FICHA DO JOGO
Numa noite memorável, o FC Porto foi a Turim eliminar a toda poderosa Juventus, qualificando-se para os quartos-de-final da Champions League, apesar da derrota por 3-2, após prolongamento e a jogar em inferioridade numérica desde os 54 minutos, por expulsão de Taremi.
Sérgio Conceição repetiu o onze que tinha apresentado na primeira mão, ou se preferirem com duas alterações relativamente ao jogo anterior em Barcelos (Nanú e Diogo Leite foram para o banco de suplentes).
Eram grandes as expectativas depois da vitória portista no Dragão por 2-1, um resultado perigoso, já que bastaria um golo da equipa italiana para reverter a tendência da eliminatória.
Seria o FC Porto capaz de defender a curta vantagem? Teria audácia para se aventurar no ataque e engenho para dificultar a vida à "Vecchia Signora"?
Os primeiros minutos mostraram que os campeões nacionais portugueses queriam lutar para passar a eliminatória, mas pertenceu aos "bianconeri" o primeiro remate perigoso, um cabeceamento de Morata com selo de golo a que Marchesín se opôs com defesa espectacular (3').
Respondeu o FC Porto com Taremi em foco a cabecear à barra (6') e mais à frente a sofrer falta para grande penalidade por carga de Demiral. Sérgio Oliveira cobrou com a frieza e competência que se lhe reconhece, colocando a equipa na frente do marcador, anulando desde logo a eventual vantagem do golo fora sofrido na primeira mão e reforçando a ambição da passagem (19').
A vencer, reforçando a vantagem na eliminatória, o FC Porto nunca deixou de procurar a baliza contrária, patenteando grande personalidade, demonstrando que o que se tinha passado no Dragão não fora obra do acaso.
Firme na defesa, sem dar grandes espaços e a sair para a ofensiva com critério e classe, a equipa portista terminou a primeira parte dando a ideia que seria capaz de manter a vantagem conseguida até ao final da partida.
O segundo tempo foi bem mais complicado para a equipa portuguesa, primeiro porque consentiu um golo muito cedo (49') por Chiesa e depois porque viu Taremi ser admoestado com dois cartões amarelos, num curto espaço de 2 minutos (52' e 54'), sendo que o último na sequência de uma infantilidade, imperdoável a este nível.
A equipa foi obrigada a baixar as suas linhas e a suportar a avalanche ofensiva que desde então a Juventus foi capaz de imprimir. A consequência foi mais um golo de Chiesa (63'), empatando a eliminatória.
Marchesín, Mbemba e sobretudo Pepe mostraram-se gigantes e foram defendendo tudo quanto podiam, conseguindo levar o jogo para prolongamento.
Curiosamente foi o FC Porto a primeira equipa a desperdiçar uma boa oportunidade, com Marega a ser assistido por Corona, para um cabeceamento frontal, mas à figura de Szczesny (99'), o único lance perigoso junto das duas balizas, nos primeiros 15 minutos do prolongamento.
O jogo recomeçou com as equipas a acusarem algum desgaste, mas foi o FC Porto a voltar a marcar. Mckennie cometeu falta sobre Sérgio Oliveira e na cobrança, o médio portista acertou nas redes, voltando a soltar a chama do Dragão (115'), com a igualdade no marcador (2-2) e a vantagem na eliminatória. A Juve tinha agora de marcar dois golos, a 5 minutos do fim, para eliminar o FC Porto, que face ao desenvolvimento da partida não parecia muito provável.
Só que na sequência da marcação de um canto, Rabiot cabeceou com êxito (117'), fazendo questão de discutir o jogo até ao fim.
Os minutos finais revestiram-se de grande resiliência portista para conseguir aguentar a pressão, numa noite que terminou com uma derrota com sabor a vitória.
O FC Porto está nos quartos-de-final com todo o mérito, fazendo parte das 8 melhores equipas da Europa.
Parabéns FC Porto.
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