FICHA DO JOGO
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Foi um FC Porto demolidor, na segunda parte, que construiu um resultado robusto, capaz de o colocar com um pé na final em Dublin.
Os Dragões entraram com a disposição de colocar o Villarreal em sentido e para tal, logo na primeira jogada de ataque o guardião espanhol foi obrigado a trabalho aturado, mas a equipa espanhola, soube explorar o frequente adiantamento posicional de Álvaro Pereira para aparecer com perigo junto da baliza de Helton. Durante a primeira parte, criaram quatro boas oportunidades para abrir o marcador, acabando mesmo por marcar um minuto antes do intervalo.
No regresso, para a segunda metade, o FC Porto entrou a todo o gás, logrando restabelecer a igualdade logo no quarto minuto, de grande penalidade a castigar o derrube do guarda-redes Diégo Lopez sobre Falcao. O colombiano marcou e não falhou.
Depois foi uma autêntica cavalgada, no assalto à baliza contrária. Galvanizados pelo golo e pelos constantes incitamentos das bancadas, o domínio portista intensificou-se e foi sem grande surpresa que apareceu o segundo golo, da autoria de Guarín, em duas tentativas. Primeiro a bola ainda foi ao poste, mas na recarga a insistência do colombiano saiu premiada.
O Villarreal, cada vez mais atarantado não conseguia reagir. Os Dragões aproveitaram essa desorientação e fizeram subir o marcador. Falcao, uma seta apontada à baliza e com fome de golos, acabou por fazer o «poker» fazendo colorir o resultado nuns claros 5-1.
Com estes quatro golos, Falcao pulverizou vários recordes: Ultrapassou Derlei na marca de golos conseguidos numa época (11 golos), em competições europeias; tornou-se o melhor marcador portista, na Europa (neste momento com 20 golos), ultrapassando Fernando Gomes (17) e Mário Jardel (19); consolidou a liderança em golos marcados na prova (15), contra 10 de Rossi e igualou a marca do alemão Jurgen Klinsmann (15 golos), numa única edição da Taça Uefa/Liga Europa. É obra!
O resultado quase garante a ida a Dublin, mas a segunda-mão terá de ser encarada com muita responsabilidade porque o Villarreal mostrou, principalmente na primeira parte, ser uma equipa bastante perigosa que terá ainda uma palavra a dizer quanto ao destino da eliminatória.
Os meus destaques vão, naturalmente para Falcao e para João Moutinho.
A estratégia do Villa surpreendeu o FC Porto na primeira parte. Os espanhóis tiraram partido das linhas muito subidas de ambas as equipas. Com um ataque muito aberto e com Nilmar encostado à direira aproveitando o adiantamento de Álvaro Pereira, o Villarreal criou 4 oportunidades de golo e acabou por concretizar uma no fim da etapa inicial. Ainda assim o FC Porto não fez uma má primeira parte.
ResponderEliminarNa segunda, e mais uma vez, o dedo de mestre André fez-se notar. Villas-Boas é um estratega de alta estirpe. Tem-no demonstrado à saciedade. Ele uniu o meio-campo, juntando mais Moutinho a Fernando. Guarin começou a varrer melhor a sua zona e a entrar na defesa adversária. A defesa portista, com Álvaro Pereira mais apoiado, garantia mais segurança e melhores transições de jogo. Hulk ganhou espaço e foi o que se viu a servir Falcão. Falcão enorme, voador, fabuloso, genial… Não há adjectivos para qualificar este avançado “monstro”. Basta dizer que em dois anos ultrapassou os goleadores Fernando Gomes e Jardel como melhor marcador do FC Porto nas competições europeias! Extraordinário! Que grande jogador, que grande ponta-de-lança!
Foi uma fabulosa segunda parte, com mérito para toda a equipa. Mas não resisto a salientar o papel de algumas figuras deste grande jogo do FC Porto: André Villas-Boas, Falcão, Guarin, Hulk, Moutinho, Otamendi, Rolando e Helton.
