FICHA DO JOGO
Foi com um vendaval de golos perdidos que o FC Porto bateu hoje o Rio Ave, «apenas» por 3 golos sem resposta. A falta de eficácia na concretização evitaram uma goleada histórica, tal o invulgar número de ocasiões de golo desperdiçadas pelos jogadores portistas, algumas mesmo de forma escandalosa e caricata.
O técnico portista voltou a mexer no onze titular, apresentando 4 alterações, em relação ao encontro anterior. Casillas, Felipe, Corona e Soares foram as novidades, em detrimento de José Sá, Maxi Pereira, Diego Reyes e Aboubakar.
Depois do empate frente ao Leixões, em pleno Dragão, só a vitória interessava aos azuis e brancos, para continuar a sonhar com a passagem à fase seguinte da competição. Foi de forma empenhada que a equipa portista encarou este jogo e desde o primeiro apito do árbitro se sentiu a disposição da equipa para chegar rapidamente ao golo.
A postura da equipa do Rio Ave, com tendência para privilegiar a primeira fase de construção, saindo a jogar persistentemente a partir de trás, com troca de bola entre o guarda-redes e os defesas, acabou por ser fatal, face à forma como o FC Porto conseguiu condicionar esses movimentos, obrigando o adversário a cometer alguns erros graves.
Foi assim que surgiu o primeiro golo portista, aos 11' (depois e uma boa oportunidade, incrivelmente falhada por Soares, estavam decorridos apenas 2 minutos de jogo). A pressão alta portista originou um mau passe do guardião Cássio, Brahimi interceptou a bola, lançou Herrera na área, o mexicano de calcanhar tocou para Soares, o brasileiro ajeitou e rematou de seguida para um grande golo, com nota artística.
Depois foi Marega a falhar duas ocasiões soberanas, depois de lançado em profundidade, mas à terceira foi de vez. Grande passe de Brahimi a explorar a velocidade estonteante do avançado maliano, com este a contornar Cássio à entrada da área para rematar depois para a baliza deserta.
A vencer por 2-0, os jogadores portistas não abrandaram o ritmo e continuaram a procurar o golo de forma avassaladora.
Aos 31 minutos terá ficado por marcar uma grande penalidade por mão na bola de Nadjack. O árbitro da partida achou que não houve intenção e mandou seguir o jogo.
Cinco minutos depois, mais uma jogada espectacular de combinação entre Ricardo Pereira e Herrera, com o mexicano a desembaraçar-se dos defensores contrários, com um gesto técnico de grande classe, mas a não ser feliz no remate, perdendo mais uma grande ocasião de golo.
Aos 40', Alex Telles apontou um canto na direita, Danilo saltou mais alto e cabeceou forte, vendo a bola bater no ferro, com o guarda-redes batido.
Aos 45'+1', Brahimi lançou Soares que frente ao guarda-redes atirou a rasar o poste.
Primeira parte demolidora em termos de ocasiões de golo, mas também muito perdulária em termos de concretização.
O segundo tempo começou da mesma forma, com Soares a desperdiçar nova ocasião soberana ao fazer um passe ao guardião vilacondense, ao invés de um remate forte e certeiro.
O ritmo de jogo baixou naturalmente. Era impossível manter a mesma intensidade e o Rio Ave aproveitou para tornar o jogo menos perigoso junto da sua baliza. Conseguiu inclusivamente chegar mais à frente e criar algumas dificuldades à defensiva portista. Os Dragões passaram a controlar mais e de quando em vez lançar um ou outro contra ataque.
Marega voltou a ter nova oportunidade aos 74 minutos mas acabou por atirar ao lado e a partir do minuto 80, Danilo Pereira foi expulso, depois de ter reagido intempestivamente a uma falta que não tinha cometido. Deu uma bofetada na bandeirola de canto e como era da cor vermelha, cor preferida do arbitro, conhecido por Ferrari vermelho, foi para os balneários mais cedo.
Nove minutos mais tarde, Aboubakar partia isolado para a área do Rio Ave e é derrubado por Pelé, cometendo grande penalidade e vendo o respectivo cartão vermelho. O camaronês cobrou e apontou o terceiro da noite, dando uma expressão menos injusta ao marcador.
Vitória tão inequívoca quanto escassa, que garante a 1ª posição do grupo, em igualdade pontual com o Leixões, mas com vantagem no goal avarage.
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