sábado, 30 de março de 2013

CUMPRINDO A TRADIÇÃO















FICHA DO JOGO
























A resposta à minha dúvida, colocada na antevisão deste jogo, que Porto iríamos ter em Coimbra, os bicampeões nacionais deram-na de forma pouco clara, apesar da confortável vitória. Nem foi um claro candidato ao título, com um futebol arrasador, nem foi o ex-candidato conformado com pose de quem atirou a toalha ao chão.

Foi antes um candidato, consciente das suas fragilidades actuais, capaz de gerir o controlo sobre o adversário, mas sempre à custa de um futebol pouco dinâmico, pouco intenso, pouco esclarecido, só contrariado uma ou outra vez, por um adversário muito fechado e pouco ambicioso.

A primeira parte portista esteve impregnada destes condimentos, a que se somou pouca criatividade, pouca velocidade e pouca eficácia. Jogo lento e denunciado, fácil de anular, especialmente para quem, como a Académica, se limitou apenas a destruir.

Mangala destacou-se por ter conseguido desbloquear o resultado, num lance em que se está a tornar um especialista. Ir à área contrária cabecear com perigo. Foi assim que surgiu o golo inaugural. Moutinho cruzou para a área e o francês, bem posicionado, saltou mais alto e cabeceou certeiro. 





















Já Otamendi, regressou à sua condição de patrão da defesa. Resolveu todos os poucos lances com uma limpeza e eficácia incríveis.

No segundo tempo o jogo parecia ir cair na mesma toada, mas acabou por se alterar um pouco. Os estudantes procuraram mais a área portista, abriram mais o seu jogo, permitindo aos Dragões criar mais lances de perigo e construir um resultado mais robusto.

Aos 52 minutos Lucho fez um passe magistral, a rasgar, para a área, onde apareceu Danilo, muito oportuno, a receber bem e a rematar melhor, atirando a contar.

Os azuis e brancos ainda viriam a conseguir o terceiro golo, depois de falharem algumas oportunidades. Coube ao jovem Castro o melhor golo do jogo. Aproveitando uma bola perdida à entrada da área, o jovem formado nas escolas do FC Porto surgiu solto e decidido, rematando de primeira e colocado, sem hipóteses de defesa para Ricardo. Gostei de ver a felicidade e o orgulho estampados no rosto de Castro.





















Vitória justa, serena e importante, que mantém acesa uma ténue esperança de revalidação do título.

Os meus destaques vão par Otamendi e Mangala. O primeiro a defender e o segundo nas duas vertentes.

2 comentários:

  1. Boas Rui,

    Na minha optica foi um jogo pouco conseguido por parte do FC Porto, principalmente na primeira parte, onde jogamos a passo e com pouca velocidade.
    Na 2ª melhorou ligeiramente, com a academica a deixar o 4-4-2 e a jogar num 4-3-3 mais aberto pelas alas e a tornar o jogo mais interessante.
    Danilo continua a não justificar o avultado investimento apesar do golo, Lucho e Moutinho lentos não dinamizaram o meio campo, e só James e Alex Sandro tentaram romper.Mangala e Otamenti estiveram bem.
    Espero que o FCP melhore porque na proxima jornada o Braga não será tão "macio" como a Academica.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

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  2. Um Porto sério, competente e se excluirmos os 25 minutos finais, de qualidade, manteve a tradição, fez a sua obrigação, venceu com toda a justiça e regressou tranquilamente à normalidade das vitórias.
    É isso que se pede à equipa portista até ao fim do campeonato e depois fazem-se as contas.

    Abraço e boa Páscoa

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