segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

VITÓRIA DO QUERER
















FICHA DO JOGO



























O FC Porto encerrou a 22ª jornada da Liga Nos com mais uma vitória, cumprindo assim a sua parte no que diz respeito à manutenção da luta pelo título, que em todo o caso parece já estar reservado para o clube de regime, que de colo em colo vai sendo sustentado na liderança.

Esperavam-se imensas dificuldades para ultrapassar o adversário de hoje, alimentadas por um conjunto de factores adversos para o conjunto portista. Um relvado sintético, as ausências de 4 dos habituais titulares e a rivalidade de um derby sempre muito quente, eram as principais expectativas. A verdade é que o jogo acabou por confirmar alguns desses aspectos a que se somou a já habitual tendência da arbitragem para subverter as leis do futebol, em prejuízo claro para as cores azuis e brancas.

Julen Lopetegui foi obrigado a mexer no onze titular, mas foi mais além do que era suposto. Em vez das quatro alterações obrigatórias, pelas ausências de Danilo, Alex Sandro, Casemiro e Óliver Torres, o técnico portista juntou mais duas, deixando no banco dos suplentes Brahimi e Cristian Tello, banco esse que também contou com uma novidade de última hora, a presença de Gonçalo Paciência em vez de Aboubakar, vítima de uma lombalgia contraída no último treino.

Ricardo Pereira, José Ángel, Rúben Neves, Quintero, Hernâni e Quaresma foram os escolhidos para completar o onze titular.























Ciente da necessidade de vencer, os Dragões tomaram o comando do jogo, como sempre, e imprimiram o futebol que mais gostam de praticar, assente na posse e circulação de bola, à espera da conquista de espaços para poder alvejar a baliza contrária. Por sua vez, o Boavista, como quase todos os adversários, remeteu-se a uma super-defensiva bastante organizada e solidária que foi roubando espaços de penetração, uma vez ou outra com alguma rispidez não sancionada pelo homem do apito. 

Ainda assim, durante o primeiro tempo, pelo menos por 3 ocasiões o FC Porto poderia ter-se adiantado no marcador. Na primeira, por volta dos 12 minutos, numa bela jogada de ataque, a bola foi trocada em progressão por Quintero, Herrera, Jackson Martinez, de novo Herrera, com o mexicano a solicitar com um passe a rasgar para a entrada de Quaresma, que bem colocado para fazer o golo, optou por uma tentativa, não se percebeu muito bem se de chapéu ou cruzamento, perdendo uma bela ocasião; Dois minutos depois, na sequência de um canto do lado esquerdo do ataque portista, num lance estudado, Quaresma marcou curto para Quintero, o colombiano meteu para a entrada da pequena área, junto à linha de cabeceira onde apareceu Marcano a tocar para o centro da grande área, a solicitar a entrada de Hernâni que foi derrubado pelo defesa João Dias, perante a conivência de Hugo Miguel, que bem colocado nada assinalou; 





















Finalmente, aos 44 minutos, Jackson Martinez, na cara de Mika, atirou ao lado.

Estes foram os lances mais perigosos da primeira parte, mas outros o FC Porto foi conseguindo produzir, sustentados numa posse de bola que chegou a atingir os 75%, mas nem sempre bem aproveitados.

Nesta primeira parte destaque ainda para mais uma decisão polémica do árbitro lisboeta, ao perdoar o cartão vermelho a João Dias por mais uma entrada muito dura sobre Hernâni e nem amarelo viu.

Na segunda metade o FC Porto intensificou o seu assédio à baliza boavisteira de forma ainda mais sufocante, acreditando ser possível derrubar o muro axadrezado. Algumas investidas portistas pecaram por más decisões no último momento. Remate em vez de passe ou vice-versa levaram a retardar o golo.

Com a igualdade a permanecer, o Boavista foi-se tornando mais agressivo e também mais atrevido, com destaque para Brito, em três ou quatro jogadas de insistência, mas que a defesa portistas sempre soube anular.

O golo apareceria aos 79 minutos, numa altura em que Lopetegui já tinha chamado ao jogo Tello e Brahimi. Ricardo foi à linha cruzar, a bola sobrevoou o guarda-redes, Tello recebeu, dominou e foi à linha, do lado esquerdo, cruzar para o coração da pequena área onde surgiu Jackson Martinez a desviar para as redes.




















A partir de então a estratégia de Petit ruiu e o Boavista foi obrigado a abrir um pouco mais o seu jogo, dando finalmente o espaço que os Dragões procuravam e o segundo golo surgiria naturalmente, como corolário de um futebol eminentemente ofensivo. Herrera lançou Tello na esquerda, o ala espanhol deu a Brahimi, mais ao centro e o virtuosismo do argelino fez o resto. Evitou dois adversários, olhou para a baliza e rematou colocado, sem hipóteses para Mika. Estava garantida mais uma vitória justa, trabalhosa e ainda mais suada, outra vez pela cegueira crónica do homem do apito.

Até final ouviram-se olés, vinda do topo repleto com as vibrantes claques portistas que incentivaram a equipa de princípio até ao fim.





















Tendo em conta os factores especiais que determinaram a preparação deste jogo, já acima mencionados, considero que a equipa não acusou demasiado tantas alterações. Ricardo, Ángel e Rúben Neves exibiram-se bem. Quintero, Quaresma e Hernâni não estiveram tão felizes.

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