segunda-feira, 16 de julho de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XXIV

Miran Pavlin - Internacional E24: Foi internacional pela Eslovénia em 63 ocasiões (8 pelo NK Olimpija, 13 pelo SK Freiburg, 12 pelo Karlsruher SC, 22 pelo FC Porto e 8 pelo Olympiakos). A sua estreia aconteceu em 5 de Fevereiro de 1998, em Limassol, frente à Islândia, no Torneio Internacional de Chipre, com a vitória a sorrir aos eslovenos por 3-2. Enquanto jogador do FC Porto, voltaria à selecção para realizar a sua 27ª internacionalização, em 16 de Agosto de 2000, em Ostrava, no Rep. Checa-Eslovénia, jogo de carácter amigável que terminou com a vitória eslovena por 1-0.

Participou nas fases finais do EURO/2000 e no MUNDIAL/2002. Foi dele, aliás, o golo no play-off contra a Ucrânia que garantiu à Eslovénia o apuramento para o Europeu da Holanda/Bélgica, por sinal, a primeira fase final da história daquele país.

Pavlin foi curiosamente um atleta muito mais considerado e apreciado na sua selecção do que nos clubes por onde passou. Capitaneou a equipa nacional por 15 vezes e marcou 5 golos.

Natural de Kranj, cidade eslovena situada a noroeste da capital Ljubljana, começou a sua carreira profissional em 1992, com 20 anos de idade, no NK Triglav, mas foi no Olimpija Ljubljana que deu nas vistas e lhe permitiu dar o salto para a Alemanha, para representar o Dínamo de Dresden, clube grande da ex-RDA, que a turbulência da reunificação alemã relegara para as divisões secundárias. O esloveno logrou uma boa época e no final da mesma, foi contratado pelo Freiburgo, da 2ª Divisão que subiria então ao escalão principal, com a preciosa ajuda de Pavlin.

Em termos de clubes, Pavlin começava a «Via-Sacra» em 1999, altura em que foi emprestado ao Karksruhe, da segunda Divisão alemã, onde não conseguiu encontrar um lugar no onze titular, muito por culpa das várias lesões que o incomodaram. Foi por isso pouco utilizado e ainda viu o clube baixar de Divisão.

Foi então que surgiu, com alguma surpresa, o interesse do FC Porto. Apesar de uma época para esquecer, o atleta esloveno era considerado um médio defensivo com boa técnica, bom sentido posicional, possuidor de um bom pé esquerdo e capacidade de colocação da bola à distância, para além de uma boa visão de jogo. Era sobretudo um herói para o seu país,  principalmente desde que marcou o golo decisivo que colocou a Eslovénia na referida fase final.

Porém, no FC Porto acabou igualmente por não ser feliz, não se conseguindo impor com nenhum dos três treinadores por quem foi orientado (Fernando Santos, Octávio Machado e José Mourinho).

O Esloveno assinou por 4 temporadas mas só viria a cumprir metade. Foram duas épocas (2000/01 e 2001/02) em que Pavlin, quando chamado à equipa se mostrou tímido, lento, com algumas limitações técnicas e completamente inadaptado. Participou em 22 jogos (12 para o Campeonato nacional, 4 para a Taça de Portugal, 1 para a Supertaça C.O. e 5 para as competições europeias). A sua estreia com a camisola portista concretizou-se em 9 de Agosto, em Bruxelas, na 1ª mão da 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões, frente ao Anderlechte, quando aos 66' entrou para substituir Alenitchev. O FC Porto saiu derrotado desse jogo, por 1-0, resultado que não conseguiria reverter nas Antas, sendo então relegado para a Taça Uefa.

Foi portanto sem qualquer surpresa que, em 2002 foi colocado na lista de dispensas, regressando ao seu país para representar o Olimpija. Ainda afectado pelo seu insucesso em Portugal, manteve a sua irregularidade, alastrando-a à sua passagem pelo Apoel e Olympiakos Nicósia, ambos clubes cipriotas, antes de regressar, em 2005,  ao Olimpija, onde se manteve durante 4 temporadas.

Em Julho de 2009 assinou pelo FC Koper, onde foi capitão de equipa e director desportivo, antes de anunciar o final da sua carreira futebolista, em Março de 2011.

Palmarés ao serviço do FC Porto: 1 Taça de Portugal (2000/01). 

(Continua)
Fontes: European Football National Team Matches e Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar.

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