domingo, 13 de janeiro de 2019

MAIS UM CLÁSSICO SEM GRANDE CLASSE

















FICHA DO JOGO





























O FC Porto cedeu os primeiros pontos, após 18 vitórias consecutivas, ao empatar sem golos na casa de um dos candidatos ao título, onde aliás já não ganha há 10 épocas consecutivas (14 jogos em todas as competições).

Este empate impossibilitou bater o recorde de triunfos consecutivos no futebol em Portugal, mas garante ainda assim uma boa série de jogos sem perder e, melhor que isso, a viragem para a segunda volta do campeonato com a importante vantagem pontual de 5 pontos para o clube do regime, 6 para o Braga e 8 para o Sporting.

Nesta sempre difícil deslocação a Alvalade, Sérgio Conceição voltou a apostar na equipa dos últimos jogos do campeonato, apenas com a introdução do central Felipe, cumprido o castigo de 1 jogo por acumulação de cartões amarelos.

























Era grande a expectativa para saber se os Campeões nacionais conseguiriam bater o seu rival e com isso distanciar-se ainda mais na liderança da prova e bater o recorde nacional de 19 vitórias consecutivas, na mesma temporada.

Desilusão completa é a palavra que me ocorre para classificar o desempenho da equipa portista, principalmente durante a primeira parte. Tal como na Luz, o FC Porto entrou demasiado cauteloso, tímido e fundamentalmente muito nervoso.

Nunca se deu bem com a estratégia adversária de baixar no terreno e ocupar bem os espaços, provocando ansiedade, desacerto e pouca lucidez na construção ofensiva. Muitos passes falhados, dificuldade de ligação e nenhum critério, transformaram a primeira parte num espectáculo de futebol nada dignificante, tendo em conta tratar-se de um jogo entre dois candidatos ao título.

Esteve melhor o Sporting na troca de bola e chegada à área portista, mas sem nunca fazer perigar as redes à guarda de Casillas.

O lance mais perigoso na área do Sporting aconteceu aos 22 minutos numa disputa entre Marega e Jefferson, onde parece ter havido motivos para a marcação de uma grande penalidade. Hugo Miguel obviamente não assinalou e o VAR não se quis meter no assunto.

Se as coisas não estavam a correr da melhor maneira, aos 43 minutos Maxi Pereira lesionou-se e obrigou o técnico portista a fazer a primeira alteração. Entrou Óliver Torres e Corona recuou para lateral.

A entrada do médio portista veio trazer mais critério e melhor desempenho do meio campo portista. No tempo de compensação Hugo Miguel voltou a beneficiar o Sporting ao perdoar o 2º amarelo a Bruno Fernandes por falta grosseira sobre Herrera.

No segundo tempo as coisas tinham de mudar para melhor e mudou mesmo.

Os azuis e brancos, neste jogo de equipamento todo azul, assumiram finalmente a sua condição de campeões e entraram muito mais lúcidos, esclarecidos e mais perigosos, mas pouco eficazes no remate.

Em apenas quatro minutos poderiam ter sentenciado a vitória, em duas boas ocasiões para inaugurar o marcador. Soares aos 56' falhou o remate na cara do guarda-redes contrário e aos 60' Marega rematou à vontade fazendo a bola sair perto dos ferros.

O jogo tornou-se mais dividido com o Sporting a obrigar Casillas a mostrar toda a sua categoria, opondo-se a remates intencionais de Bruno Fernandes e Cudelj. 

O nulo no resultado acabou por castigar o futebol incaracterístico da primeira parte do FC Porto e a ineficácia do remate, da segunda. Maxi Pereira e Danilo Pereira estão entregues ao Departamento Médico, com lesões que os deverão afastar dos próximos jogos.

Sem comentários:

Enviar um comentário