domingo, 8 de dezembro de 2019

INCAPACIDADE DE LUTA CONTRA O SISTEMA E NÃO SÓ

















FICHA DO JOGO





























SISTEMAS TÁCTICOS



























O FC Porto voltou a ceder pontos e a atrasar-se na luta desigual pelo título, no sempre difícil confronto com o Belenenses, desta vez jogado no Jamor e apitado pelo famoso padre de Braga, um tal de João Pinheiro.

Todos sabemos que o nosso Clube tem que estar bem preparado para lutar contra tudo e contra todos. Este lema já é bem mais velho que o Constantino (famosa e antiga bebida branca). Tenho 50 anos de associado e nunca o FC Porto disputou qualquer prova que não tivesse que ser muito superior aos seus adversários para garantir os títulos nacionais que constam do seu palmarés.

Ora o que aconteceu hoje no Jamor foi a constatação de que esta equipa não está devidamente apetrechada para poder fazer face ao sistema que inquina a verdade desportiva e não só. 

A exibição de hoje foi manifestamente confrangedora, imprópria de um candidato ao título e muito menos de uma equipa que é obrigada a defrontar dois adversários em cada jogo.

Sérgio Conceição voltou ao onze titular constituído pelos jogadores mais utilizados, depois do interregno para a taça da liga.


























A equipa portista estava avisada de que teria de entrar forte, decidido e competente para poder ambicionar conquistar os três pontos. Os primeiros minutos deixaram transparecer essa atitude, mas também ficou claro que a maioria dos seus jogadores apresentavam incapacidades técnicas, pouca capacidade para apresentar um futebol adulto, esclarecido e eficaz. Alguns até bastante desastrados, a dar sinais de ausência de lucidez, a perder lances atrás de lances, por vezes de forma caricata.

O técnico portista fartou-se de berrar, de tentar corrigir movimentos, fazer chamadas de atenção, mas a equipa parecia pouco concentrada, pouco inspirada e disso se aproveitou o adversário para fazer um jogo mais tranquilo, organizando-se bem no último terço e sempre que podia ir até à frente tentar a sua sorte.

Chegou primeiro ao golo (14') numa jogada ferida de morte que nem árbitro nem VAR consideraram ( mão de um jogador do Belenenses no início da jogada) e poucos minutos depois poderiam até ter dilatado o marcador num lance em que Licá viu Marchesín negar-lhe o golo com uma defesa espectacular.

O FC Porto poucas vezes conseguiu construir com lucidez, mas numa dessas jogadas acabou por ser feliz, quando o árbitro decidiu bem (face à conjuntura até podia ter fechado os olhos) assinalar a grande penalidade sobre Corona, que acabaria por ser concretizada superiormente por Alex Telles (32'), restabelecendo a igualdade com que as equipas recolheram aos balneários.

A segunda parte foi ainda mais frustrante que a anterior. Esperava-se que o FC Porto arrepiasse caminho e praticasse o futebol demolidor que está ao seu alcance, com ou sem padres, toupeiras, mafiosos, corruptos ou quejandos. Infelizmente não foi isso que aconteceu. A equipa continuou a manifestar falta de classe e incapacidade para construir e produzir futebol de qualidade. 

O jogo tornou-se previsível, feio, de uma vulgaridade atroz, vulgaridade que se transmitiu ao adversário, que à medida que o tempo ia avançando começou a recorrer ao anti-jogo primário, tornando o espectáculo ainda mais degradante.

No final o «padralheco» do apito, depois de tantas paragens forçadas, decidiu dar 5 minutos de descontos! Não sei qual foi o medo, pois bem poderia ter dado 15 ou 20, que da forma como o FC Porto estava a jogar, pouca ou nenhuma diferença faria.

Para a história fica mais uma desilusão pela forma como a equipa actuou, colocando-se a jeito, para que a acostumada organização mafiosa tivesse motivos para ficar feliz.

Confesso que começo a ficar sem paciência e a ficar enojado com a forma como as Instituições deste País permitem tanta falta de vergonha.

4 comentários:

  1. Já parecem o meu clube, sempre a choramingarem, sem olhar para dentro. Não tarda nada, serão vocês os novos calimeros. Enfim.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Como? parecidos com o vosso clube? Impossível. Eu olho primeiro para dentro, ao contrário da tua crítica. Este artigo é mais um exemplo disso mesmo, apontando os defeitos do futebol praticado. Porém, tal realidade não branqueia o pantanal em que o futebol neste país se transformou e que não ignoro. Se isto é choramingar eu vou ali e já venho.

      Eliminar
  2. Respostas
    1. São opiniões e eu tenho direito à minha. Classificá-la sem justificar, isso sim, é ridículo.

      Eliminar