A bola começou a rolar, neste que foi o primeiro ensaio a doer da equipa de futebol do FC Porto, integrado na fase de preparação para a próxima época.
Os Dragões que se encontram em estágio na Suíça, desde o dia 9 deste mês, ainda sem grande parte dos seus internacionais, apresentou-se em Genéve para medir forças com o Servette, orientado pelo português João Alves, também desfalcado de alguns dos seus melhores jogadores.
A formação portista começou o jogo com três caras novas, relativamente à equipa titular habitual. Sereno, que esteve emprestado ao Colónia, surgiu adaptado a lateral direito e o jovem David, que esteve emprestado ao Trofense, apareceu na sua posição de lateral esquerdo, enquanto a ala esquerda do ataque foi confiada ao ganês Christian Atsu, que esteve emprestado ao Rio-Ave.
Os azuis e brancos tomaram conta das operações e dominaram o jogo de princípio ao fim. Na primeira parte sobressaiu a pressão alta, a boa organização defensiva e a posse de bola. Porém, as dificuldades de penetração e incapacidade para criar rupturas foram evidentes. Sereno, Defour e Djalma mostraram-se demasiado complicativos, perdendo lances atrás de lances, perturbando dessa forma a manobra ofensiva da equipa. O angolano ainda fez uma boa tentativa para marcar mas o remate acabou nas malhas laterais. Fernando, aos 28 minutos esteve perto de surpreender o guardião contrário com um forte remate de fora da área.
O primeiro golo portista surgiu do bom entendimento entre Lucho Gonzalez, Christian Atsu e Kléber, numa progressão muito bem congeminada e superiormente concluída pelo ponta-de-lança brasileiro, quase em cima da meia hora de jogo. A primeira parte terminou sem mais grandes momentos para registar.
Na segunda metade o FC Porto entrou com a mesma dinâmica e viria a dilatar o marcador num vistoso voo de Kléber, correspondendo da melhor maneira a uma primorosa assistência de «El comandante». Logo a seguir Vítor Pereira começou a mexer na equipa com uma série de alterações, onde foi possível ver alguns bons apontamentos de Iturbe, Castro, Kelvin e James Rodríguez.
Os meus destaques vão para Kléber pelos dois belos golos que marcou, para as actuações de Lucho Gonzalez e Christian Atsu.
Ficha do jogo:
Servette 0 FC Porto 2
Jogo particular
Palco do jogo: Estádio de Genéve - Suíça
Data e hora do jogo: 11 de Julho de 2012, às 20:00 h
Árbitro: Stephan Studer (Suíça)
Assistência: 8.869 espectadores
Servette: Barroca; Gomes, Kasunga De Matos 84'), Poceiro e Rufli; Grippo, Pont (Pornvor 67'), Moutinho (Fargues 67') e Paratte (Gissi 58') ; Ramizi e Chalali (Daniel Soares 58').
Suplentes não utilizados: Fábio Monteiro, Kevin Mbabu, Damier Hempler, Frédéric Torres, Alexandre Infante e Kevin Ben
Treinador: João Alves
FC Porto: Helton (Bracali 45'); Sereno (Mangala 58'), Maicon, Otamendi e David; Fernando (Mikel 65'), Defour (Castro 58') e Lucho Gonzalez (Pedro Moreira 65'), Djalma (James Rodríguez 58'), Kléber (Iturbe 65') e Christian Atsu (Kelvin 65')
Suplentes não utilizados: Kadú
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Kléber (29' e 61')
Acção disciplinar: cartões amarelos para Poceiro (77') e Kasunga (79')
Nota: Marc Janko, Emídio Rafael e David Addy não foram convocados por se encontrarem lesionados. Jackson Martinez que só chegou ontem ao estágio viu o jogo da bancada.
Próximo jogo: Évian TG - FC Porto, Sábado 14 de Julho (18:15 h).
Os jogos particulares valem o que valem, não lhes dou grande importância, quer quando as coisas correm bem ou pelo contrário, correm mal. Já assisti a grandes pré-épocas que se transformaram em grandes desilusões, como já vi o contrário. Mesmo assim, é sempre melhor ganhar que empatar ou perder, embora e às vezes as vitórias escondam limitações que mais tarde, quando é a sério, vêm ao cima, notam-se mais.