Com 5 tiros certeiros no “submarino amarelo”, a rota para Dublin está aberta. Mas, com a prudência que nos caracteriza, vamos redobrar de cuidados na próxima e decisiva “batalha”.
BIbó GRANDE POOOOORTO!
PS: Já percorri a imprensa estrangeira e há unanimidade nos aplausos a Falcão que apelidam de “Messi colombiano”. Em todo o Mundo se fala de Falcão e do FC Porto! E já se propõe Falcão para “Bota de Ouro”! Por que não? Sublime Porto…
Meu querido PORTO...
Eu vi, meus amigos, eu sou um dos 44.719 espectadores que viram ao vivo e a cores, mais uma noite fantástica, inesquecível, para guardar no cantinho das melhores recordações desportivas.
ResponderEliminarEu vi, meus amigos, um Porto esmagador, com uma segunda-parte de qualidade superior, do melhor que tenho visto e eu já vi muita coisa linda!
Eu vi, meus caros amigos, um grande espectáculo, digno de uma meia-final de Champions e que reduziu à vulgaridade o Real/Barça de ontem.
Eu vi, meus amigos, muitos e bons jogadores; golos de bandeira; mais uma reviravolta notável; um Falcao do outro mundo e a conseguir um poker para a história.
Mas também vi uma primeira-parte equilibrada, bola cá, bola lá, um Porto tenso, nervoso, precipitado até, talvez a acusar a responsabilidade de um favoritismo enganador.
Vi, também, nos primeiros 45 minutos, um Villarreal de qualidade, criativo e bom de bola a meio-campo, com avançados acima da média, rápidos a aparecerem nas costas dos defesas e em diagonais perigosíssimas.
Na segunda-parte, tudo que vi foi diferente. Só deu Porto. Um Porto de sonho e à procura do sonho, diabólico, esmagador, contundente, demolidor e uma grande equipa, conhecida pelo submarino amarelo, reduzida à vulgaridade de um "barquito fatela" e a meter água por todos os lados.
Mas o que esteve na origem de tamanha mudança? Nada de transcendente... Mais e melhor pressão, médios mais subidos, mais rápidos, a pegarem mais à frente e a servirem melhor o tridente ofensivo. Enquanto o F.C.Porto subia o Villarreal descia, o seu meio-campo teve menos espaço para jogar, deixou de ter tempo para pensar, executar, servir nas melhores condições os avançados e a defesa mais apertada vacilou, abanou e caiu por cinco vezes.
Hulk e Rodríguez, com ajuda precisosa de Álvaro mais e Sapunaru menos, colocaram o dinamite e o matador do momento, a voar entre os centrais, acendeu o rastilho por quatro vezes, detonou o submarino e recolheu os despojos.
Homem do jogo R.Falcao, numa equipa que nos mata de orgulho. Grande treinador - não me lembro de um treinador que tenha uma percentagem tão grande, em mudar para ganhar. Muitas vezes com substituições, mas também com o discurso, que muda o estado de espírito e faz autênticos milagres.
Dublin está muito próximo, mas não está garantido. Humildade, concentração, muita alma e raça, muito respeito pelo Villarreal, que é, ninguém duvide, uma equipa de grande qualidade. Se for assim, se formos iguais a nós próximos, o sonho de mais uma final será concretizado.
Nota final: estranhei tão poucos adeptos espanhóis no Dragão, mas vim a saber que se enganaram, foram para a Luz e festejaram exuberantemente o golo da sua equipa.
Um abraço
Boas,
ResponderEliminarOntem mais uma vez se viu uma demonstração cabal do que é o FC Porto de Villas-Boas ... com esta atitude e empenho de todos, com um ponta de lança (avançado) fabuloso como o Falcao, com a entreajuda de toda a equipa só paramos quando o caneco estiver nas nossas mãos !!!
Um abraço
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