sábado, 27 de abril de 2013

EL COMANDANTE DERRUBOU MURALHA SETUBALENSE















FICHA DO JOGO













































O FC Porto continua assumidamente na luta pelo título ao vencer, como lhe competia, o adversário desta noite.

Com objectivos bem diferentes, o Vitória de Setúbal apresentou-se no Dragão como fazem todas as equipas que não querem levar uma cabazada, todo fechadinho no seu reduto defensivo e muito pouco ambicioso.

Não é pois de estranhar os números estatísticos finais, que de forma esmagadora, indicam uma superioridade portista abissal.

Não foi no entanto um jogo fácil para os ainda campeões nacionais, conhecidas que são as dificuldades habituais para derrubar este tipo de muralhas. 

Recorrendo à circulação de bola, num autêntico carrossel,  os Dragões tiveram de apelar à paciência e principalmente à persistência para conseguir os seus intentos.

A falta de velocidade, que neste último terço do campeonato tem estado presente nas exibições portistas iam facilitando a vida dos sadinos que só aos 17 minutos se viram em sobressalto, num desentendimento entre o guardião Kieszek e o defesa Venâncio que colocou Atsu em posição para alvejar a baliza, com o ganês a desperdiçar a «abébia» atirando sobre a barra.  Voltaria a ter nova oportunidade mais tarde, aos 39 minutos, mas mais uma vez a pontaria estava desafinada.

Vítor Pereira descontente, mandou-o para o balneário antes do intervalo e fez entrar para o seu lugar Silvestre Varela, que ao contrário do costume, deu mais velocidade e criatividade ao jogo azul e branco.

Com o resultado em branco, a equipa portista apresentou-se para o segundo tempo com outra novidade. Alex Sandro já não voltou, por eventual lesão, entrando Abdoulaye que foi ocupar o lugar de Mangala, derivando o francês para a lateral esquerda.

Os primeiros minutos mostraram o mesmo figurino, talvez com mais um pouco de velocidade, numa ou noutra jogada. Moutinho e James continuavam pouco inspirados, com o colombiano a abusar de individualismo enervante, a errar passes e a perder os momentos de remate, tornando-se complicado ultrapassar a organizada defesa setubalense.





















A grande oportunidade acabaria por surgir num lance faltoso dentro da área do Setúbal, com o defesa Jorge Luiz a meter a mão na bola em duas ocasiões da mesma jogada. Carlos Xistra fez o que tinha a fazer assinalando a marca de grande penalidade. Chamado a marcar, James Rodríguez atirou denunciado permitindo a defesa do guardião Kieszek. Balde de água fria no Estádio do Dragão.

Este lance que poderia ter lançado o desânimo na equipa acabou por ser a alavanca para a resolução dos problemas! «El Bandido» reagiu da melhor maneira e três minutos depois assistiu, com um passe magistral de trivela, Lucho Gonzalez, que surgindo nas costas dos defesas vitorianos atirou para as redes com êxito. Estava derrubada a sólida e reforçada muralha sadina.

Só então José Mota se decidiu por nova estratégia, colocando dois avançados, na tentativa de lutar pela conquista de mais alguma coisa. Tarde de mais porque o FC Porto voltaria a marcar já perto do final, por Defour, que entretanto entrara para o lugar de «El Comandante», na sequência de um cruzamento da esquerda, de Mangala, com o belga a emendar para o golo do descanso.





















Vitória difícil mas justa que premeia a paciência da única equipa que tudo fez para somar os três pontos.

Destaque para Lucho Gonzalez, o homem do jogo, pelo golo e pelo que jogou.

1 comentário:

  1. Frente a uma frota de autocarros, o F.C.Porto na noite fria de ontem, voltou a dominar totalmente o adversário, a ter uma posse esmagadora - na primeira-parte deve ter sido record mundial, 82-18 - mas voltou a ter as mesmas dificuldades dos últimos jogos. Falta velocidade, falta largura, falta profundidade, falta qualidade de passe, raramente há passes de rotura, falta gente na zona de finalização. Se juntarmos a isso, o facto de jogadores nucleares e desequilibradores - Lucho tantos passes errados; James, tirando a assistência para o 1º golo, só fez asneiras e até falhou um penalty; Moutinho, também não esteve bem; Alex Sandro teve de sair ao intervalo para evitar contrair uma lesão; Atsu desastrado, deu lugar a Varela ainda nos 45 minutos iniciais -, uns bons furos abaixo das suas capacidades, está explicado porque hoje, como aconteceu muitas vezes, no Dragão e principalmente fora de casa, o conjunto de Vítor Pereira ganhou, sem discussão, mas teve de sofrer mais do que o previsto.

    Abraço

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