quinta-feira, 7 de novembro de 2019

BORRADOS DE MEDO!

















FICHA DO JOGO




























SISTEMAS DE JOGO



























Os meus receios expressos na anterior crónica, infelizmente confirmaram-se hoje em Glasgow, onde o FC Porto averbou a 2ª derrota na 2ª deslocação, desta fase de grupos da Liga Europa.

Relativamente ao encontro da anterior jornada, frente a este mesmo adversário no Dragão, Sérgio Conceição decidiu fazer 3 alterações no onze titular e para além disso modificar o sistema táctico. 

























Mbemba surgiu na lateral direita (como nos últimos jogos de consumo interno), Wilson Manafá em vez de Marega e Soares em vez de Zé Luís. Corona adiantou-se no terreno pela sua ala, permitindo a Manafá recuar para lateral direito, quando em trabalho defensivo, fazendo com que Mbemba actuasse como 3ª central, numa linha de 5 defesas.

Um sistema cauteloso para tentar travar a previsível intensidade ofensiva do adversário. 

Mas foi o FC Porto que dominou os primeiros 20 minutos, surpreendendo o adversário, conseguindo anular com eficiência toda e qualquer veleidade atacante dos escoceses e ainda criar alguns calafrios junto da baliza de McGregor.

Aos 8 minutos esteve muito perto de se adiantar no marcador, num lance em que Pepe, na sequência de um canto, fez a bola sobrevoar o guarda-redes do Glasgow e chegar até à linha de baliza, onde foi desviada «in-extremis» por Kamara. Minutos mais tarde Soares voltou a assustar, quando em posição privilegiada cabeceou defeituosamente quiçá estorvado pele presença próxima de Uribe.

Depois desse período mais personalizado, a equipa foi cedendo espaços, perdendo discernimento, falhando passes em catadupa e perdendo confiança, ligação, critério, lucidez e classe, recuando cada vez mais no terreno, permitindo ao seu adversário pensar que afinal era possível ambicionar a vitória.

No segundo tempo a equipa portista surgiu incapaz de repetir a primeira vintena de minutos. Expôs-se recuando ainda mais, com períodos em que imitou as equipas pequenas do nosso campeonato, quando chegam ao Dragão e colocam o «autocarro» na sua grande área. Com a lesão de Pepe aos 49 minutos, essa tendência ficou mais vincada. A equipa portista era então um conjunto de jogadores todos borrados de medo, sem capacidade de contrariar o ascendente ofensivo dos escoceses e muito menos para criar qualquer jogada ofensiva que impusesse algum respeito.

Corrijo, houve sim uma jogada aos 68 minutos, na área do Rangers, onde Morelos meteu o braço na bola e o árbitro não assinalou a respectiva grande penalidade.

Curiosamente o mesmo Morelos, no minuto seguinte, fez o golo inaugural da partida, beneficiando de uma exasperante passividade da defensiva portista.

A perder, a equipa do FC Porto ficou mais tolhida e o segundo golo não demorou. Quatro minutos depois Davis bateu Merchesín com um remate que ainda foi ligeiramente desviado por Marcano.

Foi já perto do final da partida que os jogadores do FC Porto conseguiram libertar um pouco a pressão e aparecer mais perto da área contrária, mas sem qualquer perigo.

Derrota preocupante, não só pelos números como também pelo comportamento. A equipa  atravessa um mau momento e não se vislumbram melhorias para tão cedo. 

Com este resultado a equipa caiu para a última posição do grupo, em igualdade pontual com o Feyenoord (4 pontos), menos 3 que os líderes Young Boys e Rangers (7 pontos).

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