FICHA DO JOGO
O FC Porto recebeu no seu estádio o último classificado do campeonato e, pasme-se, foi derrotado de forma justa, o que diz bem da fraca capacidade para marcar golos, apesar das mais que suficientes oportunidades criadas para obter outro resultado, incluindo até uma grande penalidade.
Sem qualquer recuperação dos lesionados e nenhuma lesão no onze titular do jogo anterior, frente ao Vizela, Sérgio Conceição apresentou a mesma equipa, sem alterações.
O técnico portista estava consciente das dificuldades que o Estoril iria proporcionar, apesar da sua posição na tabela classificativa. Elogiou muito o adversário e ao invés de funcionar como aviso aos seus jogadores, parece ter funcionado como motivação para a equipa contrária.
Os Dragões conseguiram tomar conta do jogo, construir jogadas ofensivas prometedoras, criar boas oportunidades de golo, mas a falta de eficácia foi o entrave principal para que o resultado não funcionasse. Taremi, aos 4 minutos, teve a oportunidade mais flagrante, mas desperdiçou a grande penalidade, com um remate fraco e denunciado.
Foram cerca de 30 minutos de algum fulgor, com Francisco Conceição em maior destaque, na tentativa de derrubar a muralha defensiva do Estoril. Faltou a capacidade de acertar nas redes, uma vezes por precipitação outras por algum azar. Francisco, João Mário, Pepê, Jorge e Evanilson, foram protagonistas de remates espontâneos que mereciam melhor sorte.
Depois, a pouco e pouco esse fulgor foi desaparecendo com os azuis e brancos a afundarem-se numa mediocridade que acabaria por ser fatal, tanto mais que o Estoril começou a acreditar e a crescer na partida levando o perigo até à área portista, até conseguir o golo, de livre directo que o árbitro tinha precipitadamente transformado em penalti, mas prontamente corrigido pelo VAR. Terá sido a única falha do juiz da partida, que a meu ver fez um trabalho muito positivo, numa arbitragem como eu já nem me lembro de presenciar. Finalmente.
Derrota que castiga a falta de eficácia portista mas também alguma desorientação defensiva, com alguns erros infantis que poderiam ter consequências ainda mais devastadoras.
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