FICHA DO JOGO
Foi com dois lances muito semelhantes, burilados do lado esquerdo do ataque portista, protagonizados por C. Tello e André André, que surgiram os golos que coloriram o resultado final deste encontro, que garantiu ao FC Porto a qualificação para a eliminatória seguinte, da Taça de Portugal.
A jogar no reduto do adversário (mesmo), no cumprimento escrupuloso dos regulamentos da prova (ao contrário dos rivais da capital do império falido, que jogando fora de casa, fizeram-no em estádios alternativos), o FC Porto apresentou maiores dificuldades do que o previsto.
Julen Lopetegui, consciente da menor valia do adversário e tendo no horizonte compromissos bem mais complicados, procedeu à «revolução» (esperada), no onze titular, utilizando apenas dois elementos (Miguel Layún e Imbula), dos habituais titulares. Helton e Lichnovsky, únicos do plantel que ainda não haviam sido utilizados, tiveram a sua estreia.
Talvez por isso e pela boa réplica defensiva da equipa que milita na segunda liga e que tinha sido goleada recentemente pela equipa B (4-0), no Olival, o futebol portista patenteou dificuldades de ligação, falta de ritmo e alguma falta de conforto pela pressão exercida, logo à saída da sua área, pela aguerrida turma poveira, obrigando os jogadores portistas a circular a bola, de forma sistemática, entre os defesas e guarda-redes, sem qualquer criatividade nem perigo para o adversário, que assim ia levando a sua embarcação a bom porto, sem perigo de naufrágio.
Os Dragões só à passagem do primeiro quarto de hora se conseguiram libertar desse colete de forças e passar a dominar a partida como era de sua obrigação. À passagem do minuto 20, Alberto Bueno, com um passe a rasgar, lançou Tello, na esquerda, com o extremo portista a receber em corrida, entrar na área, evitar um adversário e à saída do guarda-redes, atirar para o canto mais distante.
O Varzim tentou responder, mas só por uma vez em todo o desafio, causou algum calafrio junto da área defendida por Helton.
Já o FC Porto foi desenvolvendo o seu futebol de posse e circulação, sem grande brilhantismo, mas com alguns lances vistosos que só não resultaram em novos golos pela incompreensível falta de eficácia de Pablo Osvaldo, que só à sua conta desperdiçou três flagrantes oportunidades para marcar, uma delas verdadeiramente escandalosa, mas também pela influência de uma arbitragem sem personalidade, que foi fazendo vista grossa a alguns lances que prejudicaram os azuis e brancos, ficando por marcar pelo menos uma clara grande penalidade.
No segundo tempo, com o resultado tangencial a manter-se, Julen Lopetegui decidiu mexer na equipa, lançando primeiro Danilo Pereira e mais tarde André André.
Seria mesmo dos pés do poveiro André, que sairia o golo da confirmação da vitória, aos 90 minutos, num lance muito similar ao do primeiro golo, mas com outros protagonistas. Imbula foi quem lançou André André pela esquerda, o médio portista invadiu a área e à saída do guardião para lhe encurtar o ângulo de remate, atirou para o canto mais distante, fixando o resultado final.
Vitória justa e natural da equipa, que mesmo muito alterada, mostrou muito mais argumentos para passar à 4ª eliminatória.
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