FICHA DO JOGO
Um empate a dois golos, foi o resultado possível em Kiev, num jogo com uma ponta final emocionante, depois de quase todo o tempo "amarrado". Gusev abriu o marcador aos 20 minutos para a equipa da casa, Aboubakar respondeu três minutos depois e a nove dos noventa deu expressão mais correcta a um período de ascendência, colocando a sua equipa na frente do marcador. Mais uma falha defensiva acabaria no entanto por ditar o empate final, a um minuto do fim do tempo regulamentar.
Os Dragões, hoje sob o comando técnico de Rui Barros, face ao castigo imposto pela UEFA a Lopetegui, apresentaram-se com três alterações no onze titular, relativamente ao último jogo do campeonato. Marcano, também a cumprir castigo, deu lugar a Martins Indi, Imbula cedeu para Danilo e Corona para Herrera, com o FC Porto a apresentar-se num sistema de 4x4x2, em grande parte do tempo, com André André a desdobrar-se na perfeição em situações de ataque, evoluindo mais pela esquerda, ele que acabou por percorrer todos os cantos do relvado. Danilo e Rúben Neves foram os dois pivots defensivos e Herrera o armador de jogo.
O jogo começou com as duas equipas a temerem-se mutuamente, apostando quase sempre na contenção, nas cautelas, na ponderação, resultando num futebol demasiado táctico, sem grandes espaços, muito disputado, muito "amarrado" e por isso pouco espectacular.
Os guarda-redes pareciam assim confortáveis, já que o perigo era quase nulo. Porém, numa falha defensiva portista, (Gusev apareceu sozinho no interior da área, depois de uma perda de bola de Layún que deixou a defesa descompensada) os ucranianos aproveitaram para inaugurar o marcador.
Porém, os festejos dos adeptos da casa duraram pouco tempo. Na resposta Maicon lançou Layún na esquerda, o mexicano cruzou com peso, conta e medida e Aboubakar cabeceou para o golo do empate, na primeira vez que conseguiu tocar na bola.
O jogo prosseguiu no mesmo tom, sempre muito pensado e cauteloso, sem grandes oportunidades. Até ao intervalo ficou uma excelente defesa de Casillas a evitar novo golo da equipa da casa.
No segundo tempo o FC Porto conseguiu ter mais a bola e exercer algum domínio. Apareceu mais ofensivo e perigoso. Antes do segundo golo, André André, Maicon, Aboubakar e Jesus Corona, que entrara a substituir Brahimi, estiveram muito perto de marcar, com o mexicano a obrigar Rybka a uma defesa espectacular, enviando a bola para canto.
O mote estava dado e o golo acabaria por ser o corolário lógico do melhor período portista na partida. Na sequência desse canto, batido do lado direito, Maxi Pereira cruzou, o guarda-redes ucraniano defendeu para a frente, a bola sobrou para Aboubakar que dominou, evitou um adversário a atirou a contar.
A nove minutos do final, os azuis e brancos, hoje com o seu equipamento alternativo castanho, tinham tudo para sair de Kiev com mais uma vitória. Mas não foi isso que aconteceu.
Nos minutos finais os ucranianos forçaram o empate que acabaria por chegar a um minuto do fim do tempo regulamentar, num lance polémico em que a defensiva portista não esteve bem. Livre perigoso à entrada da área portista, a bola embateu na barreira, sobrou para um jogador ucraniano que meteu na área no justo momento em que a defensiva em bloco deu um passo em frente para colocar os adversários em fora de jogo, Buyalskiy aproveitou e correndo de trás chegou à bola isolado batendo Casillas. O árbitro validou o golo, apesar de haver um jogador ucraniano em fora de jogo, que apesar de imóvel estorvou a acção do guarda-redes portista, tendo por isso interferência directa no lance.
Final de jogo com o FC Porto a deixar fugir o pássaro que teve na mão, no cair do pano.
Destaques bem positivos para Rúben Neves, André André (a encher o campo) e Aboubakar.
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