FICHA DO JOGO
O FC Porto encerrou a 22ª jornada da Liga Nos com mais uma vitória, cumprindo assim a sua parte no que diz respeito à manutenção da luta pelo título, que em todo o caso parece já estar reservado para o clube de regime, que de colo em colo vai sendo sustentado na liderança.
Esperavam-se imensas dificuldades para ultrapassar o adversário de hoje, alimentadas por um conjunto de factores adversos para o conjunto portista. Um relvado sintético, as ausências de 4 dos habituais titulares e a rivalidade de um derby sempre muito quente, eram as principais expectativas. A verdade é que o jogo acabou por confirmar alguns desses aspectos a que se somou a já habitual tendência da arbitragem para subverter as leis do futebol, em prejuízo claro para as cores azuis e brancas.
Julen Lopetegui foi obrigado a mexer no onze titular, mas foi mais além do que era suposto. Em vez das quatro alterações obrigatórias, pelas ausências de Danilo, Alex Sandro, Casemiro e Óliver Torres, o técnico portista juntou mais duas, deixando no banco dos suplentes Brahimi e Cristian Tello, banco esse que também contou com uma novidade de última hora, a presença de Gonçalo Paciência em vez de Aboubakar, vítima de uma lombalgia contraída no último treino.
Ricardo Pereira, José Ángel, Rúben Neves, Quintero, Hernâni e Quaresma foram os escolhidos para completar o onze titular.
Ciente da necessidade de vencer, os Dragões tomaram o comando do jogo, como sempre, e imprimiram o futebol que mais gostam de praticar, assente na posse e circulação de bola, à espera da conquista de espaços para poder alvejar a baliza contrária. Por sua vez, o Boavista, como quase todos os adversários, remeteu-se a uma super-defensiva bastante organizada e solidária que foi roubando espaços de penetração, uma vez ou outra com alguma rispidez não sancionada pelo homem do apito.
Ainda assim, durante o primeiro tempo, pelo menos por 3 ocasiões o FC Porto poderia ter-se adiantado no marcador. Na primeira, por volta dos 12 minutos, numa bela jogada de ataque, a bola foi trocada em progressão por Quintero, Herrera, Jackson Martinez, de novo Herrera, com o mexicano a solicitar com um passe a rasgar para a entrada de Quaresma, que bem colocado para fazer o golo, optou por uma tentativa, não se percebeu muito bem se de chapéu ou cruzamento, perdendo uma bela ocasião; Dois minutos depois, na sequência de um canto do lado esquerdo do ataque portista, num lance estudado, Quaresma marcou curto para Quintero, o colombiano meteu para a entrada da pequena área, junto à linha de cabeceira onde apareceu Marcano a tocar para o centro da grande área, a solicitar a entrada de Hernâni que foi derrubado pelo defesa João Dias, perante a conivência de Hugo Miguel, que bem colocado nada assinalou;
Finalmente, aos 44 minutos, Jackson Martinez, na cara de Mika, atirou ao lado.
Finalmente, aos 44 minutos, Jackson Martinez, na cara de Mika, atirou ao lado.
Estes foram os lances mais perigosos da primeira parte, mas outros o FC Porto foi conseguindo produzir, sustentados numa posse de bola que chegou a atingir os 75%, mas nem sempre bem aproveitados.
Nesta primeira parte destaque ainda para mais uma decisão polémica do árbitro lisboeta, ao perdoar o cartão vermelho a João Dias por mais uma entrada muito dura sobre Hernâni e nem amarelo viu.
Na segunda metade o FC Porto intensificou o seu assédio à baliza boavisteira de forma ainda mais sufocante, acreditando ser possível derrubar o muro axadrezado. Algumas investidas portistas pecaram por más decisões no último momento. Remate em vez de passe ou vice-versa levaram a retardar o golo.
Com a igualdade a permanecer, o Boavista foi-se tornando mais agressivo e também mais atrevido, com destaque para Brito, em três ou quatro jogadas de insistência, mas que a defesa portistas sempre soube anular.
O golo apareceria aos 79 minutos, numa altura em que Lopetegui já tinha chamado ao jogo Tello e Brahimi. Ricardo foi à linha cruzar, a bola sobrevoou o guarda-redes, Tello recebeu, dominou e foi à linha, do lado esquerdo, cruzar para o coração da pequena área onde surgiu Jackson Martinez a desviar para as redes.
A partir de então a estratégia de Petit ruiu e o Boavista foi obrigado a abrir um pouco mais o seu jogo, dando finalmente o espaço que os Dragões procuravam e o segundo golo surgiria naturalmente, como corolário de um futebol eminentemente ofensivo. Herrera lançou Tello na esquerda, o ala espanhol deu a Brahimi, mais ao centro e o virtuosismo do argelino fez o resto. Evitou dois adversários, olhou para a baliza e rematou colocado, sem hipóteses para Mika. Estava garantida mais uma vitória justa, trabalhosa e ainda mais suada, outra vez pela cegueira crónica do homem do apito.
Até final ouviram-se olés, vinda do topo repleto com as vibrantes claques portistas que incentivaram a equipa de princípio até ao fim.
Tendo em conta os factores especiais que determinaram a preparação deste jogo, já acima mencionados, considero que a equipa não acusou demasiado tantas alterações. Ricardo, Ángel e Rúben Neves exibiram-se bem. Quintero, Quaresma e Hernâni não estiveram tão felizes.
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