quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

REGRESSO ÀS VITÓRIAS
















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























No regresso à Liga NOS, o FC Porto regressou também às vitórias, hoje frente ao Gil Vicente, equipa que, recordamos, nos impôs a primeira derrota da temporada (2-1 em Barcelos).

Este jogo era aguardado com alguma expectativa, não só pelas derrotas frente ao Braga, como também pelas declarações algo polémicas do treinador Sérgio Conceição, logo após a final da Taça da Liga.

A primeira constatação de alguma falta de união de que se queixou então, verificou-se na reduzida afluência de público no Dragão, certamente numa manifestação de desagrado com as recentes exibições da equipa mas também com tais declarações que terão caído muito mal no seio dos adeptos portistas. Se há treinadores que não se podem queixar de falta de apoio, Sérgio Conceição é um deles, isto obviamente se tais críticas se dirigiram também a esses (nos quais me incluo).

Uma equipa de topo, como é a do FC Porto, não se pode nem se deve deixar arrastar para uma fase de depressão quando as coisas lhe correm pior, mesmo que os seus apaniguados não demonstrem a solidariedade de que gostariam, o que nem sequer parece ter sido o caso. Lá porque o Estádio não apresenta a moldura entusiasmante de outras alturas da época, não será razão para mais uma primeira parte tão medíocre.

Mas vamos por partes. Sérgio Conceição teve de mexer no onze inicial, em função do castigo de Otávio e da lesão de Danilo Pereira. Foi porém mais além. Diogo Costa e Luis Díaz foram para o banco, somando assim 4 alterações, em relação ao jogo anterior na Pedreira. Marchesín, Wilson Manafá, Uribe e Romário Baró foram os eleitos.


























A entrada portista parecia prometer um jogo bem conseguido, mas depois de cerca de 10 minutos de futebol razoável, os Dragões desataram a acumular uma série de irritantes erros primários, capazes de fazer desesperar o mais pacato dos espectadores.  Aos 6 minutos Sérgio Oliveira rematou forte mas a bola saiu-lhe muito alta e só aos 30 minutos se pode ver novo remate, agora de Romário Baró, mas com a mesma direcção.

O Gil Vicente, perante tal mediocridade começou a acreditar que era possível fazer mossa e aos 36 minutos deu o primeiro sinal. Sandro Lima apareceu solto na esquerda, invadiu a área portista e rematou forte, obrigando Marchesín a uma defesa de recurso, enquanto os portistas insistiam nos remates para a bancada!

Quase em cima do intervalo, num contra-ataque bem gizado, depois de uma péssima intervenção de Marcano, ainda longe da sua área, o mesmo Sandro Lima correspondeu a um cruzamento de direita cabeceando sem qualquer tipo de oposição (Mbemba deixou o adversário bem solto nas suas costas), com Marchesín a colaborar, deixando a bola escapar-se para as suas redes.

Não fora a pronta reacção dos jogadores azuis e brancos e outro galo cantaria. Na resposta, Uribe cruzou para a área contrária onde apareceu Marcano a cabecear com êxito, redimindo-se de alguma forma da falha anterior.

Depois do intervalo, os Dragões apareceram mais concentrados e a praticar um futebol mais condizente com o seu estatuto, ainda assim longe do que se lhe é exigido. Foi mais dominador, mais consistente, algumas vezes mais lúcido e obviamente mais desperdiçador.

O belo golo de Sérgio Oliveira (57') a concretizar uma boa jogada ofensiva foi o mote para este período, que poderia ter rendido mais golos. O jovem Vítor Ferreira, entrado aos 61 minutos a render Manafá, depois de um excelente trabalho de pés, atirou com muita intencionalidade, mas a bola foi embater no corpo de um defensor minhoto, evitando novo golo na sua baliza.

Aos 70 minutos o Gil Vicente dispôs de mais uma boa oportunidade de empatar, mas felizmente o remate saiu defeituoso. O empate nessa altura seria bastante injusto.

Dois minutos depois João Afonso foi finalmente expulso por falta grosseira sobre Uribe. Viu o 2º cartão amarelo e o respectivo vermelho. O árbitro Rui Oliveira devia ter-lhe admoestado vinte minutos antes, quando pisou ostensivamente Romário Baró, mas nem falta marcou. Critérios ou falta deles?

A jogar em superioridade numérica e a vencer, a equipa portista entrou numa toada de gestão do jogo, do resultado e do esforço.

Vitória justa num jogo de duas faces mas ainda muito mal jogado.

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