FICHA DO JOGO
Não foi um brilhante jogo de futebol, longe disso, mas também dificilmente poderia ser melhor, perante um adversário, que sem melhores argumentos, tudo fez para tapar o mais possível todos os caminhos da sua baliza.
Haveria pois que ter paciência, porfiar e aproveitar ao máximo qualquer falha na organização super defensiva do adversário e também as eventuais jogadas de génio que os Dragões soubessem criar.
Foi neste clima que decorreu quase o jogo todo, sobrando muito pouco para grandes alardes técnicos.
Julen Lopetegui, apesar de ter já às suas ordens Martins Indi e Brahimi, fez alinhar o mesmo onze que goleou o Paços de Ferreira.
Julen Lopetegui, apesar de ter já às suas ordens Martins Indi e Brahimi, fez alinhar o mesmo onze que goleou o Paços de Ferreira.
O FC Porto tinha que vencer para não deixar morrer de vez a chama do título e por isso chamou a si, desde o apito inicial, as despesas do jogo. Logo se percebeu que a tarefa ia ser complicada. Desmoronar aquele muro ia exigir muita aplicação, algum engenho e alguma sorte.
Os jogadores portistas nesse particular não se fizeram rogados e sem conseguirem produzir o futebol espectáculo, quase impossível nestas circunstâncias, foram teimando, circulando a bola, experimentando várias soluções, desde o jogo apoiado a lançamentos em profundidade com várias mudanças de flanco, que aqui e ali foram abrindo algumas brechas na organização defensiva do Moreirense.
Havia também que estar atento e evitar perdas de bola que privilegiassem perigosos contra-ataques. Também aqui, sem ser perfeita, a equipa portista esteve quase sempre bem, ainda que tivessem permitido dois ou três remates bastante perigosos, um deles ao lado e os outros dois bem resolvido por Fabiano.
O golo, o tal 5000 apareceria ao minuto 28 pelo incontornável Jackson Martinez. Herrera meteu na área, num passe de muita classe a rasgar para a entrada do colombiano que recebeu de pé direito, rematando com o esquerdo com uma execução perfeita. A bola ainda tabelou num defesa, ajudando a trair o guarda-redes.
Mas antes, aos 4 minutos, Quaresma ensaiara a sua famosa trivela, mas não foi feliz, a bola saiu perto do travessão e aos 12 minutos, numa jogada de insistência, Maicon apareceu na cara do guarda-redes, desviou-lhe a bola e sofreu um toque que o impossibilitou de concluir o remate. Carlos Xistra fez vista grossa a uma grande penalidade claríssima.
Aos 17 minutos, na sequência de um canto a bola foi beijar o ferro em mais um lance de pura sorte para Marafona.
A vantagem ao intervalo era merecida mas demasiado escassa.
Depois do descanso o FC Porto regressou com as mesmas intenções e aos 54 minutos Cristian Tello foi rápido a fugir pela esquerda, levando atrás de si os defensores contrários, mas descaiu demasiado ficando sem ângulo para rematar com êxito. A bola saiu muito perto do poste mais distante.
O segundo golo apareceria aos 59 minutos em mais um cruzamento de Herrera, aparecendo no coração da pequena área Marcano, que não chegou à bola, e nas suas costas Casemiro, mais eficaz a rematar na passada para o golo da tranquilidade.
A partir de então os Dragões passaram a controlar e a jogar no ritmo que mais lhe interessava, garantindo os três pontos de forma justa e indiscutível.
Hoje gostei sobretudo da ambição da equipa, da sua capacidade para contrariar o futebol curto, fechado, duro, às vezes ríspido, do adversário e de algumas exibições individuais: Jackson, Herrera, Maicon e Casemiro, sem terem sido brilhantes, estiveram uns furos acima dos restantes.
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