sábado, 23 de abril de 2016

VITÓRIA FELIZ MAS JUSTA
















FICHA DO JOGO





























O FC Porto conseguiu a segunda vitória consecutiva ao triunfar em casa da Académica de Coimbra, num jogo em que começou a perder, mas teve a capacidade de conseguir virar o resultado a seu favor, garantindo desde já o terceiro lugar e o direito de participar no play-off de acesso à Champions League.

Depois do bom desempenho frente ao Nacional da Madeira, oito dias antes, José Peseiro fez apenas uma alteração no onze inicial, colocando na baliza Helton em vez de Casillas, no seu entender para rotinar o guarda-redes que vai defender a baliza portista na final da Taça de Portugal.

























Os azuis e brancos voltaram a entrar bem no jogo, com determinação, consistência e pressão, mas tiveram pela frente um adversário com um bloco muito unido, que se foi fortalecendo gradualmente e corrigindo as suas posições, oferendo uma réplica bastante interessante.

Rúben Neves deu o mote, ainda não era decorrido o primeiro minuto, com um remate intencional de fora da área, obrigando o guardião contrário a aplicar-se. Onze minutos depois, Maxi Pereira entrou bem na área contrária, rematando de pé direito, para mais uma boa defesa de Trigueira. Por volta dos 17 minutos o golo portista esteve eminente. Boa combinação de André Silva a assistir a entrada de Herrera sob a direita, num passe a rasgar, com o mexicano a ir à linha cruzar para o coração da pequena área, onde apareceu Silvestre Varela um nadinha atrasado para a emenda, perdendo a melhor oportunidade dos Dragões até então. Foi o melhor período portista da primeira parte. Depois os estudantes acertaram as marcações e o posicionamento, dificultando ao máximo a organização atacante do FC Porto. 

Desde então os azuis e brancos baixaram de produção, sentiram mais dificuldades, começaram a perder a bola com maior frequência, a decidir pior e a permitir alguns contra-ataques ao adversário.

Foi numa dessa perdas de bola que surgiu a jogada do golo inaugural da partida, resultante de uma falta cometida por Maxi Pereira, já perto da linha da grande área, cobrada irrepreensivelmente por Pedro Nuno, com um remate indefensável. Creio no entanto que os jogadores portistas incorreram num erro determinante para o êxito deste livre, ao permitirem a presença de três jogadores da Académica na barreira. Foi por esse local que a bola passou. Os três fizeram bloco afastando-se para a esquerda, obrigando os atletas do FC Porto a abrir o buraco e o golo aconteceu.






















A turma portista não se deixou abalar e foi à procura do prejuízo, chegando aos 38 minutos à igualdade no marcador, com outro belo golo. Lançamento longo da linha lateral, no enfiamento da grande área, efectuado por Maxi Pereira, bola afastada por um dos defesas estudantis para perto da meia lua onde estava Sérgio Oliveira que ganhou de cabeça e num toque precioso colocou nos pés de Rúben Neves, que enquadrado com a baliza rematou de primeira, obtendo um golo de fazer levantar o estádio.

























A Académica passou a actuar ainda com mais cautelas e o FC Porto a perder alguma consistência, especialmente nas acções ofensivas, com algumas más decisões no último passe ou mesmo no remate.

Depois do intervalo os azuis e brancos voltaram a entrar melhor com Sérgio Oliveira a rematar forte e colocado, aos 53 minutos, mas muito por alto. Dois minutos depois foi André Silva, que depois de um bom trabalho, rematou com intenção, mas Trigueira defendeu de forma espectacular, evitando o golo.

Aos 62 minutos Peseiro trocou Varela por Brahimi e quatro minutos depois surgiu o golo da vitória portista. O argelino recebeu um passe à entrada da área, sob o lado esquerdo, assistiu para a entrada de André Silva que apareceu felino para a emenda e sem conseguir tocar na bola, teve o mérito de enganar o guardião contrário que foi impotente para impedir o caminho para as suas redes. 























Prémio justo para a equipa do FC Porto que continuou à procura de dilatar o marcador. Corona aos 78 minutos rematou com muito perigo, fazendo a bola passar rente ao poste mais distante.

A Académica também não baixou os braços e aos 88 minutos provocou um autêntico calafrio na área portista. Num passe longo que apanhou a defensiva azul e branca muito adiantada, Plange ganhou em corrida a Danilo e Indi, descaiu sobe a direita, viu Helton fora da pequena área, rematou em chapéu a bola dirigida ao canto superior direito, mas por sorte saiu a rasar a barra, com o guarda-redes azul e branco a conferir com o olhar a trajectória do esférico.

No final, vitória feliz mas justa, numa exibição bem menos conseguida.

3 comentários:

  1. Hoje venho aqui comentar pois tenho disposição, porque vencemos e não há necessidade de desabafos, que não gosto, já bastando quando estou lixado, não querendo lixar mais a cabeça dos outros... do mesmo lado. Já que quanto aos do outro lado e que costumam infiltrar-se, hoje bastou mesmo o Fonte Bastardo, em vólei.
    Gostei do resultado da equipa principal do nosso futebol (fazendo a distinção por também ter gostado dos juniores no 4-1 ao Sporting e dos sub-17 no 1-0 ao Braga, da vitória dum ciclista do F C Porto na 1ª etapa do Prémio da Bairrada, entre outros resultados, para já), embora, no jogo de Coimbra, também esperasse outra exibição, depois do que vi frente ao Nacional. Ficará o alerta daquele lance em fim de jogo que podia ter dado empate, tal o desleixo de vários elementos, inclusive no adiantamento da guarda da baliza, mas não só. Há que ganhar mentalidade que os jogos têm noventa e tal minutos e só com atitudes à Máxi e Ruben é que se consegue voltar à fórmula das equipas à Porto.
    De qualquer forma o estado de espírito está melhor, já sendo conseguido dar a volta ao resultado e andando em campo com outra motivação.
    Armando Pinto
    Memória Portista

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  2. Parabéns pelo aniversário! Grande abraço para o amigo Rui. E... BIBÓ PORTO!

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  3. Como sempre, o amigo Fernando Moreira sempre em cima da jogada. Muito obrigado pela lembrança e BIBÓ PORTO!

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