FICHA DO JOGO
O FC Porto adquiriu esta temporada o mau hábito de somar derrotas a cada três jogos disputados, situação que não se enquadra no historial do Clube e muito menos ao estatuto de equipa grande.
José Peseiro não consegue definitivamente alterar a tendência de maus resultados e exibições pouco consistentes, que nem o argumento real das arbitragens nefastas chegam para explicar este comportamento de equipa de nível médio, a anos luz de um verdadeiro candidato a qualquer título, seja ele qual for.
A manter-se esta trajectória, as notícias não são nada animadoras. É que a próxima série (e última nesta temporada) de três partidas termina no Jamor! Para bom entendedor...
Depois de duas vitórias bem conseguidas (Nacional e Académica), mais a primeira que a segunda, com algumas mudanças no onze titular, o treinador portista não teve a mesma coragem e decidiu voltar a mexer.
Danilo Pereira que tão bons apontamentos tinha dado a central regressou à sua posição de trinco, deixando o lugar na defesa para o jovem Chidozie, apostando ainda nos regressos de Aboubkar e Brahimi, em detrimento de André Silva e Silvestre Varela. Na baliza procedeu à rotação anunciada, com Casillas em vez de Helton.
A história do jogo ficou marcada pelos defeitos e virtudes da equipa portista patenteados ao longo de toda a época: inconsistência, erros defensivos de palmatória e ineficácia na finalização. Denominadores comuns que associados às arbitragens «infelizes» que teimam em prejudicar, fazendo vista grossa a situações ilegais escandalosas, empurram a equipa ainda mais para baixo.
Nestas circunstâncias torna-se difícil, quase impossível lutar pelos objectivos a que o Clube nos habituou.
Três golos sofridos com uma passividade aterradora (defesas mal colocados, estáticos, permeáveis, abúlicos, presas fáceis e com um «peru» dos antigos, como cereja em cima do bolo), duas bolas nos ferros da baliza contrária e uma grande penalidade descarada por assinalar, fizeram esquecer algumas (poucas) das coisas boas e bonitas que estes jogadores também conseguiram fazer.
Herrera, na concretização de uma grande penalidade indiscutível sobre Brahimi ainda chegou a criar algumas expectativas, fazendo o 1-1.
No entanto, foi manifesta a falta de pedalada da equipa azul e branca. O nível exibicional continua muito fraco e mesmo que a falta dentro da área sobre Aboubakar tivesse sido assinalada e concretizada, duvido que estes jogadores não cometessem os mesmos erros, inviabilizando um resultado positivo.
Enfim, é o que temos! Espero decisões acertadas para a próxima temporada de quem de direito, porque esta foi uma grande desilusão.
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