FICHA DO JOGO
A Selecção nacional portuguesa foi hoje goleada, na primeira jornada da fase de grupos, do Mundial Brasil/2014, frente à forte formação da Alemanha, uma das reais favoritas ao triunfo final, num jogo em que as graves fragilidades lusas fizeram a diferença.
Na verdade, os alemães nem precisaram de se aplicar muito pois as incidências do jogo acabaram por determinar o avolumar do resultado.
Na base deste descalabro português estiveram performances muito abaixo do razoável e atitudes de «primas donas» que já deviam estar há muito erradicadas no seio de equipas constituídas por jogadores profissionais.
Portugal entrou mal no jogo. Equipa nervosa, desconcentrada, incapaz de se encaixar no jogo do adversário, complicada nas manobras ofensivas e a acumular erros primários, na zona defensiva.
Para piorar a situação, João Pereira cometeu grande penalidade evidente, que só os sectários comentadores portugueses não compreenderam, estavam decorridos apenas doze minutos do jogo e já os germânicos tinham desperdiçado um brinde quase pornográfico de Rui Patrício, para mim, o mais fraco dos guarda-redes escolhidos por Paulo Bento. Aliás, Patrício voltaria a estar de novo em foco, com um frango monumental, no último golo alemão.
A equipa lusa pareceu sempre atarantada e ausente do jogo, com Cristiano Ronaldo como uma sombra de si próprio.
Hugo Almeida lesionou-se ainda antes da meia hora de jogo, pouco depois veio o segundo golo germânico, num lance em que os dois centrais se deixaram «comer» e para tornar o jogo ainda mais complicado, Pepe teve uma atitude inadmissível, acabando por ver a cartolina vermelha com toda a justiça, apesar, mais uma vez da discordância dos acéfalos comentadores nacionais.
Se eu mandasse, Pepe seria desde já dispensado e regressaria de imediato a casa.
A jogar em inferioridade numérica, a segunda metade do jogo tornou-se ainda mais complicada para os portugueses. A sorte foi que os Alemães aproveitaram para gerir o esforço, abrandaram o ritmo e só marcaram mais dois golos, um dos quais com a colaboração do Patrício que hoje fez lembrar um dos maus cheiros de que se queixou o seu presidente, Ânus de Carvalho.
Não entendi a demora de Paulo Bento a reconstituir a defesa, depois da expulsão de Pepe e depois da lesão de Fábio Coentrão, a escolha por A. Almeida, um jogador sem classe para figurar neste plantel (Nunes ou Eliseu, seriam escolhas bem mais lógicas). Nestas circunstâncias, parecia-me ser muito mais eficaz, ter optado por ter Luís Neto no centro da defesa e deslocar Ricardo Costa para a lateral.
Enfim, mas isso sou eu a especular...
Nada está perdido, pois perder contra um dos principais favoritos é normal (anormal é ter jogado tão mal) e não retira desde logo as possibilidades de qualificação. Penso aliás que esta derrota até pode ter servido para despertar as consciências e fazer os jogadores descerem à terra para encararem com realismo o que ainda falta da competição.
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