo a equipa portuguesa sido a primeira do seu grupo, com 3 jogos, 2 vitórias, 1 derrota, 5 golos marcados e 3 sofridos, somando 6 pontos, os mesmos que a Turquia, beneficiando no entanto do facto de ter vencido o jogo entre ambos.

O sonho lusitano esfumou-se nos quartos-de-final da prova ao sair derrotado no confronto com a Alemanha, por 3-2.

Nesta fase apenas 5 jogadores portistas foram utilizados:
No Estádio Ernst Happel, na Áustria, Alemanha e Espanha discutiram o título de Campeão da Europa. Nuestros hermanos levaram a melhor ao vencerem por 1-0.

(Continua)

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