sábado, 22 de setembro de 2018

TRIUNFO ASSENTE NUMA EXIBIÇÃO MEDÍOCRE

















FICHA DO JOGO





























A deslocação a Setúbal tornou-se numa tarefa espinhosa, face à réplica valorosa do Vitória local, aliada à exibição medíocre da maioria dos jogadores do FC Porto, a acusarem mau momento de forma e algum cansaço motivado pelo jogo da Champions League, em Gelsenkirchen, na passada Terça-feira.


O técnico Sérgio Conceição apostou no mesmo onze, desse jogo internacional, razão pela qual o  eventual cansaço não serve de desculpa.

O mau estado do relvado foi outro argumento do treinador portista para justificar a má prestação da sua equipa. Sendo um argumento verdadeiro, parece-me no entanto demasiado redutor. Na minha opinião o facto mais importante a apontar é o mau momento que atravessam os atletas mais influentes, Felipe, Alex Telles, Herrera, Danilo Pereira (naturalmente ainda à procura do seu ritmo), Marega, Otávio e Brahimi. Alguns estão mesmo a merecer banco.

A entrada dos campeões nacionais foi intrigante. Lentos, indecisos, trapalhões, sem lucidez, sem criatividade, incapacidade para ligar o jogo, decisões erradas, abuso do futebol directo invariavelmente mal aplicado, muitos passes errados, insistência para atrasar a bola, enfim, uma entrada lamentável.

Sorte o adversário optar por povoar o seu terço defensivo, com três centrais e dois laterais a que se juntavam os médios, deixando as tarefas ofensivas muito descompensadas.

Sorte também ter marcado relativamente cedo (17') na primeira jogada de ataque bem congeminada, após uma recuperação de bola de Maxi Pereira, com lançamento pronto de Marega, pelo corredor direito,  cruzamento para a entrada de Maxi, que após recepção e rotação rematou prensado, aparecendo na sobra com rara oportunidade, Aboubakar a rematar de pronto para um golo de belo efeito. Foi talvez a única jogada digna desse nome do FC Porto durante a primeira parte.

O Setúbal depois do golo aventurou-se mais um pouco no ataque e criou alguns problemas à defensiva portista. Casillas foi obrigado a trabalho aturado aos 31 minutos ao defender um remate acrobático de Valdu Té.

Se a primeira parte do FC Porto tinha sido muito fraca a segunda ainda piorou. Os mesmos defeitos foram melhor explorados pela equipa da casa que chegou mesmo a introduzir a bola nas redes de Casillas, golo que acabaria bem anulado, depois de ter sido visionado pelo árbitro a conselho do VAR, por ter havido braço intencional a ajeitar a bola para o remate de Valdu Té.

Sérgio Conceição não estava satisfeito com o que via e decidiu proceder a alterações.  E sim, essas alterações trouxeram outra dinâmica e mais qualidade à equipa. Primeiro foi Sérgio Oliveira a substituir Otávio (60'). O médio portista emprestou mais lucidez, qualidade de passe e capacidade para aparecer em zonas de finalização. Seguiu-se André Pereira a substituir Aboubakar (74'). Mais rapidez e melhor desenvoltura na direcção da área contrária foram as qualidades deste avançado. Finalmente Jesús Corona para o lugar de Brahimi (79'). O mexicano trouxe mais criatividade.

Sérgio Oliveira quase marcava um minuto depois da sua entrada, sendo o autor do segundo golo portista (78'), na marcação de um livre directo, a castigar uma falta sobre André Pereira, depois de um belo trabalho.  O médio portista reclama para si a titularidade que bem merece.

Jesús Corona teve o terceiro golo nos seus pés, mas colocou demais o remate e a bola saiu a rasar o poste, com a defesa completamente batida.

Vitória justa, ainda assim, mas exibição demasiado fraca.

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