FICHA DO JOGO
Sem qualquer margem de erro, tanto mais que os principais rivais já tinham vencido os seus jogos, ao FC Porto só restava a hipótese de vencer o seu adversário desta noite, nada mais nada menos que o Paços de Ferreira, esse mesmo que na jornada anterior tinha cometido a proeza, quiçá a desfaçatez de bater o líder do campeonato, ainda por cima num jogo de muita PAIXÃO.
Talvez por isso se esperava um jogo complicado, que acabou por se tornar fácil face ao domínio portista do primeiro ao último minuto.
O técnico portista, ainda sem Brahimi (vai regressar esta semana) e hoje também sem Martins Indi (a cumprir castigo), fez alinhar o onze, que em seu entender, melhor interpreta a concepção do futebol mais do seu agrado, que por acaso neste momento, até nem é, em dois elementos, condizentes com a minha modesta opinião (Alex Sandro e Casemiro).
Não foi uma entrada famosa, a roçar à efectuada no Funchal, só que desta vez, frente a um adversário menos feliz e a cometer erros que os azuis e brancos, aqui e ali foram aproveitando.
Foi assim aos 29 minutos, quando Alex Sandro cruzou da esquerda para a pequena área e Defendi falhou a intercepção, surgindo Jackson nas suas costas a atirar com toda a facilidade para o primeiro golo.
A estratégia pacense de jogar com as suas linhas muito baixas, oferecendo o resto do terreno ao FC Porto, ruiu cedo, apesar do ritmo fraco dos portistas, com alguns atletas (Alex Sandro, e Casemiro), pouco confiantes e muito duros, a fazer muitas faltas, outros em descida de forma (Danilo, Óliver Torres e Herrera) e Tello demasiadamente ingénuo, mas que se foram recompondo, uns mais que outros, com o decorrer da partida.
Jackson Martinez parecia o mais esclarecido e foi numa jogada por si protagonizada que apareceu o lance do segundo golo, aos 40 minutos. O colombiano desmarcou-se subtilmente nas costas de Hélder Lopes que não hesitou em puxá-lo pelo braço, primeiro fora da área, sem êxito, até o derrubar já dentro. Marco Ferreira assinalou prontamente a clara grande penalidade. Quaresma cobrou enganando o guardião Defendi, colocando o marcador em 2-0.
O terceiro veio logo a seguir, num jogo de sentido único em que o Paços de Ferreira não conseguiu, durante o primeiro tempo apoquentar a área portista.
Obra prima de Quaresma. Depois de tirar um adversário da sua frente, rematou cruzado aplicando a sua famosa trivela, não dando a mínima hipótese de defesa. Golo monumental para figurar nos compêndios do futebol espectáculo.
Após o intervalo esperava-se uma reacção do Paços de Ferreira, mas foi o FC Porto a entrar melhor e a marcar logo no primeiro minuto. Perda de Bola de Galo, Jackson levou a bola à linha, cruzou para a boca da baliza onde surgiu Herrera, livre de marcação e na cara do guarda-redes, a desviar para as malhas, dilatando o resultado.
O Paços subiu então um pouco no terreno mas o máximo que conseguiu foi mandar uma bola à barra da baliza de Fabiano, que de resto teve uma noite descansada.
O quinto e último golo surgiria aos 83 minutos de livre directo superiormente apontado por Tello, depois de mais uma jogada de Jackson Martinez que foi travado à margem da lei, por Romeu que viu o 2º amarelo e foi expulso.
Goleada justa num jogo que começou com uma exibição frouxa mas foi sendo corrigida ao longo da partida, atingindo momentos agradáveis, de bom futebol com jogadas e golos de belo recorte técnico.
Para mim o homem do jogo foi Jackson Martinez que esteve em 4 dos cinco golos portistas.
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