domingo, 7 de janeiro de 2018

SACUDIR A LETARGIA MOMENTÂNEA COM SEGUNDA PARTE DEMOLIDORA
















FICHA DO JOGO





























Foi com uma segunda parte simplesmente arrasadora que o FC Porto levou de vencida a turma do Vitória de Guimarães que saiu para o intervalo em vantagem no marcador (0-1).

Sem poder contar com Herrera (a cumprir o segundo jogo de castigo), Felipe (a cumprir um jogo de castigo), nem com Otávio (ainda a recuperar de lesão), Sérgio Conceição apresentou duas novidades, em relação ao onze titular contra o Feirense. Diego Reyes voltou à titularidade bem como Óliver Torres.

























Primeira parte de futebol portista mais uma vez incaracterístico, com dificuldades de ligar o jogo, com demasiados passes falhados, muita lentidão na organização ofensiva, falta de ideias, precipitação especialmente no momento de finalização, decisões incrédulas no último terço do campo, definição deficiente no último passe e algum nervosismo injustificado, foram as principais razões para 45 minutos de espectáculo de futebol cinzento e  incipiente,  a que não faltou a «abébia defensiva»  da praxe, que resultou no golo forasteiro, no único lance de perigo relativo junto da baliza de José Sá, ainda assim conseguido de forma ilegal que o VAR não corrigiu, vá-se lá saber porquê. 

De resto e apesar da péssima prestação portista, a equipa de arbitragem voltou a estar directa e inqualificavelmente ligada a este resultado, com uma série de más decisões, sempre a prejudicar o FC Porto, sendo a mais flagrante, uma grande penalidade sobre Marega, aos 24 minutos, ao ser agarrado pela camisola, por Marcos Valente.

Nas cabines, Sérgio Conceição terá certamente despertado os seus jogadores, já que o recomeço mostrou uma equipa completamente diferente não para melhor, mas para muitíssimo melhor. Lúcida, categórica e demolidora.

Foi realmente uma mudança espectacular como da água para o vinho. Em apenas cinco minutos o resultado sofreu a reviravolta desejada, não sem que antes Aboubakar tenha dado o sinal de alerta com o guardião minhoto a salvar o golo iminente.

Mas o camaronês acabaria por não falhar logo a seguir (57'). Bola colocada no interior da área e remate de primeira do avançado portista, sem chances de defesa para Douglas. Estava dado o primeiro passo para a remontada.























Cinco minutos depois (62'), Brahimi entrou decidido na área, tirou Jubal do caminho, com o virtuosismo que o caracteriza, picando de imediato a bola por cima de Douglas, num golo fenomenal, dando um colorido muito mais justo ao resultado.
























Os Dragões não abrandaram o ritmo, continuando o «assalto» à baliza vimaranense, com todo o frenesim, massacrando autenticamente a aturdida defensiva do Guimarães, já em estado de desorientação.

Foi na sequência dessa toada demolidora que apareceram mais dois golos, ambos da autoria de Marega.

Aos 79 minutos, no seguimento de um cruzamento efectuado por Hernâni, que tinha entrado para substituir Corona, a apanhar o avançado maliano bem colocado para cabecear para o fundo das malhas.























O quarto golo resultaria de novo cruzamento, agora de Ricardo Pereira, com Marega a corresponder com remate sem preparação à boca da baliza.
























Outros lances prometedores acabariam por surgir, mas por algum egoísmo ou má decisão não foram concretizados.

Foi já numa fase de algum relaxamento que o Vitória de Guimarães marcou o seu segundo golo, desta vez legal, num bom trabalho de Heldon com a colaboração da defensiva portista, ao perder a bola em lance perfeitamente evitável.

Triunfo mais que justo, até por diferença escassa, num jogo de duas faces, com uma primeira parte tão inexplicável como desaconselhada, mas corrigida de forma brilhante no segundo tempo.



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