domingo, 25 de outubro de 2015

FALTA DE EFICÁCIA NA BASE DE UM EMPATE FRUSTRANTE
















FICHA DO JOGO


























Foi com alguma frustração que terminou o jogo no Dragão, com o resultado em branco, consequência da impotência portista para acertar nas redes bracarenses, apesar das diversas oportunidades criadas, que em condições normais chegariam para construir uma vitória confortável.

Julen Lopetegui foi mais uma vez previsível na construção do onze inicial para esta complicada partida. Impossibilitado de utilizar Maxi Pereira, a cumprir um jogo de suspensão, Miguel Layún foi o seu substituto, avançando Cissokho para a lateral esquerda. No meio campo reapareceu Danilo Pereira em vez de Rúben Neves e na frente Tello ocupou o lugar de Corona.


























O Braga, consciente da sua menor valia, apresentou-se num esquema super-defensivo, abdicando quase completamente das acções ofensivas. O seu primeiro remate aconteceu aos 53 minutos do jogo. Casillas foi um mero espectador durante o jogo todo.

Os azuis e brancos tudo fizeram para chegar à vantagem no marcador, recorrendo de forma insistente, na falta de espaços,  ao pontapé de longa distância, que levou muito perigo à baliza forasteira, que umas vezes com alguma sorte, outras pela valia do seu guarda-redes e ainda outras pela ineficácia dos jogadores portistas, conseguiram manter as redes invioláveis. Aboubakar (9'), Tello (23'), André André (26'), Miguel Layún (32'), de novo André André (39') ilustraram, com três remates perigosos esta conclusão. A única excepção foi protagonizada por Cristian Tello, que aos 38', entrou isolado na área bracarense e no cara a cara com Kritciuk, não foi capaz de o desfeitear.

O empate sem golos ao intervalo era um resultado demasiadamente penalizador para o FC Porto, apesar das imensas dificuldades sentidas para encontrar espaços para entrar na área contrária.

No segundo tempo, os Dragões continuaram lançados no ataque e logo aos 54', Layún colocou a bola redondinha para a entrada de Brahimi, que isolado e de forma desastrada, adiantou a bola, permitindo uma defesa fácil, para descontentamento de uma plateia de mais de 40.000 adeptos.

O desacerto dos remates portistas continuaram de forma constante. Aboubakar (70' e 79'), Alberto Bueno, que entrara a substituir Imbula (74', 82' e 87'), Danilo (86') e Tello (90'), bem tentaram, mas hoje estava escrito nas estrelas que por mais que quisessem não conseguiriam acertar nas redes.

Empate amargo em que sobressaíram as grandes dificuldades portistas para desmontar o ferrolho montado por Paulo Fonseca e sobretudo uma tremenda ineficácia no remate, que sugere um falso êxito desse esquema. Bastaria que uma das tentativas enunciadas acima tivesse tido melhor sorte e o estratagema do treinador bracarense ruiria como um castelo de cartas.

O meu destaque vai para a enorme exibição do (hoje) lateral direito mexicano Miguel Layún, pela sua intensidade, o seu inconformismo, a sua entrega e a sua imensa vontade de ganhar.


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