ResponderEliminarFoi com esse espírito que vi o Servette/F.C.Porto e o que vi? Um jogo entretido, uma clara superioridade do Bi-campeão e uma juventude inquieta e que promete. Um Porto a trocar bem a bola, a pressionar alto, a conseguir coisas bonitas, mas o grau de dificuldade, mesmo que tenha aumentado em relação ao jogo frente ao Valadares, ainda foi baixo.
Dos novos, gostei de Atsu, Iturbe e Pedro Moreira; Mikel entrou tarde; Kelvin a querer mostrar serviço todo de uma vez e a ser prejudicado por essa sofreguidão; David melhor à direita que à esquerda; Castro muita vontade. Dos "velhos", Helton não teve que fazer, idem para Bracali; Sereno não evoluiu nada; Maicon e Otamendi não tiveram problemas; Mangala pode, em caso de necessidade, ser uma boa alternativa na lateral-esquerda; Fernando, Lucho e Defour, cumpriram; Djalma começou bem, mas depois que mudou de botas nunca mais fez nada de relevante; James ainda está com pouco andamento, normal em quem tem uma semana de atraso e só três dias de estágio; e Kléber, mal na recepção, mal a dar seguimento, mas no sítio certo para finalizar, ao fim e ao cabo, o que se pede ao ponta-de-lança.
Passou-se assim. Agora vamos esperar por novos jogos, outras dificuldades, para podermos fazer uma análise mais clara e concreta sobre o valor de alguns dos talentos azuis e brancos.
Abraço
Bom dia,
ResponderEliminarInfelizmente por motivos profissionais não pude ver a partida.
Pelo que li na imprensa, foi um jogo típico de pré-época em que as substituições quebram o jogo e a exibição.
Pela positiva, fico contente com Atsu e Kleber, dois jovens que pelas crónicas rezam efectuaram uma exibição consistente.
Destacou-se igualmente Sereno na lateral direita, pela sua polivalência.
Djalma está em franca evolução, e espera-se mais e melhor do angolano.
Espera-se tb que Iturbe agarre um lugar nas soluções.
Agora com Jackson, VP poderá ao contrário da época passada, começar a delinear a equipa base e estrutura táctica da equipa, não obstante o futuro incerto de Hulk e Moutinho, pedras basilares da equipa.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.pt
Rui, já se inscreveu no I Encontro da Bluegosfera? seria um prazer poder contar com a sua presença!
ResponderEliminarmais informações em www.facebook.com/Bluegosfera
um abraço,
Jorge
Jogo / treino interessante. Mas depois deste começo de época prometedor, veio um dia aziago, nesta quinta-feira, com notícias do fim do basquetebol do F C P e as novas camisolas...
ResponderEliminarJá nem me apetece dizer nada... Desde que em 2000/2001 o tempo de presidência de Pinto da Costa ficou associado à mudança anual de equipamentos, passando o F C Porto a ser como qualquer clube dos que não tinham nem têm camisola certa, já nada me admira... Passou a mandar a SAD, o aspeto comercial passou a sobrepor-se a tudo, foi sendo encurtado o número de modalidades... Realmente o pavilhão (Dragão caixa) assim depressa vai passar a ser local de encontro de tertúlias, de conferÊNCIAS, CERIMÓNIAS E ENCONTROS, MENOS DE DESPORTO... Sinceramente não entendo como se gastam balúrdios com aquisição de estrangeiros para o Bilhar, que é uma modalidade restrita para alguns escassos espetadores, e acabaram (pese as justificações, ou desculpas) com o Atletismo, visto por multidões nas estradas, o Ciclismo, que tantas paixões despertava, etc. etc. E agora o basquetebol... Eu até estou à vontade pois não gosto de assistir a jogos de basquetebol, pela constante alternância e incerteza do marcador, mas era uma modalidade histórica no clube e com muitos adeptos... Enquanto o caso dos equipamentos até enerva. É vergonhoso para um grande clube ter as bancadas com adeptos equipados com coisa de dez ou mais formatos de camisolas diferentes... Enfim. Então este ano é uma bodega autêntica, quer a firma, que me recuso a chamar pelo nome (publicitar), quer os responsáveis, perderam o nexo... No meio disso tudo só desejo que o F C Porto continue a vencer, para se manter no topo, pois as pessoas passam e o clube fica!
Abraço.
AP
Memória Portista
http://memoriaporto.blogspot.pt/